Any Gabrielly.
Seria idiotice eu pensar em não voltar por não ser aceita pela merda que eu fiz. Eu deveria hesitar e continuar um ano aqui no Texas, aliás Noah pensaria que estou voltando por dó. Seria isso mesmo que ele iria pensar? Apenas cinco dias e Noah parou de se alimentar direito por causa de mim. Se eu estivesse lá eu iria dizer que é falta de amor próprio.
— Mãe! — Gritei para a mulher que segurava uma cartolina me saudando. — Só se passaram cinco dias e tudo isso aconteceu. Não precisava disso também né! — Falei e ela deu um riso fraco.
— Você sabe que onde você estiver eu sempre estarei lá para te receber querida. — Minha mãe falou enquanto me envolvia em seus braços — Eu sei que você foi para o Texas cinco dias atrás, mudou seu visual para se sentir melhor consigo mesmo... Mas você nunca poderá fugir do seu passado querida, já foi feito! Mas existe o futuro para arrumar seu passado.
— Aí Mãe! Assim a senhora me faz chorar. — Digo a abraçando mais forte sentindo seu doce perfume. — Eu fiz muita besteira, pensei na viagem inteira. — Nos separamos do abraço e ela pegou uma das minhas malas — E o papai?
— Vai voltar amanhã do México. — Diz enquanto andávamos em sentido a saída do aeroporto. — Você vai sozinha ver o Noah? A mãe dele só vem depois de amanhã, se quiser dormir lá...
— Mãe!! — Exclamei.
— Escuta aqui sua safadinha, estou querendo dizer para ficar com ele. Ele está muito frágil, você deveria ter falado com ele sabe?
— Deixa para lá mãe! Mas sim, se eu vou dormir hoje lá. — Pensei um pouco no que acabei de falar.
Estou muito paranóica em questão a isso!
[...]
As vezes meus pensamentos se encontrava em caos enquanto voltava para casa. Estava muito calor em São Paulo, mas as nuvens já indicavam que iria chover forte por conta do verão. Estamos quase chegando...
Eu não sei como me comportar, como agir... Eu queria fugir dele e até desaparecer de sua vida para sempre. Apenas cinco dias Noah, apenas cinco dias...
Mudar seria uma ótima opção. Eu cortei meu cabelo, mudei o estilo das pequenas coisas que me irritavam, porém ainda faltava algo. Os meus amigos! Os meus únicos amigos que sempre estiveram lá quando mais precisei, e eu? Fui uma egoísta em pensar só é mim, mas eu estava confusa. Agora eu sei o que quero!
— Não fique ansiosa Any. Vai ocorrer tudo bem! — Minha mãe percebeu minha inquietação.
— Eu poderia ter fugido para Paris. — Brinquei.
— Você e esse seu jeito de brincar em momentos sérios. — Ela deu de ombros. — Orgulhosa, teimosa... E briguenta! Aliás Sina me disse que você queria brigar com ela.
— Abstrai e finge demência. — Digo desesperada. — Eu fui idiota! Essa viagem foi uma merda para mim. — Coloco minha mão na testa em sinal de tensão.
— Entendo. Mas não quer dizer que foi idiota que você fez decisões precipitadas e eu não posso falar nada por ter concordado pensando que seria melhor para você! — Quando me dei conta mamãe já estava entrando no estacionamento do condomínio. Meu ar quase havia ido embora e meu coração se acelerou, senti minha pernas tremerem. — Vá!
— O quê? — Perguntei tentando assimilar.
— Vá! — Ela elevou seu tom de voz. — Deixa que eu levo suas malas para cima.
Não hesitei e sai do carro. Olhei para o bloco de Noah e caminhei em pequenos passos para que não chegasse muito rápido, estou com medo.
Muito medo!
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hello mo; now united
FanfictionQuando Any adiciona números do Twitter pela hashtag criada e acaba fazendo amigos novos. [100k de leituras 27/12/2019]