Beijo

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  O relógio marcava exatamente quatro horas da tarde quando ouvi um estrondo vindo da minha varanda, como se algo tivesse caído diretamente nela, o que me assustou e ainda mais a Fofura, que repousava calmamente em meu colo, mas com o barulho se s...

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  O relógio marcava exatamente quatro horas da tarde quando ouvi um estrondo vindo da minha varanda, como se algo tivesse caído diretamente nela, o que me assustou e ainda mais a Fofura, que repousava calmamente em meu colo, mas com o barulho se sentou na cama e ficou em modo de alerta.

  Assustada me levantei da cama e comecei a procurar por algo que eu pudesse usar para me defender, mas para minha infelicidade não encontrei nada.

  Eu ainda estava procurando quando ouvi batidas na porta da varanda, o que significava que se tratava de alguém e não um objeto ou algo do tipo.

  A medida que o tempo ia passando as batidas ficavam mais fortes, mostrando que a pessoa desejava ser atendida logo e me pressionava a tomar uma decisão rápida.

  Sem pensar mais decidi agir, então corri para o banheiro e peguei o sabonete líquido , depois segui até as portas da varanda, com uma das mãos eu abri a pesada e grossa cortina enquanto a outra escondia o frasco atrás de mim, mas quando eu vi que era que batia fiquei sem saber o que fazer.

  Parado do outro lado da minha varanda se encontrava o Heitor, que vestia uma calça jeans preta, uma camiseta preta de mangas longas e um tênis baixo azul marinho. Em seu rosto havia um largo sorriso e ele me parecia confiante como sempre.

  Depois que retomei o controle do meu corpo deixei de ficar parada para abrir as portas,para que ele pudesse entrar no meu quarto e saindo da frente para dar espaço para que ele passasse.

  Assim que ele entrou eu fechei novamente as portas da varanda, porém deixei as cortinas abertas para que iluminasse o quarto.

  O Heitor encarava o cômodo como se quisesse se recordar de cada detalhe dele, observando cada parte dele, mesmo que fosse insignificante, como a cor das paredes ou o tipo de piso no chão.

  Enquanto ele continuava olhando o meu quarto fui até o banheiro e guardei o sabonete líquido, eu não precisaria mais dele.

— sente-se por favor — apontei para a cama atrás dele.

  Ele por sua vez se virou para ver para o que eu apontava, então notou que havia uma cama atrás de si e se sentou nela.

— está tudo bem Heitor? — perguntei preocupada — eu não esperava por sua visita.

— comigo está tudo bem, mas eu vim te ver para saber como você está — disse ele com sinceridade.

— ah — sorri — eu estou bem, me recuperei fácil do acidente — dei de ombros — desde pequena nunca permaneci com um machucado por muito tempo, para falar a verdade eu me curo com uma facilidade impressionante.

— isso é bom, mas e as questões psicológicas? — ele me parecia preocupado — continua com medo de entrar em um carro?

— bom, isso vai demorar um tempinho ainda para mudar — fui até a cama e me sentei ao lado dele — não consigo me ver dentro de um carro de novo, o maluco que bateu em mim continua solto por aí.

Lua azul {HIATUS}Onde histórias criam vida. Descubra agora