A louca.- O Destino. (2 Livro)

2° Capítulo..

Hollywood.

Valentine Santiago.

Abro meus olhos, e pisco várias vezes até me acostumar com a claridade, minha cabeça dói. Droga! Bebi demais.

Olho para minha frente, estou em um quarto três vezes maior do que o meu quarto. Eita, o que aconteceu?

Nunca dormi fora de casa.

Olho para meu lado e encontro um cabeleira loira. Victor!

Resolvo não acorda-lo. Eu e ele apenas dormimos juntos, eu nunca iria fazer algo a mais com um estranho. Visto minhas peças de roupas correndo, e saiu do quarto. Passo por uma recepção, é um hotel, o melhor hotel da cidade!

Abro minha bolsa, pego meu celular, tento ligar o aparelho, sem bateria. Droga, mil vezes droga!

– Olá.— Me aproximo de uma moça qualquer que vejo na calçada do hotel.– Meu celular acabou a bateria, você poderia me chamar um táxi?

Como se o mundo conspirasse ao meu favor, um táxi para em frente a calçada.

– Claro...

Não termino de escutar a voz da mulher, sigo rápido em direção a táxi.

– Sua mal educada.— Escuto o grito da mulher.

Louca! Achou que eu iria agradecer pelo o quê? Ela nem me ajudou!

Entro dentro do táxi, passo o endereço da escola. Em menos de meia hora o táxi para em frente a escola, o pago, e entro correndo para dentro.

Faço um percurso até meu quarto sem encontrar ninguém. Hoje é sábado!

Nos sábados apenas eu fico na escola, e as vezes Madu me faz companhia, ou a louca da Doralice aparece para me atormentar.

Entro no meu quarto, não encontro Madu, ela iria encontrar um namoradinho.

Coloco meu celular para carregar. Entro no banheiro, tranco a porta, tiro meu colar, tomo um banho demorado, visto meu pijama, coloco meu colar, e deito na cama.

– Você vai me deixar nesse lugar grandão?

– Vou, querida.

Eu observei a enorme casa que a mulher me trouxe, era grande, igual a sua casa, a diferença é que era simples, não possuía nada exagerado.

– Leve as malas dela para o quarto que Joamar irá te mostrar.— A senhora que até agora eu não sabia quem era, ordenou à um cara que estava vestido inteiramente de preto.– Joamar vai levá-lo até o melhor quarto. Afinal, a garota que vai salvar esse moquifo merece o de melhor.

O homem de preto seguiu um homem jovem que estava em uma sala conosco, o homem aparentava não ter mais de trinta anos.

Estávamos nós quatro ali, os dois saíram deixando eu sozinha com a mulher desconhecida.

– Eu queria minha babá de novo.— Falo com a voz chorosa.

– Eles estavam saindo fora do combinado, te fizeram mal.— Ela passou a mão em meu rosto, em uma forma de carinho, eu senti carinho.

Eu senti um amor que eu nunca tive.

– Não me deixe aqui. Eu quero ir com você.— Peço.

– Eu não posso, querida. Eu fiz tudo para seu bem estar. Um dia você entenderá.— Ela se ajoelhou para ficar do meu tamanho.– Você é tão linda, possuí esses cabelos loiros e olhos azuis, exatamente como minha mãe falava que eu tinha que ser, você é a cópia perfeita que eu deveria ser, eu deveria ter sido assim na minha juventude... Quem sabe se eu me parecesse como uma Barbie, minha mãe teria me aceitado... Você é linda, querida. Saiba usar sua beleza ao seu favor, mas nunca deixe ninguém machuca-la. Machuque, mas não seja machucada. Você é preciosa demais para sofrer, seja feliz.