Episódio XI - A Bruxa e a Fada

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Jogos online são considerados coisa de criança por quem não os joga, mas a grande verdade é que a maioria dos jogadores veteranos são maiores de idade, são pais, mães e universitários com trabalho, estudos e responsabilidades enormes no mundo real.

E muitos desses jogadores levam seus personagens nos jogos e os próprios jogos em si muito a sério, como se fosse uma parte importante de suas vidas.

A imagem na enorme tela do monitor corria em miniatura refletida nas lentes dos óculos de Isadora enquanto a garota jogava atentamente. A menina havia criado uma nova personagem exclusivamente para aquela ocasião. Em jogos online um mesmo jogador podia ter diversos personagens diferentes e os usar alternadamente como preferisse.

Perto de sua personagem principal no nível 99, aquele novo avatar de nível 10 era nada. Contudo, a guerreira estava muito bem preparada, uma vantagem de ter sido criada por uma veterana, capaz de obter equipamentos de fim de jogo muito melhores que aqueles conquistados pelos novatos no início.

De qualquer forma, Isadora havia criado a nova personagem com um único intuito, qual estava executando tinha já mais de vinte minutos.

Depois que Leon e Katie haviam saído, Isa trancara as portas e a janela do quarto, apanhara o fone e ficara conversando com a Fada. Fora nesse intervalo que criara sua nova combatente. O ponto principal em se criar um personagem iniciante no jogo era que ninguém sabia quem você era, a menos que dissesse.

Lilith, a guerreira com a qual Isadora jogava há anos era mais conhecida no servidor que os inimigos que enfrentava. E a maioria dos jogadores conhecia a garota por trás da personagem.

Agora lá estava a nerd trancada em seu quarto, as luzes apagadas, o fone nos ouvidos e uma personagem nova e desconhecida chamada Pandora. Aquele char, como os jogadores chamavam seus personagens, não era forte o bastante para entrar em campanhas complexas ou grupos mais avançados, mas servia bem ao propósito para o qual tinha sido criado.

Abater uma única presa em particular.

E lá vinha a vítima novamente.

Pandora estava escondida entre as árvores da floresta negra. Seus cabelos prateados haviam sido amarrados em um coque no alto da cabeça, mas a franja insistia em cair sobre seus olhos vermelhos. A pele roxa de elfo negro tinha um tom mórbido. Isa prendia a respiração, quando jogava sentia como se estivesse na pele dos personagens que controlava.

A nerd podia imaginar suas orelhas pontiagudas balançando, atenta a cada ruído à sua volta. Trazia uma adaga envenenada equipada na mão esquerda e na outra uma espada curta. Não havia necessidade de usar as duas armas para o que tinha em mente.

Isadora mordera o lábio inferior calculando o momento. Finalmente a jovem Bruxa, uma personagem humana iniciante, estava ao alcance de seu ataque. Sem pestanejar, Isa executara um movimento rápido com o mouse e pressionara dois botões no teclado quase ao mesmo tempo. Fora um único golpe, um salto direto e um movimento com a espada. Como resultado, após o bote lá estava a jogadora iniciante tombada ao chão com a cabeça decepada.

Um segundo depois a personagem morta desaparecera. Pela regra do jogo, quando o personagem de um jogador morria, alguns instantes depois renascia em um ponto de checagem próximo e seu controlador podia retornar para tentar cumprir a missão que estivesse fazendo.

Era um pouco difícil para um iniciante cumprir uma missão caso um jogador mais forte se colocasse em seu caminho, o matando toda vez que o encontrasse. E era exatamente o que Pandora estava fazendo.

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