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A luz da manhã me acorda, rolo de costas e me espreguiço, alongando os músculos. Josh esta de costas ao meu lado, dormindo profundamente. Com um braço sobre o rosto, cobrindo os olhos. Com ele ali, tudo estava certo no meu mundo. Mas também tudo estava exposto.

Em algum momento da noite ele chutara os lençóis.

Acordar ao lado dele com a minha aliança no dedo me fez sorrir como uma lunática. Claro que acordar ao lado de um Josh nu faria qualquer uma sorrir.

Eu estava um pouco dolorida entre as pernas em razão dos esforços da noite anterior, mas nada ruim demais. Nada suficiente para me distrair da vista que era o meu marido. Desci um pouco na cama, observando-o ao meu bel-prazer só para variar. Ele quase não tinha umbigo. Era basicamente uma pequena incisão seguida por uma trilha de pelos escuros que atravessavam o abdômen reto.

Ficamos na banheira de água quente por um tempo na noite anterior por insistência dele, só relaxando. Conversamos. Foi lindo. Não houve menção à mulher que obviamente o traíra e/ou o abandonara no passado.

Mas senti sua presença pairando. O tempo a chutaria para fora pela porta dos fundos, tive certeza disso. Ele rescendia levemente a sabonete talvez um pouco almiscarado.

Calor não é algo que eu tenho registrado como tendo cheiro, mas esse era o cheiro de Josh. Calor, como se ele fosse a luz do sol líquida ou algo assim. Calor, conforto, lar. Espio o rosto dele. Os olhos ainda estão fechados debaixo do braço, ainda bem.

O peito sobe e desce num ritmo constante. Eu não preciso que ele me apanhe avaliando seu corpo, pouco importando o quanto os meus pensamentos são poéticos.

Isso seria embaraçoso numa escala que eu prefiro não experimentar.
Sua pele parece suave, sinto vontade de traçar cada pequena linha de seu corpo.

Aproximo minha mão de seu rosto e contorno a linha proeminente de seu maxilar, um sorriso deixa seus lábios e quase pulo com o surto que levo.

— Gata o que você está fazendo? — Ele diz com um pequeno sorriso em seus lábios

— Você me assustou — o repreendo

— Me desculpe — ele diz se sentando sem abandonar o sorriso em seus lábios

— Tudo bem — suspiro e sorrio pequeno. — Bom dia, aliás.

— Bom dia, gata. — ele diz e deixa um beijo em meus lábios. — Você está dolorida? — Ele pergunta e eu assinto.

— Só um pouco mas vai melhorar. — acrescento e ele assente me puxando para seus braços me fazendo aninhar ali. — A gente vai embora quando?

— Amanhã. — ele responde enquanto mexe em algumas mechas dos meus cachos.

A verdade é que eu não quero ir embora daquele lugar, a calmaria e ver sempre a praia, eu tinha me acostumado com aquela visão, e eu tinha medo de quando voltássemos a nossa vida normal e monótona, tudo ficaria diferente.

— Diz. — ouço ele dizer e fico confusa — Diz o que se passa nessa cabecinha.

— Eu não quero embora, eu me acostumei a ter essa calmaria e ver a visão da praia sempre, tenho medo de quando voltarmos se torne tudo diferente.

— Any. — ele me chama e eu o olho apoiando o queixo em seu peitoral — A gente pode fugir pra cá sempre que tudo se tornar demais para nós, e claro que vai ser tudo diferente, teremos Noah nos irritando 24/7 — ele diz e eu rio — Mas sério, não vai ser diferente, teremos um ao outro e isso é o que importa.

Suspiro e assinto deixando um selinho em seus lábios que acaba se tornando um beijo lento e carinhoso. Eu sabia que tendo Josh do meu lado, eu ficaria bem.

Vegas [Beauany] Onde histórias criam vida. Descubra agora