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// Michael //

Após dar voltas e voltas na cama decido levantar-me e beber um copo de água.

Estava há duas horas na cama e ainda não tinha conseguido dormir, são mais ou menos três da manhã de sexta-feira.

Quando volto para a cama, o sono que tinha já houvera desaparecido, portanto decido ir para o jardim apanhar ar fresco.

Já estava habituado a ter insónias, acontecia demasiadas vezes, apenas não tinha uma há algum tempo.

Ao sentar-me numa cadeira vejo a varanda da Malia, que tinha duas colunas a segurá-la, não deveria ser difícil trepá-las...

Levanto-me e ando pelo meu jardim até à cerca branca que separava os dois terrenos, saltando-a de seguida.

Assim que fico frente a frente à porta das traseiras de casa dos Irwin penso numa maneira de chamar a rapariga de quem gosto... Visto que tinha deixado o telemóvel no quarto, não pensando em ir ter com ela na altura.

Seria eu, Michael Gordon Clifford, clichê o suficiente para atirar pedras à janela da minha namorada, depois de me ter declarado à frente de 10 mil pessoas no concerto da nossa banda favorita?

Olho em volta, tentando encontrar um objeto para atirar. Vejo roupa pendurada num pequeno estendal, pensei em enrolar um par de meias e atirar, mas não iria invadir o espaço deles assim.

Também não iria atirar as minhas meias, seria um pouco nojento...

Logo a resposta à minha outra pergunta mental é sim, eu sou clichê o suficiente.

Ando até ao pé do muro do seu jardim e pego em quatro pedras pequenas.

Atiro a primeira com pouca força, tão pouca que nem tocou na janela/porta, caiu no meio da varanda à frente.

As três seguintes fazem o que era suposto e agora é só esperar.

Segundos depois ouço a porta a mexer-se e esta é aberta, revelando a Malia de pijama e cabelo todo despenteado, estava adorável.

"Michael?" Ela esfrega os olhos confusa.

"Sim, não estava a conseguir dormir e pensei que... Talvez... Pudesse subir e estar um pouco contigo?" Faço um sorriso nervoso.

"Claro!" Ela abre um sorriso enorme nos lábios "mas como vais subir?"

"Acho que consigo trepar isto" informo, aproximando-me de uma das colunas que suportavam a sua varanda.

"Então põe uma cadeira por baixo, para estares mais alto" ela sugere.

Pego numa das cadeiras de madeira que estavam à volta de uma mesa e encosto-a ao suporte de pedra, que começo a subir com alguma dificuldade, porque não sou a pessoa mais atlética de sempre.

"Dá-me a mão" ela pede quando estou quase a chegar e eu obedeço.

Ela ajuda, puxando a minha mão e eu salto para dentro da varanda.

"És bastante forte, devo dizer" ela ri-se e eu faço o mesmo.

"Isto de limpar e aspirar a casa até me ajuda a ficar mais forte" ela admite.

"Obrigado, por não me teres mandado embora" agradeço.

"Achas?! Eu adoro estar contigo, afinal, somos namorados, é normal, não é?" Ela abre um sorriso tímido.

"Sim" sorrio de volta.

"Vamos para dentro? Está frio" ela esfrega os braços na tentativa de se aquecer da baixa temperatura de início de novembro.

Wrapped Around Your Finger (A Michael Clifford fanfiction)Onde histórias criam vida. Descubra agora