Abril de 2017, Barcelona – Espanha.
6 meses. Faziam exatamente 6 meses que Sara estava naquele quarto de UTI, lutando para acordar.
Arthur lutava para conseguir prosseguir. Helena seguia crescendo e se fortalecendo a cada dia. Mesmo com a ausência materna, era um bebê saudável e feliz.
— Você precisa ir, filho! Me dê a Helena, ela precisa tomar um banho depois de tanto cocô assim.
Lúcia disse ao jogador, pegando a neta dos braços do filho.
— Até logo, princesa. Papai te ama.
O jogador beijou com carinho a testa da filha e em seguida a da mãe, acenando para o irmão mais velho e se deslocando até seu carro em seguida.
Com autorização do treinador, Arthur foi o último a chegar no centro de treinamento do Barcelona e por isso se deslocou rapidamente para o vestiário para se vestir e tentar se concentrar antes de entrar em campo para treinar.
Se despiu a fim de colocar seu uniforme e, de repente, foi interrompido por uma presença feminina.
Era Rubia. Faziam dois meses que a morena estava perturbando o jogador e forçando uma atração não recíproca entre eles.
Dessa vez, a psicóloga ousou, fazendo questão de aparecer seminua, numa área restrita, procurando provocar Arthur a todo custo.
— Você tá maluca?
O jogador, que era o único presente no vestiário, expressou sua indignação ao ver a cena.
— Estou.
Rubia se aproximou de Arthur, puxando-o para perto de si, agarrando o pescoço do jogador e entrelaçando uma de suas pernas na cintura do rapaz.
— Sai de perto de mim e me deixa em paz.
O brasileiro pediu, visivelmente desconfortável com a situação.
— Estou sedenta por sexo. Pelo seu sexo "brasileño". Me beija e me fode com força, Arthur, como fizemos aquela vez.
A morena sussurrou no ouvido do jogador que, apesar de estar extremamente desconfortável, não conseguia gritar ou sequer afastá-la sem a machucar. Arthur não queria agredir a mulher e sabia que ela usaria disso para culpabilizá-lo depois que tudo acabasse. Rubia era esse tipo de pessoa.Enquanto o jogador pensava, a morena se aproximou mais uma vez, selando um beijo em seus lábios e tocando com as mãos o órgão genital do rapaz.
— Não faz isso. Se afaste e me deixe em paz, por favor. Eu amo a minha esposa.
O jogador segurou os braços da psicóloga, afastando-a e dando fim à cena que acabara de acontecer no momento.
— Ela não está aqui, Arthur. Está dormindo e assim vai ficar. Esqueça-a! Você não pode parar de viver sua vida dessa forma. Olhe para mim e veja o que está perdendo com esse seu joguinho bobo de esperar a volta de alguém que não voltará.
A mulher disse mais uma vez se aproximando do jogador que, como se estivesse em campo, com um drible se afastou, dizendo:
— Nunca mais ouse falar de Sara. Nunca mais! Me entendeu? Ela é a minha vida e estará sempre aqui comigo! — O jogador disse, tocando seu peito e indicando seu coração.
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Incomparable | Arthur Melo
FanfictionEm nenhuma "biografia" romântica é possível imaginar acertos ou equívocos. Não é possível existir pessoa certa ou, vida errada. Não era possível percorrer um caminho certo, ou um caminho adequado. Tudo o que é vivido pela primeira vez não tem compa...