Um Gato em minha vida | Park Jimin

Seremos uma família

Park Jimin

EUA, Washington

Tidal Basin

- Já posso abrir os olhos? - Perguntou pela nona vez. - Eu já tô muito curiosa!

- Calma linda. - A guiei um pouco mais para frente e a abracei por trás, deixando uma trilha de beijos pelo o seu pescoço. - Você é muito apressada.

- É porque eu tô com medo... - Riu ela, segurando-se em mim. - Você me acorda e do nada me coloca uma venda sem nem dizer para onde nós estamos indo.

- É uma surpresa e surpresas não devem ser reveladas antes da hora.

- As pessoas devem ter me achado uma baita louca andando assim na cidade! - Segurou meu rosto de forma carinhosa. - Mas pelo menos você foi um ótimo guia.

- Um dos melhores.

Ataquei seus lábios com um beijo quente e intenso. Me afastei segundos depois e olhei para frente. Eu queria trazê-la em algum lugar especial, mas eu não conhecia muitas coisas da cidade, então acabei tendo que pesquisar na internet. Me surpreendi com os resultados. A cidade de Washington tinha diversos pontos turísticos e vários lugares românticos para ir, porém um em específico me chamou a atenção, que era aonde nós nos encontrávamos agora. Tidal Basin é uma bacia que abrange cerca de 107 hectares (0,43 km²) e tem cerca de 3 m de profundidade. O conceito de uma lagoa artificial em Washington, DC surgiu em 1880 para servir como área de lazer para os cidadãos. É adjacente ao Rio Potomac, que foi o que me encantou. As águas daqui eram incrivelmente belas. O ar era fresco e puro, sem nenhum vestígio de poluição. As vastas vegetações de flores ao redor davam um toque ainda mais belo ao local.

S/N abriu um sorriso e seus olhos se arregalaram depois que eu retirei aquela venda. Seus olhos brilharam de emoção e deduzo que mesmo morando aqui, talvez ela nunca nem tenha vindo a esse lugar. O canto dos pássaros me fizeram olhar para eles, que voavam despreocupados pelo o céu quase escuro. O sol já estava se pondo e isso deixou o ambiente incrivelmente belo, pois mesmos que já estejam fracos, os raios solares ainda refletiam sobre o azul marinho das águas.

- Ual... - Apoiou as costas em uma das árvores, como se estivesse querendo ter certeza de que tudo aquilo era real. - Que lugar lindo...

- Imaginei que fosse gostar.

- Como soube desse lugar? - Questionou ela, enquanto se agachava na grama e cheirava uma daquelas flores cor-de-rosa. - Pensei que você não conhecesse absolutamente nada da cidade.

- E não conheço. Eu usei a internet.

- Sozinho?

- Sim. - Sorri para ela. - Não foi assim tão difícil usar o Google no seu celular.

- Nem sabia que você tentava mexer nele.

- Foi a primeira vez. - Estendi a mão para ela. - Venha, vamos caminhar.

- Tabom. - Aceitou meu gesto. Ela me beijou antes de sair me puxando como uma louca entre aquelas flores. Quase tropecei nos meus próprios pés. - Woooo isso é tão legal!

Ri de sua empolgação.

Ela comentava sobre tudo.

Apontava para todos os lugares e até tentou entrar na água, mas a mesma estava muito fria para querer nadar a uma hora dessas. Molhamos apenas os nossos pés na beirada e lavamos nossos rostos. Eu queria muito me casar com ela. Estava pensando já a um bom tempo nisso, mas sei que seria completamente impossível conseguir permissão para me casar com uma humana. A sociedade enxergava os Híbridos apenas como um bando de animais ou objetos de diversão. Ninguém aceitaria um casamento entre nós, então eu pensei em fingirmos nos casar, mas isso não me agradou muito.