Bati a porta do banheiro com toda a força do mundo e a tranquei, me apoiei na pia e fechei os olhos com força, eu estava morrendo de raiva, abri meus olhos me deparando com a minha
imagem no espelho que ali havia, eles estavam vermelhos, sinal de lágrimas de pura raiva vindo.E então, desabei, comecei a chorar baixinho. Não queria que o causador de tudo isso ouvisse. Meu subconsciente sussurrava que eu não deveria chorar por Vicente, ele era um idiota,
eu já deveria estar acostumada a ser tratada assim, por ele, como um nada. Nenhuma garota gosta de se sentir apenas mais uma, nenhuma garota gosta de se sentir uma vadia. Com
exceção de Jennifer, claro.Enxuguei minhas lágrimas com força, machucando um pouco meu rosto, eu estava com muita raiva, eu poderia matar Vicente com sua própria arma, eu odiava o que aquele babaca fazia
comigo, simplesmente odiava. E ele ainda deixava bem claro que eu era somente dele, mas não como alguém que ele goste e sim, como uma marionete, com a qual ele podia fazer tudo o que quisesse, uma marionete idiota. E o pior... Sabe o pior? Eu era totalmente apaixonada por ele, eu
não entendia o porquê. Como eu podia me apaixonar logo por ele? A verdade era, que eu podia ver algo a mais em Vicente, algo a mais em seus olhos, podia sentir que ele era mais do que isso, mais do que esse idiota que ele aparenta ser. Ou eu apenas estivesse errada, e pelo visto, eu estava.Eu caí na dele, eu deixei me envolver por ele, eu deixei ele me seduzir, ele não era o total culpado, ou era, por não deixar eu me afastar dele, por não deixar eu tomar meu rumo, por simplesmente querer que eu fosse sua. Ok, eu também me culpo, pois apesar de tudo, ele nunca escondeu esse jeito ordinário dele, e mesmo assim, eu deixei me levar. Eu me apaixonei.
Já estava naquele banheiro tentando conter minha raiva havia mais ou menos trinta minutos, estava sentada no chão, envolvendo meus braços em meu joelho e com a cabeça baixa, até que ouvi fortes batidas na porta.
- Abre essa por/ra, Gabriela. - Vi ordenava tentando manter a calma.
- Isso não é uma por/ra, é uma porta, você é uma por/ra. - Gritei.
- Sem gracinhas e abre isto de uma vez, garota. - Ele dizia autoritário do lado de fora.
- Por que?
- Porque eu quero.
- Querer não é poder, me deixe. - Falei.
- Eu vou arrom/bar essa porta, igualzinho eu fiz com você. - Ele era ridículo.
- Olha o respeito, seu idiota. E faz o que quiser, a casa é sua, o prejuízo também.
- Abre, Gabriela. Eu quero falar com você. - Ele estava quase derrotado.
- Que droga, Vicente. Me deixa, vai lá fo/der suas vadias. Me larga de mão, poxa. Depois ainda vem dizer que eu fico no seu pé. - Eu gritava dentro daquele banheiro. - E aliás, me esquece, eu não sou sua. Não quero essa vidinha, minha vida já está ruim o suficiente.
Obrigada.- Falei e logo as batidas na porta cessaram, o silêncio pairou, respirei fundo a fim de afastar as lágrimas, mas elas vieram mais uma vez e dessa vez, o motivo era minha droga de vida.Eu já estava há uma hora e meia dentro daquele banheiro, até que eu cansei, já estava um pouco mais aliviada, mas ainda bem magoada em relação à Vi, porém eu não podia me afastar, evitá-lo ou algo do tipo, eu estava em seu território por completo agora.
Destranquei a porta do banheiro com cuidado, respirei fundo mais uma vez, olhei-me rapidamente no espelho para ver meu estado e abri.
A casa estava silenciosa, como se não houvesse ninguém e acho que realmente não tinha. Talvez tivesse havido outro imprevisto ou coisa para eles resolverem, o que me deixou mais aliviada .
VOCÊ ESTÁ LENDO
Possessive
Hayran KurguIsso é apenas uma adaptação, todos os créditos a : ~Wazzuplola Você é minha, querendo ou não, porque eu simplesmente anseio que seja assim, você não tem escolha. " - Vicente Fialho Machado E se ela fosse dele? Somente dele. Mas ele, ele não fosse de...