- EU VOU EMBORA DESSA PORCARIA DE CASA, NÃO AGUENTO MAIS ESSA DROGA
DE VIDA. - Gritei, indo em direção ao meu quarto e logo pegando uma velha mochila, onde
procurei colocar o máximo de roupa que conseguia.- GABRIELA DA SILVA, VOLTA AQUI, VOCÊ NÃO VAI A LUGAR NENHUM. - Meu pai gritou
de volta, vindo atrás de mim.- Ah, não vou papai? - Falei com ar de deboche. - E quem vai me obrigar a ficar? - Disse
colocando a mochila nas costas, com toda a coragem do mundo junto à mim, pois meu pai era
praticamente meu dobro, poderia me impedir numa facilidade só. Mas ele apenas ficou me
encarando não acreditando que sua "menininha'' havia se tornado tão inconsequente. - A
questão é - continuei a falar. - Eu não fico nem mais um segundo de baixo do mesmo teto dessa
vadia, que você trouxe para casa e ainda chama de mulher.- Gabi, querida... - Meu pai tentou se acalmar. - Você está sendo injusta com Cindy, ela é
como uma mãe para você. - Senti vontade de vomitar, e meu sangue esquentar como se eu
fosse explodir a qualquer momento, mais do que eu já havia.- NUNCA MAIS. - Gritei. Mas logo respirei fundo tentando voltar à um tom aceitável de voz.
- Nunca mais mesmo, compare essa biscate com a minha mãe, aliás que Deus à tenha. - Falei,
pois minha mãe havia morrido quando eu tinha apenas dez anos, e quando eu completei
quatorze meu pai conheceu Cindy, fazendo minha vida virar um inferno. - Minha mãe era uma
mulher digna, não precisava se aproveitar de ninguém para se dar bem na vida, eu cansei pai, de
ver você sendo feito de idiota. E também cansei dessa vadi... - Me segurei. - Mulherzinha,
tentando tomar o lugar da minha mãe, e me tratando como um nada. Ela realmente conseguiu o
que queria, eu vou embora. - Cindy observava tudo, as vezes dava até para ver um sorriso
vitorioso saindo de seus lábios, mas rapidamente ela voltava a se fazer de vítima. Eu odiava ver
meu pai sendo feito de idiota, ela só queria seu dinheiro. Ali eu não ficava mais, estava cansada
de tudo isso.00h30. Eu realmente não sabia para onde iria a essa hora, mas resolvi arriscar, meu pai
tentou me impedir. Porém, ao mesmo tempo que ele era mais forte do que eu, eu era mais
rápida. Na minha mochila, que agora pesava em minhas costas, enquanto eu andava pelas ruas
um pouco mal iluminadas do meu bairro, haviam algumas peças de roupas, coisas para a
higiene e um pouco de dinheiro da minha mesada. Eu estava quase me arrependendo, com
medo e com frio, apenas eu e minha insegurança. Para onde eu iria? Droga.
Até que me veio a cabeça um apartamento que meu pai possuía, porém ficava um pouco
longe, eu planejava pegar um táxi e pagar com o dinheiro que havia em minha mochila. Enquanto
pensava comigo, passei por um grupo de garotos. Se eles não tivessem feito gracinhas, eu nem
perceberia.- Ei, garota. Isso é hora da princesinha estar na rua? - Continuei andando o mais rápido
possível, mas podia ver que eles estavam me seguindo.- Qual é gatinha?! Vai mais devagar, rápido assim, só na cama. - Os garotos riram e até
onde deu para ver haviam quatro, não pude ver muito, o medo me impedia de olhar para atrás,
em minha minha cabeça eu só conseguia pensar '' continue andando ''.- Olha, Bial. Eu acho que ela está com pressa, hein?! - Um garoto com uma voz
maravilhosamente rouca falou, e logo começou a rir.- Ei, delicia, não corre não. - Falou um dos garotos, não fazia ideia de quem se tratava. Eu
estava morrendo de medo, confesso, mas ao mesmo tempo eu já estava me irritando com
aqueles babacas e meus pés já estavam doendo de tanto eu andar rápido. Então, eu senti uma
mão segurar meu braço com força.- Qual a parte do '' Ei, delicia, não corre não'' você não entendeu? - Um garoto com lindos
olhos falou. Ele tinha um olhar um tanto malicioso.- Merda, qual o seu problema? Me larga seu idiota. - Falei tentando tirar suas mãos de meu
braço direito. Pude observar todos se divertindo, exceto um garoto de cabelos cacheados, e
maravilhosos olhos cor de mel, ele era realmente lindo e parecia estar entediado. Até que eu me
dei por conta de quem ele realmente era, e estremeci. Seu celular tocou, ele atendeu e foi
saindo.- Falou, guys. Tô largando. Ah, e peguem leve com essa mini vadiazinha aí. - Ele riu, e
virou-se de costas com o intuito de ir ao seu destino. Me irritei com o fato de ele ter se referido
daquele jeito à mim e resolvi me pronunciar. Com muita coragem, claro.- Do que você me chamou, seu resto de Johnny Bravo? - Perguntei, levando minhas mãos
à cintura, como se tivesse alguma moral com ele, e totalmente enraivecida com todas as
merdas que estavam acontecendo naquele dia. Mas antes me soltei das mãos do garoto de olho
castanho e fui para o meio, a fim de falar umas verdades para aquele idiota. Eu sabia quem ele era, e
mesmo assim eu estava pouco me importando. Ele virou-se para mim, me olhando de cima a
baixo com uma expressão séria e ao mesmo tempo sedutora, mas mantive a pose.- Te chamei de mini vadiazinha. Por que? Algum problema? - Ele disse chegando mais
perto, me encarando tentadoramente, ele tinha um olhar desafiador.- Quem você acha que é pra me chamar assim ? - Ele era o líder dos The Canadians,
uma das maiores gangues da cidade, todos só ouviam falar neles, mas ninguém sabia quem
realmente fazia parte. Eu sabia porque eu morava no mesmo bairro que eles, mas não na
mesma rua, e minha melhor amiga Anahi já havia me falado deles, ela sabia tudo e entrou em
choque quando descobriu que essa gangue se situava no nosso bairro. E como ela descobriu
que eram eles membros da gangue? Um dia, faz mais ou menos dois anos e pouco, esses
garotos se mudaram para o nosso bairro e ela ficou curiosa para saber quem era o garoto de
olhos cor de mel, o qual ela achara lindo, então uma vez ela seguiu ele para ver se descobria
alguma coisa útil e ele sem querer deixou cair do bolso uma ''Folha de Plátano'' feita de metal,
onde continha a seguinte informação: '' Vicente Machado, líder - The Canadians ''. Diz ela que quase
caiu dura. Eu sairia do quase. Acontece, que depois que ela descobriu isso, ela viciou-se mais
ainda nele... Vicente Machado- Prazer Vicente... Vicente Machado. - Ele disse eu estremeci ao ouvir aquele nome, eu estava
diante do maior cafajeste de Los Angeles, e mesmo assim, ele era o sonho de todas as
menininhas iludidas (como minha linda melhor amiga) e também por quebrar o coração delas
(ainda bem que Lilly nunca havia criado coragem para chegar perto dele, entendo porque).- Eu sei quem você é. - falei indiferente.
- Sabe? - ele arqueou as sobrancelhas. - Como? - Droga, se eu dissesse que eu sabia
que ele é um Canadian, acho que ele me mataria, pois que nem eu disse, ninguém sabe quem
faz parte dos The Canadians, só sabem que existe essa gangue, mas não sabem quem são
seus verdadeiros membros, eles fazem tudo perfeito, sem nenhum descobrimento por parte de
ninguém. .Apenas de Michelly.. E minha.- Eu confundi você com outra pessoa. - Menti.
- Eu sou inconfundível. - Ele disse. - E você é ridícula.
- Você também não passa muito longe de ser ridículo. - Falei o olhando friamente nos
olhos.- Você deveria me temer.
- Só por que você é um Canadian? - Entreguei o jogo e vi a merda que eu havia feito.
Vicente olhou para os garotos incrédulo.- Você sabe demais. - Ele disse, dando meia volta. - Dudes, levem ela para o apartamento,
amanhã eu vou ver o que eu faço. Se ela não morrer, vai servir como um bom bife. - Ele disse
mordendo os lábios. - Se é que vocês me entendem.- O que? Droga, me solta, eu quero voltar para a casa. - gritei, ao sentir o tal de Bial, e
mais dois garotos me colocando para dentro de uma Range Rover preta, tentei me debater, mas
o desespero era tanto que acabei desmaiando. Tudo se apagou.
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Possessive
FanfictionIsso é apenas uma adaptação, todos os créditos a : ~Wazzuplola Você é minha, querendo ou não, porque eu simplesmente anseio que seja assim, você não tem escolha. " - Vicente Fialho Machado E se ela fosse dele? Somente dele. Mas ele, ele não fosse de...