Lua azul {HIATUS}

Acidente de carro

  Quarta feira amanheceu em um clima meio frio, não ao ponto de usarmos três ou quatro camadas de roupa, mas sim ao ponto de termos que usarmos blusa de frio, por isso vesti uma calça jeans justa e de cor clara, uma camiseta de mangas longas e gola em U da cor menta, um cachecol vermelho no pescoço e botas de pano marrom, de cano médio, então eu estava pronta para encarar um dia na escola.

  Como eu já estava completamente pronta desci até o primeiro andar e fui direto para a cozinha, onde encontrei minha mãe e o Ted conversando sobre trabalho, mas logo que entrei às atenções se voltaram para mim e sorrisos apareceram.

— você está linda — disse mamãe ao me ver.

  Mesmo com metade da mesa cobrindo seu look, consegui ver que ela usava uma camiseta preta de gola em V que destacava seus seios, os seus cabelos loiros estavam presos em um coque mal feito, no topo da cabeça e diferente dos outros dias, ela não usava nenhuma maquiagem.

— vai se juntar a nós para o café da manhã? — Tadeu me perguntou com um sorriso gentil no rosto.

  Ele se vestia como sempre, um terno azul marinho com uma camisa branca por baixo, seus cabelos estavam presos no coque de sempre e a barba estava recém aparada.

— obrigada, mas eu já comi — sorri gentilmente — vim dar um tchau e avisar que já vou para a escola.

— tudo bem querida, só tome cuidado porque hoje estou com um pressentimento ruim — disse minha mãe de forma seria, enquanto colocava a xícara azul céu na mesa a sua frente.

— mãe essa cidade é pacata demais para que algo aconteça — dei risada.

— não se pode subestimar Coly Hills! — ela me encarava com preocupação — você não quer que eu te leve?

— não precisa se preocupar mamãe — fui até ela e a abracei —, nada vai acontecer comigo!

— e te buscar? — ela me perguntou.

— não precisa, eu vou ir e voltar de carro — dei de ombros.

  Com passos calmos retornei para onde eu estava anteriormente e coloquei-me a encara-la, ela estava realmente preocupada como se fosse uma vidente e tivesse visto minha morte, mas já haviam acontecido vezes que ela fez as mesmas coisas e nada aconteceu, então era quase certeza de que se tratava de um alarme falso.

— tome cuidado querida — disse ela por fim.

— eu tomarei, não se preocupe — me virei para ir em direção a porta da entrada, mas continuei parada de costas para eles — ligarei quando chegar a escola.

  Fui até o sofá e peguei a mochila que eu havia colocado alí um pouco mais cedo, enquanto ouvia Tadeu tentar acalmar minha mãe, lhe assegurando que se tratava apenas de um pressentimento enganoso, então saí de casa e fui até o meu carro.

  Quando já estava dentro do carro, com cinto de segurança e a mochila no banco do passageiro dei partida nele, indo de vagar até os portões que foram abertos logo que cheguei a eles. Continuei dirigindo na mesma velocidade mesmo estando já nas ruas,mas o estranho era que elas estavam desertas, como se ninguém tivesse indo para a escola, o que me fez pensar no pressentimento de minha mãe, mas então me toquei que talvez eu estivesse apenas atrasada.

  Pode me chamar de medrosa, mas mesmo com a possibilidade de estar atrasada não aumentei a velocidade, eu continuava temerosa por conta da conversa com a minha mãe.

  Continuei o trajeto atenta a tudo a minha volta e nada parecia estranho ou assustador, então comecei a relaxar a medida que eu me aproximava da escola.

  Eu tinha que continuar reto por apenas mais alguns quilômetros e então virar a direita. Atenta aos movimentos da rua olhei para ambos os lados a procura de algum carro — nessa cidade não há sinais de trânsito— e não vi movimento algum, então no momento em que eu estava prestes a virar um Jeep preto apareceu em alta velocidade e bateu no meu carro.

  O restante aconteceu de forma tão rápida que não consegui processar tudo a minha volta, só me dei conta de que eu estava com a cabeça apoiada no airbag e ouvi barulho de pneus cantando.

  Com muito esforço comecei a procurar meu celular na bolsa em todos os bolsos, mas eu não estava conseguindo o encontrar, até que finalmente abri o bolso exterior e o encontrei.

  Disquei o número de minha mãe e liguei, mas ele apenas tocava e tocava, então passei para o de Tadeu, algum dos dois tinha que me atender e me ajudar.

No quinto toque, quando eu já estava perdendo as esperanças o telefonema foi atendido e então ouvi uma voz conhecida, a voz de que eu tanto precisava ouvir naquele momento.

— oi Raquel, já chegou a escola? — mamãe perguntou — como foi o trajeto? Correu tudo bem?

— não... Mãe um carro bateu em mim — contei.

— O que? — ela gritava preocupada — você está bem?

— estou, mas eu não sei o que fazer...

— peça ajuda ao desgraçado do outro carro e me diga onde você está para que eu vá aí!

— ele fugiu mãe, eu estou sozinha — disse de forma baixa.

— filho da mãe — gritou com raiva —,tudo bem querida! Me diga onde você está que irei te buscar.

— eu estou perto da escola, na esquina onde tenho que virar — contei.

— tudo bem, fique calma que já estou indo para aí.

  Senti minha cabeça latejar e coloquei minha mão no lugar, o que me fez senti algo molhado, receosa tirei a mão e fui ver o que era... E quando vi o líquido vermelho uma tontura começou a tomar conta de mim.

— sangue — resmunguei baixinho.

— você está sangrando? — mamãe gritou ao telefone — Tadeu chame uma ambulância!

  Tomada pela tontura tudo ao meu redor começou a rodar e então finalmente tudo se escureceu, enquanto eu ouvia minha mãe chamar por mim do outro lado da linha.

   Demorei mais cheguei!

  Que capítulo foi esse gente? 😱😱

  A Raquel sofreu um acidente e estava sangrando, o que será que vai acontecer com ela?

  E quem foi a criatura dona do Jeep assassino?

  Ah galera, não esqueçam de votar e comentar muito.

  Bjs de lobo 🐺😘