hello mo; now united

097

Any Gabrielly

Após longos vinte minutos de carro, finalmente havia chegado naquela belíssima praia, que muitos diziam ser maravilhosa — acertaram —.

Quando eu tinha encontrado Noah, o garoto estava sentado de frente por mar. Era fácil de vê-lo! Sentei do lado do americano que estava em cima de um pano e ele me olhou com um leve sorriso no rosto, tiramos algumas fotos e uma ele postou no Instagram. Era tão legal o quanto a gente está aproximado, mas eu sei o que ele quer e isso eu não posso dar pra ele...

— Então Noah... O que vamos fazer aqui? — Perguntei esperando sua resposta, talvez ele possa mentir sobre o que vai fazer esta noite.

— Vamos ficar aqui e esperar o pôr-do-sol, é um ótimo lugar. — Deu de ombros e começou a acariciar meu queixo.

— Sim... É um ótimo lugar. — Fechei os olhos e me aproximei de seu rosto.

[...]

Não sabia que era tão frio a noite em Los Angeles, mas Noah havia me dito que é por causa da brisa da água. Agora estamos encolhidos abraçadinhos vendo as ondas e conversando um pouco sobre nós.

Noah citava algumas frases que parecia entrar na minha cabeça, mas não gravava. Eram apenas palavras que eu sabia que fazia sentido, porém não queria que tivesse.

— Sabe Any, as vezes eu penso se a gente poderia dar um passo a mais... Se poderíamos oficializar esse negócio e ir sem medo, se o oito é o oitenta! Eu estou pensando nisso a tanto tempo. Desde a nossa primeira vez que, não foi muito bom por você não conseguir andar muito bem porque a posição foi errada... — Riu fraco — São momentos assim, que me faz rir e pensar que poderíamos conseguir nossas coisas juntos, que podemos compartilhar nossas coisas e ainda mais que... — Respirou fundo e me olhou, seus olhos estavam mais brilhantes do que já havia visto — Confiamos um no outro. Então Any... O que acha de, nós dois dar um passo a mais.

— O-o quê? — Troquei de posição já que estava apoiada em seu peito.

— Você quer namorar comigo? — Ele falou com o semblante sério.

— Noah... E-eu, Noah er... — Perdi minhas palavras quando o garoto me encarou franzino o cenho.

Não estou preparada para isso. Poderia ser tudo, menos isso... Eu não o mereço para fazer isso, desde as mancadas a tudo o que já aconteceu.

— Eu sinto muito Noah, eu não quero namorar com você. Eu não estou pronta para isso e como eu queria que estivesse! — Falei enquanto Noah já pressionava os olhos, deve estar doendo o que estou falando e eu não estou me orgulhando por isso. — Você é meu amigo, a gente não deveria ter feito isso! Eu não quero perder sua amizade por causa de um namoro...

— Não vamos. — Ele calmamente levantou sua mão e começou a acariciar meus cachos. — Eu te amo.

— Não Noah, você não está entendo... Eu também te amo, mas a nossa amizade colorida era só uma coisa para que nós dois pudéssemos ser bons em... Você sabe! Foi você que fez o acordo de não se apaixonar.

— Isso não é a gente com treze anos, é a gente com dezessete. Eu queria algo mais sério, só que se você não quiser eu entendo... Eu posso ficar abalado, mas você sabe que vou superar. — Ele fechou os olhos e se aproximou de minha face para selar nossos lábios.

— Não, eu acho que não... — Me esquivei — Não temos culpa por quem nos apaixonamos, mas vamos parar com isso! Não quero te magoar, eu sinto muito.

— Por que está agindo assim? — Ele perguntou.

— A pergunta correta é: Por que você — Dei ênfase — está agindo assim. — Digo enquanto me levantando.

— Any! Eu não quero parecer a porra de um moleque babaca, mas eu queria que você me entendesse que eu te amo de verdade. Que eu te desejo todo dia e que meu sonho era ver você quando acordar, ter uma zona de guerra só minha e sua. Como um casal de verdade e não como adolescentes! Eu queria algo mais sério e parece besta eu falar de adolescentes sendo um, mas quando eu tô com você. Me faz sentir que eu posso e que eu consigo!

— Noah... — Olhei nos fundos de seus olhos que já estavam marejados, não me fazendo enxergar direito. — Você precisa sentir isso sozinho e não comigo. Eu sinto muito! Vamos pra casa. — Olhei o garoto se levantar, tudo parecia um flashback.

Ele andou rápidamente e eu o gritei.

— NOAH! NÃO ME DEIXA SOZINHA AQUI. — Ele não ousou olhar para trás.

— Por favor Any, para por favor... — Ele finalmente olhou para trás depois de eu dar tantos gritos estrondosos — Para de me chamar, me deixa sozinho... Eu só preciso pensar na merda que acabou de acontecer. — Ele voltou a caminhat

— Noah, isso não é uma merda... É normal! Agora pare. — Falei. — Por favor Noah, pare...

Me deitei de joelhos no chão colocando a mão no meio do meu peito. Está doendo tanto, nunca senti uma dor psicológica que parecia ser tão física.

— Eu te amo... — Eu disse falhando. — Me desculpa por tudo!