Em uma noite nublada, o vento soprava forte, o frio batia à porta e toda a casa ecoava. E eu estava sempre a espreitar.
Observada atentamente a cadeira de balanço velha e desbotada que ficava na varanda à frente da casa, toda enferrujada, dava um ar diferente na casa, leve ao dia e pesado a noite, literalmente pesado!
Não importa o que eu estivesse fazendo durante o meu tempo, eu sempre parava um momento e olhava para a cadeira, sentia como se algo estivesse ali, olhando para o nada, não para mim, mas estava ali e isso me incomodava.Em uma tarde, a casa silenciou, como se tudo tivesse perdido os sonoros, como se uma pausa tivesse sido dada naquele momento, a porta da cozinha bateu, no susto, virei involuntariamente, mas, assim que voltei a minha atenção para a cadeira, ela avia mudado de posição, e estava mais perto de mim, quase ao meu lado perto do sofá. Meu corpo tremeu por dentro, mas não tive nenhuma reação por fora, estava equivocada demais com isso. Como foi parar ali? A mamãe não estava na frente da casa e sim no quintal!
Peguei a cadeira, a qual estava incrivelmente pesada e coloquei-a de volta no lugar.Mais tarde, a noite, fechei a porta da frente, antes de ir dormir dei uma última olhada na cadeira para ver se estava exatamente onde coloquei, e estava, isso era algo bom.
Me deitei, não demorei muito e o sono já vinha me rodeando e aos poucos eu fui adormecendo. Acordei as 2h da manhã com um chiado, como se alguém tivesse se balançando na velha cadeira de balanço ou até mesmo o próprio vento. Fechei os olhos, mas senti um peso aos pés da cama, como se alguém tivesse sentado bem ali.-mamãe? Chamei ainda de olhos fechados.
-vem se balançar comigo.
Ouvi bem perto de mim, podia sentir sua respiração.Abri os olhos e congelei!! Havia uma face olhando para mim tão de perto que eu temia que encostasse em mim, seu rosto não era desfigurado, mas eu também sabia que aquilo iria mudar... seus olhos grandes e seu sorriso tão largo me davam medo, sua respiração quente fazia o meu corpo vibrar..
Ela levantou e andou até aporta do meu quarto, eu não conseguia mexer nenhuma parte do meu corpo senão os meus olhos. Ela permaneceu um tempo parada ali, deu um passo e sumiu no corredor, mas...- Vem se balançar comigo..
A cadeira estava no meu quarto, como? Ela estava lá, mas eu não conseguia ver.
- vem brincar comigo, vem brincar comigo, vem brincar comigo, vem...
Tudo silênciou... ouvi ossos estralarem... olhei para cima e...
Gritei desesperadamente, eu surtei, eu chorei muito!!
Mas só avia passado 10 minutos... eu só avia surtado, era um sonho?
Onde estava a cadeira?-Mamãe??
Alguém riu e bateu a porta!
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Contos de Horror
ÜbernatürlichesVocê reza antes de dormir? Ou melhor, você costuma acreditar no que vê? Aconselho que mantenha seus olhos bem abertos e seus ouvidos bem atentos... vamos embarcar num turbilhão de arrepios e sensações! Puxe a cadeira, respire e vamos iniciar a leit...