4° Capítulo.

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Hollywood.

Valentine Santiago.

– E ele te beijou?— Madu fez mais uma de suas perguntas.

- Está de manhã, Maria Eduarda.

- Isso não te impede de me responder.— Arqueou uma de suas sobrancelhas.

Não faz mais de meia hora que eu acordei com uma certa pessoinha gritando. Se não bastasse me acorda aos gritos, Maria Eduarda se jogou em cima de mim. E aqui estamos nós duas deitadas em uma cama de solteiro.

- Ele não me beijou.

- Nem um beijinho?— Maria Eduarda pergunta indignada.- Não acredito.

Gargalhei com sua careta de desgosto.

- Eu achei...

- Você não tem que achar nada, Maria Eduarda.

Me levanto da cama, deixando Maria Eduarda deitada em minha cama.

- Você viu a lista das pessoas que passaram no teste?— Maria Eduarda pergunta, enquanto fuça alguma coisa no seu celular.

- Não tive coragem de ver sem você.— Sorrio tímida.

Eu sou a garota que quero dar a impressão que sou confiante, que não tenho medo e incertezas de nada, mas não é bem assim.

Eu tenho medos e incertezas, mas ninguém precisa saber, o "ninguém" não envolve minha melhor amiga.

- Então pode comemorar.— Maria Eduarda falou, após um tempo de silêncio, que me deixou nervosa.- Você passou em primeiro lugar.

- Ah.— Grito animada, ao mesmo tempo corro em sua direção, estamos a poucos passos de distância, mas isso não me impede de correr e se jogar em sua direção.- Deixa eu ver.

Pego o aparelho em sua mão e leio tudo atentamente, como se tivessem borboletas no meu estômago, sorrio.

" Como prometido, os colocados já foram escolhidos, mas apenas lançado no site as 00:00. Dos 30 apenas 10 poderão participar do maior filme dos últimos tempos, o primeiro filme que Diego Ramos irá..."

Desço para baixo correndo, não consigo ler um texto enorme de coisas que já sei, a ansiedade é muita.

"1• Valentine Santiago."

- Tem mais, amiga.— Maria Eduarda tomou o celular de minhas mãos me tirando de um transe.- Fizeram uma matéria sobre você. Quer ver?

Tento mostra indiferença, me levanto da cama e ando a passos largos até minha cômoda. O tremor em meu corpo me faz não sentir os passos, não consigo respirar direito. Pego a garrafa com líquido e jogo em meu copo, sempre mantenho um copo e uma garrafa de água bem nesse local, tiro de dentro de uma cartela um comprimido e o tomo.

- Preciso tomar um banho.— Aviso a Maria Eduarda que olha tudo atenta.

É sempre assim, eu fico ansiosa demais, e vem as minhas crises, primeiro eu paro de sentir minhas pernas, e logo depois vem a falta de ar, e se mesmo assim eu não tomar meu remédio que eu tomo a um pouco mais de dois anos, vem as dores de cabeças que me fazem ficar de cama, e por fim a dor insuportável que ataca meu peito.

A louca.- O Destino. (2 Livro)Onde histórias criam vida. Descubra agora