O galinheiro fazia parte do quintal da casa do seu Constantino. Moramos em La Ville a dois anos e eu sempre ouvi muito barulho a noite para os lados de lá, tudo bem que é um galinheiro, mas era mesmo horripilante tarde da noite. Fomos averiguar a vila na noite passada, meu primo estava na cidade e não tínhamos nada mais interessante para fazer.
Então ele, um amigo e eu passamos a tarde pelas ruas buscando coisas estranhas ou diferentes pelas casas dos vizinhos.
Quando passamos mais cedo, o seu Constantino tinha acabado de sair do galinheiro, todo desconfiado e tinha um pouco de sangue nas mãos. Com certeza matou uma galinha! O galinheiro era feito de uma madeira bem reforçada, não era de estacas ou tábuas finas, era parecido com uma grande caixa de madeira. Continuamos a andar e mais tarde um dos meninos lançou um desafio, entrar no galinheiro e roubar alguns ovos, quem se recusasse a roubar, teria que ficar lá dentro pelo menos uma noite!Concordamos em ir os três, chegamos bem perto e já começamos a sentir uma energia estranha, mais pesada. Colocamos o ouvido nas paredes de madeira para tentar ouvir algo, a vibração vinha de lá de dentro.
Saulo, meu primo, abriu o cadeado com um grampo... maldita hora que aquele cadeado foi aberto. Sem fazer barulho, entramos, estava bem escuro, eu disse para não mirar a lanterna para dentro do galinheiro para não assustar as galinhas, pois ia fazer barulho! Ligaram a luz assim mesmo, porém, apontando para o cadeado que passaram pelo ferrolho, mas não fecharam.Ouvimos um grumido e nossos corpos estremeceram, viramos bem devagar. Saulo com a mão trêmula começou a levantar a lanterna do celular, marcamos o chão com o foco de luz, foi subindo... vimos pés bem sujos, uma saia bem longa, mãos sobre os joelhos e a cabeça abaixada, o cabelo enorme cobria o rosto... era uma mulher, era uma mulher bem suja de lama e sangue. Fedia como se houvesse dias que não tomava banho!
Em um só movimento ela levantou a cabeça. - gritamos.Ela pegou o Itan, o Saulo começou a gritar por ele, e eu estava apavorado, ouvia os ossos dele quebrando e aquele monstro com um grumido assustador. Comecei a tentar abrir o portão, estava escuro, não dava para ver muito bem, então avistei o Constantino vinho na direção do galinheiro e... foi a vez do Saulo, eu já estava começando a passar mal, minha cabeça doia, eu não conseguia pensar, continuei tentando abrir a porta até que consegui. Quando abri a porta aquele homem me segurou, começou a me levar a força de volta para dentro do galinheiro, consegui o atingir e corri!
Mas eles ficaram... mortos! A porta ficou aberta, consegui chegar em casa e desde ontem estou trancado no meu quarto, então cuidado, a criatura está a solta e gosta de lugares escuros, talvez ela já esteja na sua casa em algum cômodo, sentada no escuro de cabeça baixa, esperado apenas um movimento brusco... está a sua espera!
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Contos de Horror
ParanormalVocê reza antes de dormir? Ou melhor, você costuma acreditar no que vê? Aconselho que mantenha seus olhos bem abertos e seus ouvidos bem atentos... vamos embarcar num turbilhão de arrepios e sensações! Puxe a cadeira, respire e vamos iniciar a leit...