Capítulo 7

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Ah, aqueles seios. Ele andara sonhando com aquele momento. Sonhos não chegam nem perto da realidade, pensou. E os sons que ela deixava escapar, Deus, só o deixavam ainda mais excitado e querendo pegá-la no colo e levar para sua cama e ele sabia, ainda que bem no fundo da sua mente, que não poderia fazer isso. Mesmo que a sociedade a vê como homem, ele sabia que era uma dama.

-Samantha. –ele diz o nome dela enquanto subia os lábios pelo colo, depois pelo pescoço e chegando ao ouvido, mordendo seu lóbulo.

As mãos dela puxando seus cabelos tão delicadamente, o deixava louco de desejo. Puxou ela, deixando seus corpos colados e capturou a deliciosa boca na dele. Dessa vez ela não hesitou, deixou que ele a tomasse. Sua língua na dele, quente, macia e suave.

-Jonathan. –ela se mexeu, esfregando o corpo no dele.

Jesus. Ele teve que parar ou iria explodir ali mesmo.

-Você está bem? –perguntou.

Jonathan abriu os olhos, vendo aquele azul mostrando preocupação. Ele sorriu, erguendo o corpete dela e ajeitando o vestido.

-Estou. –respondeu segurando o rosto dela com as mãos.

-Você... –ela disse olhando para baixo.

Por todos os santos existentes, ele quase a agarrou novamente, mas segurou-se a tempo.

-Eu... –ele pensou como responder aquilo. –Eu posso me ajudar, depois.

Ele a viu franzir o cenho de uma maneira tão doce que não resistiu e a beijou entre as sobrancelhas dela.

-Acho que entendi. –respondeu por fim.

-Entendeu? –perguntou surpreso.

-Homens falam muito em clubes. –disse dando de ombros.

Ele não sabia se ficava encantado com a coragem dela de viver no mundo masculino ou com raiva de terem acabado com a inocência dela.

-Mas as mulheres admitem muito mais.

-Admitem?

Ele realmente ficara surpreso.

-Pensei que elas só falassem de vestidos, sedas, essas coisas. –falou.

Ele viu a ponta de um sorriso surgir, mas ela não deixou vir, o que o chateou de certa forma. Jonathan queria vê-la sorrir, sem restrições.

-Elas falam. –garantiu. –Mas também dizem coisas muito obscenas.

-Deus. –murmurou, não querendo nunca estar com uma mulher falando sobre isso.

Pelo menos, não com uma discutindo obscenidades, mas com uma fazendo isso na cama, não via problemas.

-Pelo menos, Gisele e Evelyn falam abertamente comigo. –respondeu.

-Quem elas são?

-Você as conheceu naquele dia na rua.

Ele lembrava vagamente, foi quando ele também lembrou que todos diziam que Simon Holloway tinha uma amante exuberante.

-Quem é a sua amante? –perguntou de repente.

-Gisele. –respondeu.

-Sua criada? –ficou surpreso.

-Disfarces fazem milagres. –respondeu começando a andar.

Ele não gostou da sensação do vazio nos braços quando ela se afastou, mas mesmo assim, acompanhou as passadas largas.

Lady Detetive - Série Perigos e Romance IIOnde histórias criam vida. Descubra agora