Episódio XXIV - Honra entre homens

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As viaturas estacionaram no pátio da delegacia quase ao mesmo tempo. Os policiais que haviam efetuado as prisões conduziram os dois casais para dentro, ainda algemados. Poucos minutos depois, lá estavam os quatro estudantes do Delphine's apresentando documentos e carimbando as digitais nas fichas.

Aquele incidente era o princípio do caos. Uma bola de neve gigantesca que descia ladeira abaixo, se tornando uma avalanche de problemas inimagináveis.

De repente todos pareciam esgotados, acabados. A policial oferecera uma toalha para que Leonel limpasse o sangue no queixo, mas o corte no lábio inferior era visível, sem contar o olho direito roxo. As garotas estavam piores, cabelos completamente desarrumados e expressões exaustas.

O vestido de Trixie tinha a alça arrebentada e a saia rasgada, o olho direito estava inchado e roxo, assim como o do companheiro. A blusa de Isadora havia secado no corpo e ela agora tinha o perfume vinho à distância. Os cabelos agora estavam novamente amarrados em um rabo de cavalo alto, mas o perfume do condicionador tinha sido também trocado pelo cheiro da bebida.

Após preencherem toda a papelada das fichas do Boletim de Ocorrências, a policial explicara que o delegado local não estava de plantão e nem na cidade. O problema nisso é que passariam a noite ali e só teriam direito a sair sob fiança e telefonemas depois que o delegado averiguasse o caso pela manhã.

—Posso os acompanhar até o PS caso queiram fazer exame de corpo delito devido à briga, mas ainda terão de voltar e passar a noite aqui – dissera a mulher – Caso tenham exagerado no álcool essa noite, recomendo pularem essa parte.

Todos se olharam e recusaram. Nenhum dos presentes havia bebido tanto, mas até de manhã os efeitos do álcool no organismo teriam passado. Era melhor evitar mais papeis e burocracias.

A surpresa seguinte para o grupo fora a cela para onde tinham sido levados. Após seguirem por um longo corredor, os quatro se viram em uma sala com uma mesinha num canto e na extremidade oposta, as barras que separavam o local em duas partes. A policial, cujo sobrenome, Valentine, Josh lera na farda, retirara as algemas de todos um a um enquanto os empurrava para dentro do aposento.

Responsável por um crime com sete letras – dissera um policial gordo que acabara de entrar no local. Valentine havia acabado de trancar a porta da cela.

A morena refletira por um segundo, ainda de olho no grupo que se sentava nos bancos do espaço vazio e gelado.

Culpado – respondera ela – Estarei lá na frente. Tentem não nos arrumar mais problemas – emendara, agora se dirigindo aos estudantes – Lembrem-se de que quem quer que sejam seus pais ou quem sejam vocês, aqui não significa nada. Só temos essa cela aqui porque as pessoas nesse setor da cidade seguem as leis. Vou deixar os quatro juntos e espero que se comportem até de manhã.

Nem era preciso tal ameaça. Todos tinham ideia da dimensão dos problemas que enfrentariam em breve. A prisão era o menor dos males.

Havia um banco de mármore cinzento com quase seis metros que ocupava a extensão de uma parede. Josh e Isadora haviam se sentado em uma ponta do mesmo enquanto Leonel e Trixie estavam na outra extremidade.

—É tudo sua culpa... – murmurara a nerd cabisbaixa fitando a loira do outro lado com o canto dos olhos flamejando.

Trixie já ia responder alguma coisa quando Leonel apertara seu pulso com força o suficiente para que a marca de seus dedos ficasse na pele branca.

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