Capítulo 54 - Oh, no!

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- JÁ VAI. - Gritei enquanto eu descia as escadas em direção a porta, a qual alguém
batia loucamente. Olhei no olho mágico e gelei ao ver Eugênia, ela não podia me ver assim. - JÁ
ABRO, DEIXEI A CHAVE LÁ EM CIMA. - Menti e saí correndo, tropecei três vezes na escada
enquanto subia e dei de cara com Mi.

- Quem é? Por que está nervosa? É Vicente? Ah deixa que eu resolvo. - Ela estava
prestes à descer, mas eu a puxei.

- Não. - Falei enquanto eu entrava em meu quarto, indo em direção ao banheiro. - É
Eugênia e ela não pode ver esses cortes no meu rosto. - Falei enchendo a cara de pó e base.

- Cara, isso tá estranho. - Mi disse. - Ficou forçado pra cara/lho.

- Por/ra, Mi, me ajuda. - Disse nervosa e ela fez uma maquiagem onde omitiu um
pouco os cortes.

- Perfeito. - Falei. - Qualquer coisa invento uma desculpa qualquer. - Desci correndo e
logo abri a porta para Eugênia.

- Onde você estava ontem, menina? Seu pai tentou te ligar, eu tentei te ligar, seu celular
está fora de área, o que aconteceu?

- Ai, Eugênia. Você sabe como eu sou, né?! Deixei meu celular cair no chão com tudo e
quando vi, o coitado estava todo quebrado, tive que colocar fora, pois nem conserto tinha.

- Gabriela, seu pai estava super preocupado atrás de você, me ligou umas quinhentas
vezes ontem, eu tive que dizer algumas mentiras e no fim ele acreditou. - Ela disse. - Me sinto
mal por ter que mentir.

- Desculpa, Eugênia.

- Você estava no apartamento do Vicente, não é?

- Onde está Giovanna? - Mudei de assunto. Bial havia dito que tinha deixado ela com
Eugênia enquanto estavam à minha procura.

- Bial veio hoje pela manhã e a pegou. - Ela sorriu. - Ela está tão linda. - Sorri. -
Ontem eles deixaram ela comigo, disseram que ela estava sentindo saudade da vó e coisa e
tal. - Bela mentira.

- Sim, ela se apegou à você. - Falei.

[...]

- Mi. - Falei assim que Eugênia foi embora. - Preciso urgentemente de outro celular, se
não, meu pai vai pirar.

- Vamos sair e comprar um novo. Tem dinheiro o suficiente? - Ela perguntou.

- É, podemos dizer que tenho minhas economias. - Falei e Mi sorriu, mas ela percebeu
que eu estava fazendo o máximo de força para não pensar em Vicente.

- O que você acha desse, Gabi? - Ela perguntou enquanto estávamos vendo alguns
celulares.

- É legal, mas eu quero um igual ao meu, que raiva, minha vontade é ressuscitar Patrick
só para fazer ele pagar um novo. - Falei.

- Boa ideia, aí depois eu mato ele. - Rimos. - então ali está, um IPhone. - Ela disse
apontando para o aparelho.

- Vai levar esse? - A vendedora perguntou.

- Sim. - Sorri.

- Ok. Então passe aqui. - Ela disse e nós fomos até o local de pagamento, peguei meu
cartão de crédito, um cartão que meu pai me dera para usar apenas em caso de emergência,
então, esse era um caso de emergência. No momento seguinte, eu estava saindo da loja com
o celular novo. E o melhor de tudo: numero novo. A mulher perguntou se eu não queria
recuperar meu outro numero e tal, mas achei melhor mudar, sim, por causa de Vicente.
Liguei para Eugênia e pedi para que ela passasse meu novo numero para meu pai, pois
segundo ela, ele estava louco para falar comigo e não deu outra, trinta minutos depois ele me
ligou: - Você me deve explicações. - Ele disse.

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