Escola nova

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  Acordei sentindo os fios egípcios do edredom em contato com minha pele, o espaço de sobra na cama e o colchão macio

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  Acordei sentindo os fios egípcios do edredom em contato com minha pele, o espaço de sobra na cama e o colchão macio.

  Tudo em meu novo quarto me agradava, mas o que me deixava mais feliz ainda era saber que eu não teria que ver a cara de meu pai.

  Com o maior bom humor desci da cama pela lateral e mesmo descalça fui até às enormes portas de vidro, que dava até a varanda, afastei a cortina branca e então abri as duas portas para que o ar fresco entrasse.

— bom dia mundo — disse animada.

  Sem a menor pressa me virei para a direita e segui pisando no chão de madeira, até chegar ao sofá branco encostado na parede creme.

  Em um impulso rápido subi em cima dele e comecei a abrir as janelas, uma por uma as três foram abertas permitindo que a luz solar entrasse.

  Quando tornei a pisar no chão ouvi batidas na porta e fui atender, era a minha mãe, que usava uma calça legging preta, um tope preto de alcinhas, que mostrava sua barriga sarada e valorizava seus fartos seios. Seu cabelo estava preso em um rabo de cavalo alto com alguns fios soltos, em seus braços tinha uma bola de pelos gorda, da raça siamês e em seus pés um tênis esportivo preto.

— bom dia meu amor — disse ela com animação — vim lhe chamar para o café da manhã.

— você acha que tenho que trocar de roupa?

  Antes que ela respondesse fui até o lado de minha cama, onde havia um espelho de corpo todo e viu meu reflexo. Eu vestia um short largo preto, um cropped cinza de mangas longas e meu cabelo estava completamente bagunçado.

— se você se sentir bem com essa roupa não há motivos para trocar — disse minha mãe com doçura.

— então podemos ir — digo com firmeza.

  Com um sorriso mamãe começa a sair do quarto e eu com rapidez a sigo,   passamos pelos corredores da mansão e quando chegamos ao início da escada ela quebra o silêncio.

— esse é o Fofura, o gatinho da casa — ela me apresenta o gato.

— bonito — digo meio sem jeito.

  Descemos a escada em silêncio e então chegamos ao primeiro andar, seguimos pelo lado que não leva a sala e então chegamos a sala de jantar.

  O cômodo era extremamente lindo, em tons claros, com uma mesa de jantar de mármore no centro, com seis assentos acolchoados e ao redor alguns vasos com plantas. Na parede a frente da ponta da mesa havia uma janela larga de vidro e na parede direita uma porta, onde provavelmente ficava a cozinha.

  Tadeu já estava sentado na cadeira da ponta, a frente da janela, mas quando nos viu largou o jornal que estava lendo sobre a mesa e veio até nos, o que possibilitou que eu visse que ele vestia uma camisa social azul, uma calça social e sapatos recém lustrados.

Lua azul {HIATUS}Onde histórias criam vida. Descubra agora