O segredo

117 11 5
                                    

  Quando chegamos diante de uma cabana simples, feita de madeira desgastada e em algumas partes corroída, que aparentava ter no máximo dois cômodos e se encontrava bem no fundo da floresta, foi quando Alisson finalmente permitiu que meus pés tocas...

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

  Quando chegamos diante de uma cabana simples, feita de madeira desgastada e em algumas partes corroída, que aparentava ter no máximo dois cômodos e se encontrava bem no fundo da floresta, foi quando Alisson finalmente permitiu que meus pés tocassem o chão, depois de um bom tempo sendo carregada, mas mesmo assim ele não permitiu que eu ficasse inteiramente em pé, pois colocou um dos braços ao redor da minha cintura para me dar apoio.

— que lugar é esse? — perguntei enquanto caminhavámos até a porta.

— o hospital de Coly Hills — disse com desdém.

— ok, pelo menos você não está me levando para apodrecer em uma cabana úmida e escura — tentei brincar apesar da adrenalina já ter passado e a dor estar quase insuportável.

  Diante da porta o loiro não exitou por nenhum minuto se quer, com sua mão livre abriu a porta e me ajudou a entrar para adentrar o lugar logo depois de mim, pois a porta era muito pequena para que ambos passássemos de uma só vez.

  O interior da cabana tinha um forte odor de álcool, o qual me deu vontade de vomitar, como fazia desde que eu era bem pequena. A direita do cômodo se encontrava um sofá de dois lugares, de um tom de vermelho, apesar das incontáveis manchas, já na esquerda estava uma pequena mesa rústica, feita de madeira maciça e tendo logo atrás uma cadeira, onde uma mulher ruiva, de cerca de trinta anos estava sentada. Ao notar nossa presença ela abriu um largo sorriso amarelado e abaixou um pouco seus óculos, deixando-os na ponta do nariz.

— boa tarde, irei avisar o doutor de vossa presença — disse ela se levantando — espere uns segundos por favor.

  A ruiva caminhou até a porta de madeira que dívida a pequena cabana e a atravessou, fechando-a atrás de si.

— quer sentar enquanto aguardamos? — perguntou colocando uma de suas mãos na altura das minhas costas, mas ainda sem perder seu ar de arrogância.

— não, estou ótima! — disse com frieza.

  Antes que qualquer um de nós pudesse dizer algo, a porta do outro cômodo foi aberta e de dentro dela saiu uma das garotas da minha sala, que ao me ver acompanhada do Alisson torceu o nariz e saiu batendo o pé. Minutos após a partida da moça, um homem negro de olhos avelã, na casa dos 50 anos e totalmente vestido de branco veio ao nosso encontro.

— boa tarde, o que houve com você mocinha? — ele perguntou como se estivesse lidando com uma criança pequena.

— fui atacada por um lobo, ele mordeu o meu braço — levantei o braço envolto pela camisa, agora manchada de sangue.

— devemos tratar isso logo — disse ele com uma expressão séria —, venha comigo, por favor.

  O homem adentrou o outro cômodo, sendo seguido por nós dois e foi diretamente a um armário de vidro, onde pegou luvas e alguns utensílios.

Lua azul {HIATUS}Onde histórias criam vida. Descubra agora