Cap. 6 A viagem

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Duas semanas depois comecou a saga de arrumacao. Numa tranquilidade de dava pena, parecia mais e que iriam fazer uma viagem pra vida inteira.E isso fazia com o Pedro ficar-se sentadinho, absolutamente imovel apreciando tudo que estava ao seu redor ha pouco tempo.

--- Ei - chamou Val pegando com a mao no seu rosto, sentada no chao.--- Olha pra mim?

Ele nao reagiu e ficou inerte novamente.

--- O medo que voce estar sentindo agora, vai passar - sussurou ela inclinando-se para atrás da parede.---  Mesmo que a gente nao se veja. Esse sentimento que construimos juntos vai se tornar eterno, prometo!

--- So de pensar nisso - disse ele sem muita animacao.--- Fico destruido por dentro. Agora que sei o que sentia por voce, vou te perder? Vai ser assim mesmo, a distancia?

--- Tente entender que tudo na vida nao é por acaso - explicou ela pensativa, depois deitou em cima das suas pernas.--- Nos dois eramos apenas amigos, mas depois descobrimos que esse sentimento que persistia era muito mais do que isso. Entao, se for pra gente ficar junto, vamos ficar.

--- Deixe de falatorio, e me beija? - sussurou ele perto do seu ouvido.

Ela saiu da posicao que estava e o sentou em cima do seu colo, o beijando profundamente.

Sem querer parecer muito intrusa, Cristina sentou-se no chao com a costa encostada para parede um pouco pensativa e ficou o observando os dois por um longo periodo de tempo.

--- Desculpas ai casal - disse cris entrando no quarto.--- Filho nao ta esquecendo de nada?

--- Alem dessa incrivel gata e dos meus amigos, o violao - respondeu ele, brincando.

Cristina esbanjou um sorriso de gratidao.

--- Voce é muito engracadinho, ne Martins?

--- Claro que sou. E voce sendo a razao da minha alegria, ta tudo otimo!

Val bancou a chatonilda.

--- Parem de ser grudentos? - murmurou Val completamente enciumada.

--- Nao fica assim meu amor, ciume faz parte da vida - disse Cris.--- Mas voce nao precisa ter ciume de mim, nao sou uma abarreira entre voce e o Pedro, sabe?

Valentina olhou para eles calada e em seguida juntou as chaves do chao, contorcendo-se de raiva. De alguma forma ela iria piorar a sua situacao com Cristina, que ja nao era nada boa.

--- Dar pra ver de longe que tem algo em voces que é estranho, diferente - deduziu Val.--- Nao sei bem.

Cristina ficou chocada com tanta insinuacao de uma so vez.

--- Onde voce quer chegar garota?

--- A lugar nenhum senhora.

Chocado com o comportamento das duas, Pedro assistiu a tudo horrizado. E acabou se metendo sem a menor compaixao.

--- Dar pra voces pararem com isso? E se realmente quiserem brigar como um bicho selvagem, vao pra porta da rua porque nao estou disposto a olhar esse baraco aqui.

--- Podemos sim - afirmou Cristina, com o olhar de quem nao queria nada em troca.

Valentina andou dois passos até a janela sem nenhuma preocupacao em vista e arriscou mais uma pergunta, que a deixou sem chao.

--- Se o Pedro nao tem suas características e nem o do pai, de quem ele tem?

Cristina respirou profundamente para nao descontrola-se, mas nao teve jeito.

--- Voce pensa que é muita esperta, ne garota? Sempre se acha a tal, a detive, a sabe tudo, mas na verdade tu nao sabe de nada.

--- Será? - disse ela debochadamente.---  E se essas perguntas lhe chamarao á atencao, é porque ai tem e como tem.

Uma viagem sem voltaOnde histórias criam vida. Descubra agora