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- bom dia parceira - ele diz

- bom dia

- desculpa ter saído daquela maneira do parque

O professor começara a indicar as tarefas que faríamos na aula.

- não tem mal - respondo e faço alguns apontamentos no caderno

- a Chloe ficou toda triste

- Michael, estamos na aula

- ah sim, pois - ele diz atrapalhado

- falamos no final, mostro-te a escola e assim, isto se quiseres claro

- sim, claro - sorri e começa também a tirar apontamentos

Na aula tínhamos que escrever um texto sobre o que era para nós o amor.

Era preciso referir os tipos de amor existentes, o significado que aquela palavra tinha para nós e o amor sentíamos alguém. Isto tudo em poucas palavras.

Eu escrevi:

Para mim, o amor é algo que não se consegue descrever, simplesmente não se consegue. Mas é algo que quando se sente, é praticamente inquebrável e se se partir facilmente, então não é amor.

Existem vários tipos de amor, aquele que sentimos pela nossa família, pelo nosso animal de estimação, que para muitos é também família e "aquele" tipo de amor, aquele que não te deixa dormir à noite, que nos faz querer estar com aquela pessoa a toda a hora, que se não for correspondido nos mata por dentro.

É irónico como aquilo que nós mantêm vivos, também é o que nos mata. Como aquilo que nos dá esperança para nos mantermos vivos, pode arrancar a mesma de nós tão rápida e violentamente de nós, deixando-nos sem nada, absolutamente nada, deixando-nos a respirar, mas mortos.

Neste momento só sinto um tipo de amor, aquele que se sente pela família. Eu amo-os, são parte de mim e sem eles não sei o que faria.

Quando a turma toda acabou de escrever o professor disse:

- agora troquem as folhas com o colega do lado

E naquele momento deu-me um mini-ataque-cardíaco. O Michael não podia ler aquilo, é demasiado pessoal.

- professor? - chamei

- sim Miss Irwin?

- temos mesmo que trocar? Isto é demasiado pessoal - depois sussurro para o Michael - não é nada contigo , a sério

- sim, têm, vai aproximar-vos mais do vosso colega. Eu tenho reparado que as turmas não são tão unidas como eram anos atrás e quero mudar isso, apesar de vocês não ligarem ao que eu digo e ignorarem o que vos peço, por isso sim, troquem as folhas por favor

Dou a minha folha ao Michael, com muito custo e ele entrega-me a sua e via-se também que não estava muito feliz por o fazer.

Olho para a folha que tinha agora à minha frente e vi uma letra, a que eu chamava "de artista", porque era rápida, mas ao mesmo tempo cuidada e os movimentos da mão eram... Harmoniosos? Não sei explicar, mas adorava conseguir escrever assim.

O amor

Na minha opinião, o amor é algo indiscritível, não tem uma definição certa, muitos tentaram fazê-la e sofreram com as críticas, pois todos o vêm de maneira diferente.

Para alguns é apenas prazer, para outros é o vício de estar com a pessoa que amam, outros acreditam que é a preocupação que sentem por alguém... E muitas mais

Já dois tipos de amor: familiar e o "tal"

Vou-me centrar no familiar, visto que é o único que sinto e conheço. Este é o amor em que deve ser baseado no respeito, preocupação, apoio, amizade, confiança... É aquele sentimento que nos faz despedaçar em bocados quando não podemos estar mais com aquela pessoa, ou que nos faz sentir angustiados quando ela não está bem.

Gostava de sentir isto por mais do que uma pessoa, para me poder apoiar nas outras quando uma está mal. Mas isso foi-me negado desde pequeno.

Assim acabou o seu texto e devo admitir que a última frase me deixou um pouco perturbada.

Mesmo depois de voltarmos a trocar as folhas tocou e abandonei a sala em silêncio, com o rapaz de cabelo vermelho.

-

-

-

E assim acabou a minha tentativa falhada de ser poética.

Espero que tenham gostado.

As coisas já estão a desenvolver, mas não posso contar tudo sobre eles de uma só vez.

Pergunta:

1 - qual é a vossa música favorita dos 5sos? Porquê?

Beijinhos <33

Wrapped Around Your Finger (A Michael Clifford fanfiction)Onde histórias criam vida. Descubra agora