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Boa noite meus lindxs,

Faz de conta que ainda existe horário de verão,

então eu postei o capítulo na quinta ainda. Entendeu querida Tay?

 Entendeu querida Tay?

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Ana

Sabe qual o problema de ser gentil por natureza? Mesmo com as mãos atadas, você quer abraçar a mundo. Eu posso estar atolada de problemas ao meu redor, mas se eu vejo alguém angustiado ou a beira do desespero, largo tudo ao seu socorro. Fiz isso nas semanas que seguiram para estar ao lado de Oma, e fiz isso novamente quando Clara resolveu sumir sem dar notícias deixando Lis ainda mais desesperada com os preparativos das bodas. Eu assumi os cuidados que precisava, eram poucos, mas aos olhos de uma mulher grávida com o humor oscilando parecia que Clara havia cavado o abismo e jogado ela dentro.

A mulher foi perdoada, pois o sumiço parecia ter relação com seu pai - o que era muito estranho, visto que ele estava morto há muitos anos. Como esse era o motivo, nem Felippe foi a fundo para entender, pois quando a mulher decidia algo nem o diabo tirava respostas.

E foi assim que ficamos, encontros rápidos para confirmar algumas coisas da festa, ou uma saudação rápida. Eu até tinha apagado da minha mente aquela noite, não adiantava remoer o momento, eu agi errado, o que não irá se repetir. Em uma das tardes de folga usei para escolher os vestidos com Grace, pois aparentemente éramos as únicas sem algo, até Clara já havia algo, e ela mal parava em casa ou no trabalho, foi um dia divertido e adorei essa nova amizade que ganhei. Eu era aquela que gostava de sempre ter a casa cheia de amigos junto, tornava a amiga para vida com um simples olhar terno e um sorriso, eu sei, sou muito fraca para relacionamentos. Não é a toa que sempre tive dificuldade a não me relacionar com pacientes, ainda mais aqueles que tinha uma doença mais grave que alastrava o tempo de internamento, eu era chamada de princesa naquele hospital, pois segundo todos eu era uma mulher doce e atenciosa dos contos de fadas para qualquer um que piscasse os olhos para mim.

Eu não era tola, longe disso, mas acredito que por ser filha única isso me levou a ser muito carente de pessoas ao meu redor, dona Olga era um exemplo disso, eu a adotei como minha vó e ela por consequência como uma neta que nunca teve. Depois do ocorrido com ela há algumas semanas atrás tratei de resolver para que o problema não se repetisse, infelizmente o médico idiota continua a trabalhar no mesmo local, Will está em um congresso e na sua falta quem responde é a querida Angel, e ela achou que era um erro que pode ser perdoado. Claro que acha, não foi ela aberta na mesa de cirurgia sem motivo, como não pude fazer nada quanto ao médico, eu me certifiquei de deixar um enfermeiro responsável por ela enquanto estava nos meus turnos da residência, e avisei a família do acontecido. Os filhos vieram e ficaram uma semana com a mãe antes de voltar para respectivas casas.

Olho ao relógio, e vejo que falta cinco minutos para terminar meu turno, o Hospital vai estar bem vazio essa noite, muita gente daqui vai estar nas bodas da Kiara e Andrew, vou até a sala dos residentes, pego minha bolsa e casaco e coloco o jaleco no armário. Quando chego no saguão principal estou muito ocupada olhando minhas mensagens e não percebo a pessoa a minha frente e acabei batendo de frente, mas sou segurada pelos ombros. - Estava mesmo falando de você. - Levanto meu olhar e percebo que Max está sorrindo para mim e Grace está ao seu lado nos olhando e acenando, meus olhos passam de um a outro e vejo que as bochechas da mulher estão coradas e com os olhos vidrados no homem ao meu lado, isso não é bom.

O mistério de GraceOnde histórias criam vida. Descubra agora