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Dormi durante todo o voo para Los Angeles, em uma poltrona extremamente confortável do jatinho particular, se vou ter minha vida virada de cabeça para baixo pelo menos posso aproveitar.

Charlie me ofereceu uma taça de champanhe mas recusei, só a ideia de beber novamente revira meu estômago, eu prometi a mim mesma que não faria isso, só Deus sabe o que poderia acontecer.

Minha vida profissional tinha sido mandada para o inferno, mas pouco importa agora pois eu tenho um plano, me divorciar, simples assim, eu irei me divorciar e retomar as rédeas da minha vida.

Eu adoro meu plano ele é simples e vai trazer minha paz de volta, e na próxima vez que me casar, se eu me casar, não será com um estranho e muito menos em Las Vegas.

Quando despertei outro sedã nos esperava, nunca tinha vindo a Los Angeles mas parece com uma Las Vegas menos luxuosa e gosto da sensação, a grande quantidade de pessoas na rua chama minha atenção por conta do horário.

Encaro o celular em meu colo e me dou conta de que em algum momento precisarei de coragem para o ligar, Hina deve estar preocupada e automaticamente me sinto uma péssima amiga lhe preocupar.

Pressiono o pequeno botão preto e a tela do aparelho se ilumina voltando a vida mostrando cento e oitenta e cinco mensagens, respondo rapidamente as de Hina ignorando as outras.

Ja passava das três da manhã quando cheguei na imensa casa, a estrutura antiga era linda e me deixou deslumbrada com todo o seu tamanho.

Um grupo barulhento de garotas e alguns jornalistas chamam minha atenção pelo visto o casamento andou agitando as coisas por aqui, ou talvez ela sempre acampem aqui quem sabe.

Os grande portões de ferro se abrem com nossa aproximação, palmeiras contornavam toda a passagem de carros, o lugar parecia ter saído diretamente de um filme.

eu sabia que os dois últimos álbuns tinham emplacado diversas faixas no topo das paradas, Hina viajou para o interior assistindo três shows em uma semana e todos eles em grandes estádios. Mas ainda assim essa casa é imensa.

O nervosismo se apossou de meu corpo, eu ainda vestia a mesma calça jeans e blusa preta da noite passada, me vestir a altura não tinha sequer passado pela minha mente, agora só o que me resta é tentar arrumar os cachos descontrolados em minha cabeça e borrifar um pouco do perfume que trago em minha bolsa. Pode me faltar todo o glamour que essa casa exige mas meu cheiro seria agradável.

Todas as luzes estavam acessas e uma música pop ecoava pelo local, as grandes portas duplas abertas possibilitava a entrada e saída das pessoas presentes, parecia que uma festa de saideira estava em pleno curso.

Charlie abriu a porta para mim e sorrio em agradecimento.

— Eu a acompanho senhorita Soares

— Obrigada

Não me mexi, depois de alguns segundos Charlie entende a mensagem e segue na frente para que eu o siga, caminho em passos rápidos para o acompanhar.

Duas garotas estavam se beijando perto da porta e por deus como elas eram lindas, pareciam ter saído diretamente de uma revista, mais pessoas estavam por perto dançando e bebendo.

Um grande lustre pendia no centro e uma grande escadaria subia em curva ao redor da parede, esse lugar é um palácio.

Ninguém pareceu me notar e agradeço a Deus por isso, assim fico livre para observar tudo ao meu redor.

Charlie parou para conversar com um rapaz encostado na parede com uma garrafa de cerveja em suas mãos que logo entram em contato com seus lábios, seus cabelos em um tom quase loiro estavam bagunçados de um jeito despretensioso como se ele tivesse acabado de acordar, ele tinha a mesma aparência incrível de Josh.

Vegas [Beauany] Onde histórias criam vida. Descubra agora