A louca.- O Destino. (2 Livro)

prólogo.

Hollywood.

Valentine.

Nove anos antes...

- Mas ela não me quer mais?— Pergunto para uma elegante mulher, que me tirou da minha casa, e me trouxe para um belo lugar, ao qual não conheço.

Mas mesmo na casa enorme em que me encontro, que possui andares, enormes corredores, cristais por todos os lados, e diversas coisas que em minha casa não tem. Eu ainda prefiro minha casa.

Minha casa é pequena, não tem escadas, tem apenas dois quartos, uma cozinha, e um banheiro. Mas lá era minha casa.

Eu era feliz com minha mãe. Nós não nos parecemos fisicamente, enquanto eu sou loira dos olhos azuis, minha mãe é morena, cabelos pretos e olhos pretos.

Não me lembro muito de meus anos passados, mas posso afirmar alguns fatos importante na minha vida. Eu morava apenas com minha mãe, até ela trazer um homem para morar conosco. Eu tinha medo dele no início , mas mamãe dizia que ele era meu pai, me dando muitos conselhos, até mesmo brigando comigo para eu o respeitar, e disse por fim, que eu teria um irmãozinho em breve.

No início o homem que entrou em nossas vidas foi bonzinho, me comprava doces, mas ao passar dos anos ele deixou de me dar doces e se encarregou em me dar roupas. Uma vez pediu para me olhar sem roupas. Era natural eu viver sentada em seu colo.

Essas vezes foram se tornando cada vez mais frequentes. Ele me fez prometer que não falaria nada a minha mãe, e começou a me tocar.

Uma vez eu não aguentei, e comecei a chorar. Minha mãe apareceu na sala, eles discutiram, e mamãe disse que não me queria mais. Me lembro de suas palavras como se tivessem ditas nesse exato momento, e creio que nunca irei esquecer, " você é uma garota que sempre vai chamar atenção... Principalmente do sexo masculino. E, por esse motivo te quero longe do meu marido."

Mesmo me lembrando de suas palavras, eu tentei mas não as entendi de modo algum.

Depois das palavras da minha mãe, uma senhora muito bem arrumada a qual se encontra em minha frente com seus cabelos presos em um coque. Ela me buscou, e me trouxe para a casa enorme, a qual eu analiso milimetricamente cada canto, pois nunca havia visto algo tão grandioso.

- Oh, minha querida.— Ela se abaixou, tocou meu rosto logo depois de alcançar minha altura.

Eu estava sentada no sofá. Ela deixou sua pose anterior, e se ajoelhou em minha frente.

- Você é uma pedra preciosa.— Seu sorriso se abriu.- Eu fiz tudo por você, e exatamente por isso que não iremos poder ficar juntas. Mas eu vou te mandar para um lugar muito legal, tá bom?

- Mas eu quero minha mãe...

- Você não tem mãe, querida. Aquela mulher não era sua mãe.

Lágrimas começaram a brotar nos meus olhos.

- Fique quietinha aqui, vou te buscar um presente, você vai ficar feliz.

A senhora subiu uma escada, e minutos depois voltou com uma caixinha minúscula, na cor rosa.

- Aqui, querida.— Ela abriu.