Wrapped Around Your Finger (A Michael Clifford fanfiction)

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// Malia //

Acordo na manhã seguinte com o barulho de passos no corredor.

O Michael mexe-se um pouco ao meu lado e sorrio ao vê-lo a dormir, era tão... Angelical, o que é irónico porque ele tem um piercing na sobrancelha e o cabelo vermelho. Se calhar era o contraste que me fazia pensar assim.

As pessoas têm a ideia de anjos como seres vestidos de branco e uma auréola dourada a flutuar no topo da sua cabeça, mas todos sabem que eles não existem, pelo menos dessa maneira.

O Michael é um anjo: é carinhoso, simpático, bem educado, adora crianças, divertido e muito mais; mas é uma pessoa e tem a sua maneira de vestir e o seu lado «negro», todos temos e isso não quer dizer que sejamos más pessoas.

Ouço alguém bater à porta do meu quarto e até pensei em fingir estar a dormir, mas todos sabem que tenho sono leve.

"Quem é?" Pergunto suficientemente alto para a pessoa ouvir.

"Sou eu, o Ashton" suspiro e levanto-me da cama, abrindo-lhe a porta o suficiente para a minha cabeça espreitar para fora.

"Sim?"

"Não me vais deixar entrar?"

"Não"

"Porquê? E porque é que trancaste a porta?" Ele questiona desconfiado.

"Não queria que entrassem no meu quarto sem a minha autorização"

"Desde quando?"

Ponho um braço de fora e puxo-o mais para mim pela camisola.

"Desde que o Michael dormiu cá esta noite" sussurro.

"Vocês coiso e tal?!" Ele mostra uma expressão de choque.

"Não! Simplesmente dormimos juntos" explico.

"Ah... Então depois falamos melhor, eu digo à mãe que ainda estás a dormir"

Estas eram das melhoras características do Ashton: ele confiava em mim o suficiente para acreditar quando lhe digo que apenas dormi com o meu namorado e encobre-me sem ter que lhe pedir.

Somos muito próximos, honestamente não sei o que faria sem ele e não entendo aqueles irmãos que se dão mal; é tão melhor o nosso melhor amigo viver connosco!

"Obrigada" sorrio e fecho a porta novamente, trancando-a.

"Bom dia" o Michael deseja com a voz ainda rouca.

"Bom dia dorminhoco" sento-me ao seu lado na cama e tapo as pernas com o cobertor.

"Dormiste bem?" Ele esfrega os olhos de maneira adorável.

"Sim e tu?"

"Também, que horas são?"

"Não sei" bocejo e pego no telemóvel. "Onze e meia" informo.  "Achas que há problemas com os teus pais?"

"A minha mãe tinha um brunch com as amigas e o meu pai deve estar a fazer lá o que ele faz a um sábado de manhã, não dão pela minha falta" sorri.

"Ainda bem! Eu pedi ao Ashton que nos encobrisse, bem, ele disse que o faria" deito-me, poisando a minha cabeça no seu peito.

"Vocês dão-se realmente bem, fico feliz que ele nos aceite" o meu namorado mexe numa madeixa do meu cabelo.

"Sim, também eu. Tens muitas insónias?"

"Houve uma altura em que tive imensas, era raro dormir bem mais do que três dias, mas depois passou" ele responde.