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Any POV's

Desliguei o aparelho e olhei para o espelho dando uma risada maliciosa. Senti minhas pernas estremecer só de pensar em Noah, o que me faz ficar mais feliz ainda. Noah e eu temos uma espécie de amizade, muito boa por sinal... — Aliás quem não gosta de uma amizade colorida?

Nos conhecemos quando me mudei para os prédios mais conhecidos de Morumbi, em São Paulo. Ele já morava aqui com a família e Noah é descendente de estadunidense, então não somos o tipo de pessoas que se junta e comemoramos o Natal porque ele vai para o Estados Unidos.

Fui até meu guarda-roupa e peguei uma blusa mais confortável e larga, tirei meu sutiã que deu um certo alívio e coloquei um top. Coloquei a t-shirt cinza e fiz um rabo de cavalo em meu cabelo ainda sem conter o sorriso malicioso que instalava em meu rosto. Amora, a cachorrinha parecia me olhar com desdén quando entrou pela porta com seu ursinho rasgado.

— Qual foi amora? Mamãe não está em casa e papai foi pro México. — Falei para a cachorrinha que latiu.

Ai Any, você fala demais.

Calcei meus chinelos e quando ia saindo da porta do meu quarto, voltei para dar uma última olhada e ver o short que eu estava. Meu short estava perfeitamente alinhado em meu corpo, era preto e me deixava com curvas, só minha t-shirt que não deixava aparecer por ser grande.

Cruzei minhas pernas e mordisquei o lábio. Minha vagina já pedia por atenção, mas eu ainda nem havia descido para me encontrar com o Urrea. Tenho dezesseis anos, uma vadia puta dentro de mim, porém sei me cuidar e tenho senso.

Você só libera essa vadia dentro de você, quando você mesma confiar em si e dizer para o espelho o quanto está bonita hoje. Você vai começar a se olhar no espelho e se sentir mulher, mesmo com dezesseis anos de idade. Eu tinha me tocado quando confiei em mim e quando eu senti que aquela seria a hora pra mim sentir o meu toque e sentir o meu gosto.

Eu me amo!

Caminhei até para fora do meu quarto e deixei a porta aberta para que Amora podesse sair para qualquer lugar. Peguei a chave em cima da mesa com a foto da minha família, sorri só de lembrar das minhas primas, faz tempo que não as vejo. Abri a porta delicadamente afinal não quero parecer desesperada para o Noah então eu começo por aqui a minha atuação.

Fechei a porta trancando e olhei para a porta da direita onde estava com um cheiro forte de essência. Credo, narguile! Quem aguenta??

Caminhei em passos longos, não seja desesperada, mas seja não desesperada com classe.

Apertei o botão chamando o elevador para meu andar. Alguns segundos a porta abre e eu entro, não havia ninguém ali.

Olho para o chão e me lembro de uma coisa. Meum celular! E se uma hora minha mãe ligar? Oh Deus...

O elevador para me fazendo da um pulo e abre a porta. Olho para o salão a procura de Noah e vejo ele sentado no sofá conversando com Rogério, o porteiro do prédio.

— Demorou Any! — Noah reclama assim que me vê.

— Não sou ouvidora para você reclamar Noah. — Respondo me sentando no sofá do lado dele.

Rogério sorri para nós dois e pede licença saindo. Olhei para Noah e seu semblante mudou rápidamente, ele trancou seu maxilar. Seu olhar estava fixo ao meu, senti um frio em minha barriga como se fosse o primeiro beijo. Olhei para sua boca e então colamos nossos lábios.

Sua boca macia me fazia querer mais do que isso, mas não queria pensar nisso. Minha mão foi para sua nuca e a sua mão foi para minha cintura, arrepiei com o toque. Abri passagem para a língua e enfim relaxei em seus lábios, continuamos na sintonia sem parar um minuto para respirar. Claro que dava aquelas escapadinhas.

Noah é um menino muito atraente.

Escutei uma música ao fundo de quando nos beijavamos, era Rogério. Ele havia colocado uma música de fundo, não me segurei e ri parando de selar nossos lábios. Noah olhou para minha cara rindo abobado, afundei meu rosto em seu pescoço e disse:

— Promete que nossa a amizade nunca vai acabar? — Perguntei.

— Prometo... — Ele disse acariciando meu cabelo.
Noah e eu temos essa amizade colorida, mas sabemos respeitar o espaço do outro e até agora nenhum está apaixonado. Se um dia conhecermos alguém, nós paramos obviamente. Mas por enquanto não conhecemos ninguém...

hello mo; now unitedOnde histórias criam vida. Descubra agora