8 - parte 2

1K 112 62
                                    

- eu sei, eu também ouvi, mas ao ires lá vais mostrar que o que elas disseram te afetou de alguma maneira

- elas ameaçaram-me!

- não são capazes de fazer-te nada, ainda estragavam o cabelo ou esborratavam a maquiagem

Rio-me.

- pois, lá isso é verdade

- agora anda que precisas de ir à enfermaria

- está bem - bufo e continuamos a andar

Na enfermaria, depois de olhar para a minha cabeça e fazer movimentos esquisitos com as mãos lá, a enfermeira diz:

- está tudo bem querida, é só pores gelo durante vinte minutos/meia hora

- okay, obrigada - sorrio

Levanto-me da cama onde estava sentada e espero, ao lado de Michael, que a senhora que aparentava ter menos de trinta anos me desse o saco com gelo.

Ela entrega-me, sorrindo e diz:

- as melhoras querida e tu rapaz, cuida bem da tua namorada

Mas um rapaz e uma rapariga já não podem ser amigos?! Esta sociedade tira sempre conclusões precipitadas!

- nós somos só amigos - digo irritada

- Oh, desculpem, não precisas de ficar chateada querida, ele é um ótimo partido - diz e pisca-lhe o olho

Aquilo foi pedofilia ao alto nível! E eu pensar que havia finalmente uma enfermeira de jeito na escola ao fim de 7 anos...

- é melhor irmos andando - o Michael diz puxando-me levemente pelos ombros em direção à saída

- é - concordo - é mesmo - faço olhares de morte à senhora, que se mostrava constrangida

Saímos e andamos em direção ao ginásio.

- obrigada por vires comigo - agradeço

- não precisas de agradecer - ele sorri

Gostava do seu sorriso, era genuíno e simples, porque não mostrava os dentes, era só a curvatura dos seus lábios.

O Michael volta para o campo, enquanto que eu vou para o balneário vestir-me, uma vez que o professor me tinha dado dispensa do resto da aula.

#fim-das-aulas

Estava agora a caminho de casa com o Michael e o Ashton, ia fazer hoje o trabalho de grupo com o meu "parceiro".

Entramos em casa e eu aviso o meu irmão:

- vamos para o meu quarto fazer o trabalho, está bem?

- sim, mas porta aberta - ele responde

- okay

Puxo o meu vizinho pelo braço escadas acima e paramos à porta do quarto que tinha o meu nome a cartão, feito por mim com sete anos.

Abro a porta e entramos no meu quarto azul e preto, com as paredes decoradas por pósteres e desenhos.

Agora seria a altura em que pediria desculpa a Michael por o meu quarto estar desarrumado, mas eu gosto de ter sempre tudo arrumado, exceto as minhas paredes, gosto da desorganização delas.

- é bonito - ele elogia

- obrigada

- e diferente, os pósteres estão misturados com os desenhos, é organização interessante - olha pensativo para as minhas paredes

Wrapped Around Your Finger (A Michael Clifford fanfiction)Onde histórias criam vida. Descubra agora