Chame pelo meu nome!

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Olhe para mim! Chame pelo meu nome, chame por mim, vamos, deixa eu olhar para você!!

Essa voz, ela, ela não me deixa em paz... eu não sei mais o que fazer, ta tudo confuso, eu quero explodir minha cabeça, quero que isso pare. - dizia com os punhos fechados na cabeça, encostada em um canto, completamente encolhida.

- o que você quer? - dizia baixinho serrando os dentes enquanto a lágrima escorria.

- quero você, chame por mim!

- Nuncaaa, some da minha cabeça, desaparecee, sai por favor,sai. - batia na cabeça.

Corri para o outro lado do quarto, longe da cama e qualquer móvel que estivesse ali, sentia uma sensação horrível, eu sei que não é só da minha cabeça, está brincando comigo, está ali perto de mim me observando de algum ângulo em algum lugar que eu não possa ver...
Por um minuto passei os olhos lentamente analisando o quarto, subia e descia o olhar passando por tudo que cabia ali dentro. Quando desci o olhar eu vi, eu vi ela deitada embaixo da cama, na minha direção, suas mãos apoiavam o corpo como se em algum momento ela fosse sair rastejando dali, seu sorriso estranho com seus lábios melados de algo que me parecia ser sangue, seus olhos amarelados...
Eu estava vendo, bem ali na minha direção, sentada no chão não tinha para onde correr, o quarto estava trancado! E ela avançou! Coloquei as mãos rapidamente na frente do meu rosto e, não senti nada... ela avia sumido dali. Eu estava muito assustada.
Continuei observando lentamente para ver se a encontrava, não era o que eu queria é claro, mas precisava saber se ainda estava ali.

- hahahah... - guargalhou ao meu pé do ouvido.

Paralisei, meu coração já não tinha sintonia, mas juntava a raiva e eu estava disposta a acha-la, precisava acabar com aquilo.

- Então você quer brincar?

Senti ela atrás de mim, muito, muito perto, passou sua língua no meu pescoço, era pontuda, teria capacidade de me cortar.
E em questão de segundos, antes que eu pudesse soltar mais uma vez a respiração, ela me puxou, cai no chão e mais uma vez ela sumiu.

- Volta aqui, eu vou matar você, vou acabar com você!!

- Durma meu bebê, você precisa descansar!

- Aparece! qual o seu nome? Vai ficar se escondendo agora?

A raiva me consumia, eu ainda temia tudo aquilo, mas, agora mais que nunca eu sabia que ela era real.
E foi com um desvio meu que ela conseguiu me atigir...
Me segurou pelo pescoço e olhou dentro dos meus olhos, eu não estava mais conseguindo respirar direito. Sorriu para mim e disse:

- É hora de dormir bebê, vamos nos divertir...

Me soltou, eu gritei e antes que pudesse correr ela atravessou a sua mão sobre o meu coração... não apertou, mas segurou firme e pediu para entrar, eu não podia morrer, então permiti...

- diga o meu nome! - pediu. O sangue já tapava a minha boca e escorria quando possível, me fazendo engasgar.

- diga o meu nome! Me permita entrar ou vai morrer!

- Entra, Muraz... - meus olhos se arregalaram, não ouvi ou senti mais nada, só vi o meu corpo caindo em direção ao chão e tudo apagando...

- Não, não, Dr?!

O alarme avia tocado, uma enfermeira se deparou com o corpo sangrando no chão, correu para chamar o Dr que não demorou muito a chegar...
Eu era uma das suas melhores pacientes! Estava no hospital de psiquiatria senda atendida por ele fazia apenas duas semanas...
Ele não acreditou em mim, mas não tem problema, agora todos vão!

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