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O elo entre amigos de infância é algo forte, talvez até mais forte que aquele existente entre irmãos. Enquanto os irmãos são refreados pelas normas ditadas pelos pais, os amigos de infância fazem o papel de confidentes, psicólogos e em muitos casos, cúmplices.
Sabe aquela história de que o filho pergunta aos pais ou conta primeiramente aos pais sobre suas experiências? Esqueça isso, quem sempre fica sabendo de tudo primeiro é aquele amigo que te entendia, que não te cobrava, que consolava os fracassos e foras que você levava e principalmente, te apoiavam quando seus pais te castigavam por não entenderem como você pensava.
Esses amigos se veem no direito de sofrer por você, pensar por você, opinar nas decisões da sua vida e ficarem possessos quando não são ouvidos. E quem pode os criticar? Afinal, você é exatamente como eles quando se trata deles.
Eu.
Não.
Acredito.
Leonard estava sentado ao lado de Isadora em um banco do enorme jardim que havia bem em frente à secretaria do Delphine's. O gigantesco jardim fora construído em um terreno cedido pela prefeitura de San Dimas ao colégio e era separado do mesmo por uma única rua. Batizado como Adolph Von Delphine's Spencer, o jardim ostentava o nome do fundador do colégio e tinha uma grande estátua em homenagem ao sujeito no centro.
Dezenas de alunos costumavam chegar até uma hora antes para encontrar os amigos ali e colocar os assuntos em dia. E com colocar os assuntos em dia, não estou falando nada sobre os cursos e estudos.
O Delphine's era repleto das panelinhas, grupos de três a dez membros que se sentiam diferentes dos demais, se destacando de forma positiva ou negativa, dependendo de como era sua popularidade entre os grupos menores.
Pois é, os estudantes viviam de status e ninguém estava livre dessa alcunha. O Delphine's não era um colégio qualquer, era um lugar onde só gente muito rica e muito inteligente era aprovada e em qualquer um dos casos, quem era aceito tinha à sua frente um futuro brilhante e uma infinidade de desafios em um ninho de cobras criadas.
A principal regra de não haver divergências entre os alunos, casos onde as duas partes, certa ou errada, eram banidas, fazia com que todos bancassem as raposas dentro do galinheiro. Se você quisesse derrubar alguém no Delphine's, tinha que ser discreto, silencioso e não ser pego.
—Simplesmente não acredito que ela nos deixou para ficar com o namorado e não me ligou – dissera Leonard destacando pausadamente o Eu não acredito – Quando foi que passei a ficar em segundo plano? – resmungara.
Isadora retirara os óculos para coçar a parte de cima do nariz e então voltara o olhar na direção do rapaz. Sorrira e colocara os óculos de volta.
—Duas coisinhas, meu amigo – dissera ela, fazendo um V com os dedos da mão direita – Uma, ele não é namorado dela. E outra, Katie só me ligou para que eu dissesse à mãe dela que tinha saído com algumas amigas do trabalho para comemorar um novo contrato e que voltaria tarde para casa ou até mesmo iria dormir fora. Embora nós sabemos o motivo verdadeiro. E ela não te ligou porque certamente não tinha tempo para contar nenhum dos detalhes sórdidos que o senhor iria gostar de saber.
Ambos riram. A garota era direta. Leon balançara uma das mãos diante da face como se abanasse um leque e esboçara um sorriso nos lábios naturalmente vermelhos enquanto encarava Isa nos olhos.
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Contos Eróticos - O Ponto I
RomanceIsadora tem vinte e dois anos e é especialista sexo... pela internet! No mundo real, as prioridades são outras e sexo acaba virando o segundo, terceiro, quarto, quinto... sabe-se lá qual plano! No mundo real Isa vive apenas para agradar os pais, ser...