Eu ouvindo?

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 Vi os lábios do Heitor se movimentarem, mostrando que ele estava falando algo mas por conta da música não dava para ouvir, por isso retirei um dos fones e pedi para que ele repetisse o que tinha dito

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Vi os lábios do Heitor se movimentarem, mostrando que ele estava falando algo mas por conta da música não dava para ouvir, por isso retirei um dos fones e pedi para que ele repetisse o que tinha dito.

— você está bem Raquel? — ele se abaixou e começou a me ajudar a pegar os pacotes.

— sim, só teve esse pequeno acidente aqui — apontei para a lambança no chão.

  Terminarmos de pegar os pacotes que estavam intactos e os recolocamos de volta na prateleira, então levantamos e eu percebi que os olhos de Roberta estavam sobre mim.

— você por acaso estava ouvindo a nossa conversa? — perguntou sem rodeios.

— que conversa? — me fiz de desentendida.

— pode fingir que não, mas só para você saber estávamos falando de você queridinha — piscou para mim e deu meia volta, indo embora do mercado.

— o que? — me virei para o Heitor — vocês falavam de mim?

— sim — respirou fundo — eu estava tentando entender porquê ela te persegue.

— isso está mais do que óbvio Heitor — cruzei os braços.

— para mim não, por que ela te persegue? — ele me encarava com curiosidade.

— por sua causa, ela deve ser apaixonada por você e eu talvez esteja atrapalhando os planos dela.

— a Roberta gostando de mim? — ele gargalhou alto — isso não tem sentido algum.

— se você diz — dei de ombros.

  Dando um fim a aquela conversa peguei minha cesta e comecei a caminhar até o caixa, onde o homem me encarava com raiva.

— oi, eu tive um pequeno acidente alí — apontei para o local — terei que pagar quanto pelo estrago?

  O homem que antes estava com raiva começou a olhar a algum lugar atrás de mim e sua expressão mudou completamente, então segui seu olhar e vi o Heitor nos observando de longe de cara fechada e braços cruzados.

— acidentes acontecem mocinha, não se preocupe eu darei um jeito — disse ele parecendo ter medo.

— eu insisto senhor, me diga o preço.

— não precisa — disse ele enquanto colocava minhas compras em sacolas.

— então quanto deu as compras? — perguntei.

— 40 reais.

  Peguei o dinheiro no meu bolso e vi que haviam no total de 500 reais, o que daria uma pequena ajuda ao moço em questão ao meu estrago. Entreguei o dinheiro ao homem e peguei as sacolas rapidamente, antes que ele me desse o troco.

Lua azul {HIATUS}Onde histórias criam vida. Descubra agora