Capítulo 6 - I lov...Hate school

427 21 5
                                    


As aulas haviam começado há mais ou menos dois meses e graças à Deus esse era
m

eu último ano, bom, graças à Deus não, até porque eu gostava um pouco daquela escola havia
tido bons momentos lá e sem contar que a vida seria bem mais complicada depois que tudo
acabasse, então eu sentiria falta da Kaplan Westwood.

Enquanto assistia as aulas chatas do professor de geografia, algo ainda me atormentava:
Minha terrível ( ou maravilhosa?) noite com Vicente,confesso que já haviam passado quase três
meses e aquilo não saía da minha cabeça. Durante esse tempo, eu evitei tudo que me levasse
até ele, principalmente aquela ruazinha endemoniada quando eu tinha que ir na casa de Mi ou
algo do tipo. Aquela rua era um ótimo atalho, me fazia chegar nos lugares bem mais rápido, pena
que as coisas tiveram que ser assim. Que drama. As vezes via Vicente de longe e fazia o máximo
para ele não me ver. Ok, era exagero eu sei, mas acontece que ele era um cafajeste e mesmo
eu sabendo disso, fui pra cama com ele, porque eu não tive a capacidade de resistir, ou de
inventar uma desculpa do tipo '' estou menstruada'' e também, por Patrick. Eu havia feito tudo por
Patrick, o que fazia eu me sentir mais idiota ainda. Mas ao mesmo tempo, Vicente havia me dado
sensações que até então eram desconhecidas minha. Então, até agora eu não sabia dizer se
aquela noite havia sido terrível ou maravilhosa, eu estava confusa e quanto mais eu pensava,
mais eu piorava a situação.

- Então, senhorita Gabriela.. Você não respondeu minha pergunta. - Ouvi o Sr. Thompson
dizer, e tipo, que pergunta? Ah eu não sabia, porque tinha algo me atormentando. Então
arrisquei, foda-se: - Hã... É 10. - Falei. E pude ouvir a risada de todos da classe.

- Claro, poderia ser 10... - O professor disse. - Se eu tivesse te perguntando alguma conta
e se isso fosse aula de matemática ou sei lá o que, que envolva números. - Ele respirou, pois
havia falado rápido demais, como sempre. - Geografia, senhorita Gabriela, geografia.

- Ah, obrigada pelo '' senhorita'' me sinto super importante. - O professor me fuzilou com
os olhos, mas logo continuou sua explicação.

Logo bateram na porta da sala e o Sr. Thompson murmurou algo do tipo: '' Droga, adoram
interromper minha aula.'' e foi abrir.

- Bom dia... - Era a diretora. Mal dia, isso sim. - Espero que todos estejam tendo uma boa
aprendizagem. - Ela disse sendo formal. - Mas vamos direto ao assunto, agora nós temos um ''
faz tudo'' da escola, ele vai ajudar o professor Robson de Educação Física, monitorar vocês no
intervalo, e se vocês quiserem algum tipo de ajuda, podem falar com ele, mas não abusem
claro. Ele vai ficar conosco mais ou menos seis meses. - Coitada dessa pessoa, deve ser um
cara tão bom e vai ter que viver esse inferno. Pensei comigo. A diretora deu uma olhada na porta
e fez um sinal com a cabeça para que a pessoa entrasse. - Entre por favor.
PUTA MERDA. Que droga é essa? Por um momento, eu não acreditava no que eu estava
vendo, em um movimento super ninja, coloquei meu capuz e fiquei de cabeça baixa na classe.
Se eu estava me escondendo? Não... Imagina. Mas foi algo inútil. Totalmente inútil.

- Srta Gabriela, você esta bem? - Pude ouvir a voz do professor. Filho da mãe. E quando
levantei a cabeça, todo olhavam para mim, inclusive... Vicente, que fez uma cara estranhando o
fato de o professor me chamar de Gabriela, pois para ele eu havia dito que meu nome era
Lauren. Respirei fundo.

- Sim, só um pouco de dor de cabeça. P-p-ode continuar. - Gaguejei quando meus olhos
se encontraram com os de Vicente, ele estava parado ao lado da diretora com os braços
cruzados, usava uma camisa preta simples, e uma calça jeans escura, o que era raro. Seu
cabelo estava perfeito . Ele me olhou e deu um sorriso sacana bem discreto. Desviei
o olhar, que diabos ele estava fazendo aqui? Pode ter certeza que o que ele menos precisa é da
merreca que essa escola oferece, porque boatos dizem que ele vem de uma família canadense
que possui um grande poder aquisitivo, aí tem algum dedo podre... Pode ter certeza.
Pude ver as garotas tudo babando enquanto Vicente se apresentava. Ridículo. Inclusive ela,
a rainha da rainha da rainha da rainha das putas, Jennifer. Eu odiava essa garota. Odiava.

- Então... - Ele tentou ser um pouco formal, mas aquilo não combinava com ele. - Eu vou
estar aqui para o que vocês precisarem, qualquer coisa já sabem, me procurem. - Vicente falava
isso com um ar do tipo '' Pra tudo mesmo, inclusive, sexo'' - Enquanto ouvia Vicente falar, evitava
totalmente contatos visuais, tentava me concentrar nos rabiscos que eu havia feito em meu
caderno. Aquilo estava estranho o suficiente.

- Para tudo o que a gente precisar mesmo, sr Machado? - Jennifer disse com o c/u piscando
e o olhando maliciosamente e Vicente retribuiu o olhar. Daqui há uma semana todas as garotas
daquela escola já estariam em sua cama. Ah e sem contar que Sr. Machado, não combina nada
com Vicente

- Sr. Machado? Hmm... Gostei. - Ele disse. - E sim, para tudo que vocês precisarem mesmo.
- Vicente sorriu e deu uma piscadinha, em seguida ajeitando algum fio rebelde de seu cabelo, o
que fez as garotas babarem mais ainda.

- Ele é gostoso pra caramba, ter uma noite com ele é tudo o que eu mais quero agora. -
Ouvi uma garota falando para outra atrás de mim. E poderia simplesmente me aparecer e dizer:
'' Chupem, eu já tive esse privilegio'' mas eu era humilde... e aquilo não era um privilegio. Mal
sabiam elas o tipo de pessoa que Vicente era.

- E você... - Vicente disse e apontou para ninguém mais, ninguém menos do que... euzinha.

- Tem alguma pergunta? - Ele deu um sorriso, pois ele estava fazendo aquilo por pura
implicância, óbvio.

- Não. - Respondi severamente.

- Tem certeza? - Ele insistiu e pude ver diversão em seu olhos.

- Absoluta. - O encarei confiante e levantei uma sobrancelha, ele ficou me olhando
profundamente por alguns segundos, piscou e desviou o olhar. Estremeci, droga.
Vicente logo se retirou da sala com a diretora, que se duvidasse, até ela, ele lanhava. E
possibilitou o professor de continuar a sua aula.

- Srta Gabriela, você pode me fazer um favor? - O professor perguntou.

- Sim... - Respondi.

- Vá na secretária e me traga algo que preste e que não fique se desgastando para que eu
possa escrever na porcaria desse quadro. - Senti irritação em sua voz, quase ri.

- Ok. - Levantei-me e saí da sala, desci alguma escadas meio que correndo, porque eu
simplesmente adorava fazer isso, mas dessa vez não foi uma ideia muito boa, pois pisei em um
degrau em falso e caí escada a baixo.

- Droga! - Falei alto, não havia me machucado muito, só havia causado uma dor
suportável em meu tornozelo.

- Você está bem? - Uma voz rouca disse entre risadas, enquanto eu tentava me levantar
com certa dificuldade. - Você é uma anta mesmo. Como conseguiu cair desse jeito? - Machado riu
mais uma vez. - Eu queria que o corredor estivesse cheio para ver todos rindo da sua cara. -
Idiota.

..........................................................................................................................................

O que estão achando?

Possessive Onde histórias criam vida. Descubra agora