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Any Gabrielly.

Talvez o que eu faça agora, vai deixar os vizinhos loucos para brigarem com Noah. Já sentada em frente a sua porta já era um ponto, estou parecendo Romeu fazendo serenata.

— Eu sei que você está chateado comigo... É evidente. — Digo secando minhas lágrimas. — O que acha de uma viagem para Saturno? Era o que costumávamos a fazer quando éramos pequenos e íamos para o parque do condomínio. Imaginar... Uma vida fora da Terra. — Ri comigo mesma. — A gente sempre pensou num meio de fugir dos adultos. Escondidos até nossos doze anos e você ter me beijado primeiro, sempre o safado né? Ficamos um tempo sem nos falar, porém quando eu fiz treze anos você estava na minha festa. Nós não éramos maduros o bastante e apenas damos alguns beijinhos por aí, que ironia dona Any! Talvez seja o melhor a se fazer... Então antes de eu ir para minha casa, saiba que eu sempre estarei aqui quando você precisar. Mas antes de ir eu quero can-tar uma coisa... — Minha voz saiu meio travada por contas das lágrimas. — A gente fez juntos...

Respirei fundo e soltei o ar. Fechei meus olhos e comecei a cantarolar:

— Pensei que o amor, era uma lenda... — Minha voz falhou, mas eu não ligava muito para esse fato — Não tinha idéia, até te encontrar. — Realmente essa música era para aquele momento... Noah acertou em cada palavra. — Eu sempre tive muitos prazeres, nunca ciúmes. Até te encontrar! — Lembrei de Sina, quando eu dei um ataque de ciúmes e quis brigar com ela. — Você... — Minha garganta coçou — Me faz querer desacelerar, já tô cansada de procurar... Tudo que eu quero é você. — Abri meus olhos olhando para o teto do andar. — Oh, yeah. É uma nova situação todo dia celebração, jogo tudo pro céu!

Escutei sua voz do outro lado da porta.

— Amor...

Me virei para a porta ainda sentada e continuei a cantar:

— Sei que temos uma fama, we've got style. Uma dupla de lendas... You and I, sensação da noite pro dia. Side by side... — Não consegui concluir a última frase, eu estava em chamas por dentro. Me sentia quente e chorosa, totalmente sem forças.

Encarei a porta até ouvir o tranco abrir. Eu estava sentada enquanto ele emocionado olhando para mim, estendeu a mão para que me levantasse e eu assim fiz.

Noah me abraçou fortemente e se deixou em afundar em lágrimas.

— Está tudo bem... Estou aqui. — Acariciei seus cabelos. — Me perdoa.

— Não precisa me pedir perdão. Você errou, mas eu entendo... Esquece isso! — Ele diz.

— Estou com medo de dar errado, sempre faço coisa errada...

— Se nosso relacionamento for um erro para os outros, vamos errar juntos. — Me olhou profundamente.

Selamos nossos lábios. A boca de Noah estava um pouco seca, creio que seja por ficar apenas deitado e não ter feito nada nem sequer beber água direito como minha mãe disse.

— Prometa para mim que nunca deixará de comer! Isso é horrível ok? Você deveria ter amor próprio... — Digo nos separando.

— Eu prometo. Mas não tinha culpa se sou dramático demais! — Falou me fazendo gargalhar.

— Vamos entrar, vou fazer alguma coisa para você comer. — Sorrio e dou um pequeno selinho nele.

O garoto me puxou pela cintura e me beijou novamente.

hello mo; now unitedOnde histórias criam vida. Descubra agora