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—Você está bem? — Eu pergunto a ela suavemente, mas ela apenas balança a cabeça enquanto evita meu olhar.

Ela pega o mesmo pedaço que eu e nós dois puxamos nossas mãos para trás.

—Desculpe, — ela murmura. —Eu juro que nem sempre sou tão desajeitada. Meu gerente vai chutar minha bunda por isso.

Eu pego o resto dos pedaços quebrados e os coloco na bandeja dela. —Acidentes acontecem. Tenho certeza que ele vai entender.

Gemendo, ela coloca a bandeja em uma mesa próxima e suspira quando um ajudante de garçom chega com uma pá e varre os pequenos pedaços.

—Quem me dera. Não posso pagar mais um desconto no meu salário.

De pé, eu estendo meu braço para ajudá-la e quando ela olha para mim, minha respiração engata.

Ela é impressionante, mesmo com seu cabelo castanho chocolate preso em um coque bagunçado. É difícil não notar sua beleza e corpo tonificado. Ela coloca a mão na minha e quando eu a ajudo a ficar de pé, o ar para entre nós. Calor bate em suas bochechas e eu sei que ela está envergonhada.

Meu estômago está roncando e preciso comer, mas não consigo parar de olhar para ela. Não há muitas pessoas no café porque são poucas horas depois do almoço, então talvez ela seja a única funcionária no momento, ou pelo menos eu espero que sim.

—Obrigado, — ela finalmente fala. —Eu aprecio sua ajuda.

—O prazer é meu.

—Eu já volto para anotar seu pedido, — ela me diz, abaixando os olhos para onde nossas mãos ainda estão se tocando.

—Sim, claro. — Eu solto a mão dela e caminho de volta para a minha mesa para onde Shark está ansiosamente esperando por mim.

O homem da montanhaOnde histórias criam vida. Descubra agora