3° Capítulo.

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Hollywood.

Valentine.

Uma semana se passou. E como um bolo de presente de aniversário em forma de coisas boas, eu ganhei a chance de me apresentar hoje. Hoje eu vou dançar e tocar, o que eu mais amo fazer.

Tudo foi ao meu favor, a querida Doralice passou a semana toda internada, ela teve algumas faturas, seu braço esquerdo, e sua perna direita estão debilitados! Eba! Eu sei isso é demais!

Visto meu vestido, que ganhei de presente de Joamar. (Multimídia)

Me lembro ainda hoje de suas palavras no dia seguinte do "acidente" de sua filhinha.

– Eu não imaginava que você seria tão suja ao ponto de atentar contra a vida de uma pessoa.— Sua mão cerca meu braço em um aperto dolorido, mas prazeroso.

– Ela nem é sua filha, querido.— Passo minha mão na gola de sua camisa.– Você vai ganhar de brinde me ver extremamente sexy dançando balé, enquanto toco.— Puxo meu braço de sua mão ao sentir o aperto se afrouxar.– Vai dizer que não sente mais prazer com minhas apresentações?

– Claro que sinto, Rubizinha.– Sua mão voa até meu rosto, ele me toca, me fazendo ter nojo.– Você sabe que desde da sua criancisse eu fico louco com suas apresentações.

Ganhei uma bolsa também que combinou com o vestido, saltos, roupa de balett, e um violino novo que eu estava querendo há pouco mais de uma semana.

Maria Eduarda trocou apenas algumas palavras básicas comigo, eu não forcei ela a aceitar o que eu fiz, se ela não gosta de mim do jeito que eu sou, é melhor que nossa amizade termine por aqui.

Retoco mais uma vez o batom, pego a bolsa com minhas roupas de balett, e meu instrumento. Sigo para a sala, estão todos sentados, eles vão assistir a apresentação da sala.

Será um mérito para a escola se o participante participar de um filme.

Um por um veio me felicitar, e eu só sabia sorrir e ser o mais simpática possível, pois nunca mais teria que aguentar essa falsidade toda.

– Eu sempre soube que você iria conseguir.— A minha professora disse.

Eu reconheço suas palavras, ela sempre disse para mim que eu iria brilhar igual uma estrelhinha.

– Graças a você que eu comecei a dar aulas aqui, e bem...

————

– O que eu posso fazer para te agradar, menina?— Joamar perguntou.

Seu olhar passeava sobre meu corpo, e parava em meus olhos, eu estava chorando.

– Eu não gosto de nada! Eu não quero nada!

Me levanto e caminho até a janela. O olhar desse homem me incomoda, ele me olha igual "papai" me olhava.

Na janela enxergo uma garota de cabelos vermelhos, os cabelos mais lindos que já vi, ela está brincando com uma boneca, e ao lado da boneca tem um brinquedo, um tipo de instrumentos, com cordas. Meus olhos brilham.

A louca.- O Destino. (2 Livro)Onde histórias criam vida. Descubra agora