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Any Gabrielly

Suspirei me rendendo quando Sina me questionava sobre o encontro de Joalin. Ela queria porque queria saber sobre Joalin, então ela me seguiu até meu bloco — Sim ela mora no mesmo condomínio que eu — e assim começamos a subir.

Estávamos no elevador, Sina tirava algumas fotos enquanto eu olhava para a porta a espera de meu andar.

A porta abri e eu senti um cheiro horrível, deduzi que fosse o narguile do vizinho. Olhei para a platinada e ela fez uma cara de nojo.

— Você deveria reclamar com seu síndico, isso põe em risco a saúde dos outros. — Sina andou em leves passos. — Ou você pode arrumar uma mini-confusão pós entrada a sua casa!

— O pulmão dele vai derreter... — Dei de ombros indo até minha porta. Abri com cuidado e Amora se agitou ao ver Sina. — Olha que falsidade não é mesmo?

— Você é invejosa sabia? — Sina se agachou e começou a dar carinho em Amora.

— Fala sério Sina... Você está gostando de Noah? — Joguei para a garota que fez uma pose de assustada.

— Fala sério Gabrielly, você está com ciúmes do Noah. — Ela rebate.

Olhei para ela como se algo me impedisse de falar. Acho que o fato, é que todas estamos com ciúmes do Noah! Senti minhas bochechas esquentar e então dei uma risada tosca.

— Sério mesmo? Pois sim eu estou, mas tirando o fato que vocês dois pelo menos deram um beijinho... Olha Sina não tem nenhum problema em você querer ficar com Noah, afinal não foi ele que aproveitou e sim a gente que brincou com a cara dele. Mas no final todos seremos amigos!

— Noah é um babaca, quem iria gostar dele? — Ela revira os olhos. — Tirando todas as amigas dele.

— Escuta aqui seu merda! — Brinquei.

Escutamos um barulho alto e som de vidro se quebrando. Olhei para a parede onde era a casa dos vizinhos e dei passos largos até a porta.

— Any acalme-se! — Sina se desesperou.

Me acalmar? Agora não! Não quer dizer que minha mãe está em viagem que é pra eles soltarem a franga. Bati fortemente na porta e menino moreno abriu. Me olhou em total desprezo e em deboche.

— Quero falar com sua mãe. — Digo para o garoto.

— Está na Inglaterra cuidando do meu primo. — Ele diz e uma menina de cabelos longos aparece.

— Desculpe o barulho, eu quebrei o narguile desse idiota que só pensa em fumar e não arrumar a casa. — Uma morena diz.

— Ai Sabina, não começa! — Ele levanta a mão.

— Escute aqui Bailey — Ela fala e eu e Sina ri do nome do garoto. Bailey, haha, não da pra levar a sério. — Posso ser um ano mais velha que você, mas não tolero esse tipo de coisa enquanto mamãe está fora de casa. Então trate de nunca mais usar narguile ou expulso você de casa até mamãe voltar!

— Desculpe interromper a trama de novela mexicana de vocês... Mas era só isso mesmo. Muito Obrigada Sabina, e você vai pra puta que pariu! — Sina mandou o dedo do meio e Bailey revirou os olhos entrando.

— Ai meninas desculpem, ele pensa que já é adulto. Nem eu que tenho dezesseis anos nas costas passo vergonha igual esse inútil!

Assenti com a cabeça e a menina pareceu meio nervosa com o irmão. Então olhei para Sina quando tive uma idéia, mas a garota negou e então abri a boca pra falar. Sina colocou a mão na testa e olhou pro chão.

— Bom... Já que você tem senso, quer comer uma pizza no meu apartamento? Eu e a Sina vamos fazer. Como pedido de desculpas para você e sua família, menos Bailey é claro! — Falei. — Não deveria convidar estranhos em casa, mas como você é minha vizinha.

— Não quero ficar perto desse idiota! Então sim eu aceito o convite... — Ela sorriu.

[...]

Algumas conversas aleatórias e em pedaços de pizzas. Nós três conversava sobre uma a vida da outra, bem aquelas vizinhas amigas. Fizemos fofocas do condomínio e também descobrimos coisas que uma não sabia.

Sabina nasceu no México e passou sua infância pelas Filipinas, na sua pré-adolescência a garota se mudou para Inglaterra junto de sua família. Ela disse que era pra ajudar a cuidar da irmã de sua mãe — no caso sua tia — que morreu recentemente, mas tem um filho e sua mãe está lutando no papel enquanto seu primo estudava um pouco de português para vir ao Brasil.

— Nesse condomínio temos descendentes de chinês, só que ele mora lá na cobertura... Conheci ele desde que me mudei para cá, mas não se vemos tanto por ele fazer faculdade e só apenas hoje saímos. Tem o descendente de estadunidense que é do bloco dessa filha de alemães! Temos outros amigos também, mas eles não moram aqui. A Raissa mora no condomínio daqui a cinco quadras e ela passa por aqui pra ir pra escola e foi assim que nos conhecemos, só nós duas somos brasileiras de sangue.

— Wow, que legal! Você fala alemão? -—Sabina pareceu entretida no assunto.

— Um pouco... Kann ich das letzte Stück essen? (Posso comer o último pedaço) — Ela falou.

¡No entendí nada! Pero conseguiré la última pieza (Não entendi nada! Não lembro o que coloquei berro, mas ela disse que vai pegar o último pedaço)

Geliebte (Amada) — Falei.

hello mo; now unitedOnde histórias criam vida. Descubra agora