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Saturday

« Arthur O'Donoghue »

Investigar um assassinato é como resolver uma equação.
Nós temos os valores já conhecidos. As pistas. Pistas que podem nos levar até um resultado para a investigação.
E temos a incógnita. Quem é o assassino?
É preciso juntar as peças. Coletar as provas. Observar as pistas e resolver a equação... Somente assim se descobre a resposta para aquela pergunta: quem é o assassino?
Passei os últimos quatro meses na busca dessa resposta.

Nunca me conformei em aceitar que Gyllenhaal era o verdadeiro assassino e deixei bem claro que iria descobrir quem realmente era.
Não, não estou tentando dar uma de detetive ou achar que estou dentro de uma dessas séries e filmes em que adolescentes saem por aí para desvendar mistérios e segredos. Nem tentando defender um pedófilo. Mas de alguma forma não consiguia tirar o assunto da cabeça mesmo se quisesse aquele que intutuiaram "O Ceifador" ou "The Reaper" voltava em meus pesadelos para me assombrar.

Decidi não envolver mais ninguém nisso. Fiz tudo em segredo me esgueirando em lugares que nunca pensei que iria entrar tipo a sala de arquivos da polícia. Quase fui pego! Mas saí de lá com diversas provas dos crimes. Tipo de aventura a ser contada em outros momentos...

Estava na cara que Jake era sim um pedófilo porém não tinha pinta para assassino. A não ser que tenha se livrado muito bem de todas as provas contra ele, em seu apartamento só havia a arma do crime e em seu celular apenas conversas bem íntimas com diversas alunas da escola - inclusive as assassinadas.

Vendo que não havia mais o que ser feito naquele caso além de taxá-lo como encerrado a Polícia de Londres decidiu engavetar as provas juntas de todo o assunto que por meses não foi mais comentado por ninguém.

As provas não revelavam muitas coisas, nem os relatórios da autópsia das vítimas. O assassino, apesar de ter feito "só" duas vítimas, manteve uma linha muito parecida entre os ataques.
Primeiro ele sequestrava a vítima, assim como fez com Lauren, e depois cometia a morte por esfaqueamento brutal deixando.
Vítimas com idades próximas. Ele gostava de agir quando havia algo importante acontecendo. A festa de boas vindas, o Halloween, o dia da peça....

Levei um tempo para entender - ou tentar entender - a cabeça do tirano. Nem mesmo suspeitos eu tinha ainda.
Até que uma resposta chegou até mim de um jeito inusitado. Me lembrei das mensagens deixadas pelo assassino. Sabia muito bem que aquela que recebi em meu celular não era de Gyllenhaal quando vi aquelas palavras escritas com sangue no cenário da peça após o corpo de Lauren aparecer, assinadas apenas por "- G"

Ele podia pelo menos ser mais inteligente e não usar esse tipo de assinatura que é claramente direito autoral de "A" em Pretty Little Liars.

Levando em conta que o "A" em Pretty Little Liars era de Alisson e ela não era uma das pessoas que perseguia as Liars, procurar alguém com aquela inicial seria muito complicado, porém eu ainda tinha uma pista a mais!

Com aquelas mensagens, juntadas às diversas pistas e circunstâncias pude chegar a uma conclusão sobre as intenções de "G".

Ele definitivamente queria me afetar de alguma maneira.

Vou explicar! Não estou sendo convencido ou algo assim, afinal já deixei claro que não estou vivendo uma série adolescente (ou acho que não).

As mensagens dizendo "Não quer que a morte chegue tão cedo para os que ama, não é?" e "Não se pode escapar da morte" fazem total sentido quando associadas as vítimas.

Emma e Lauren eram antigas amizades das quais eu guardava muito carinho e ótimas memórias mesmo que fosse bem no fundo. Mesmo que eu obviamente não amasse o Professor Gyllenhaal, ele se tornou um dos meus professores favoritos do qual eu tinha muito apreço (apreço esse que sumiu depois de saber da relação dele com as alunas...). "Não quer que a morte chegue tão cedo para os que ama".
A certeza de que "G" havia matado Gyllenhaal, fazendo parecer suicídio, apenas para incriminá-lo e me deixar relaxado para voltar a qualquer momento e começar a matar as pessoas mais próximas a mim uma a uma me assombrava todos os dias.
Ele foi muito inteligente em começar das antigas amizades para enfim vir para os atuais relacionamentos.

Mᥲᥒᥒᥱrs Mᥲkᥱth Mᥲᥒ - Tom HoᥣᥣᥲᥒdOnde histórias criam vida. Descubra agora