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Não sei ao certo se o ajuste será perfeito, mas tenho quase certeza que será. Estou super animado por Anahí ver ele, mas tenho que esperar até chegarmos ao aeroporto amanhã para dar a ela. Parece o momento perfeito.

—Bem, se você quiser sair em breve, eu posso me vestir para o trabalho agora. Aparecer cedo pode ajudá-los, considerando que eu não estarei por perto por algum tempo. — Ela é muito atenciosa comigo e com o meu tempo, algo que eu não estou acostumado.

—Leve o seu tempo, — eu digo, e me levanto da mesa. —Se você não precisa estar lá até as dez, então é dez.

Ela balança a cabeça e vai para o quarto, e eu tomo um banho. Enquanto estou me secando, eu me inspeciono no espelho e sei que não posso aparecer em Chicago com essa barba. Eu odeio dizer adeus a ela, mas minha família não me reconheceria. Não só isso, minha avó pode me negar. Mas vou me vingar o suficiente aparecendo bem com uma noiva. Então, eu pego a tesoura e a navalha.

Raspar uma barba desalinhada não é uma tarefa fácil, mas consigo fazer sem cortes. Isso me enche de orgulho. Eu olho no espelho para o meu rosto barbeado, e vejo alguém que eu tentei fugir por um longo tempo. Meu antigo eu está na minha frente, o que faz eu me sentir exposto e desconfortável. Olhando os restos da barba na pia, imagino que não há como voltar atrás. É um sentimento horrível.

Eu me visto com meus jeans habituais e com uma camisa com decote em V, então saio do meu quarto e entro na sala de estar.

Uma brisa entra pela janela e ela bate no meu rosto, e eu respiro o ar fresco da montanha. Eu tento absorver tudo isso.

Eu ando até o quarto de Anahí, e inclino minha cabeça, olhando para dentro. Ela está vestindo o jeans que ela geralmente usa para trabalhar, mas não teve a chance de colocar sua camiseta. Eu congelo vendo-a em pé tão exposta em nada além de seu sutiã. Felizmente ela tem fones de ouvido e está passando por sua rotina matinal, e não tem ideia de que eu estou aqui.

Eu paro por mais alguns momentos e apenas a observo. Ela está dançando com a música que ela está ouvindo, cheia de vida e energia. Porra, é uma das coisas mais bonitas que já presenciei. Ela é toda tonificada e seus seios são do tamanho perfeito, não muito grandes nem muito pequenos. Eu gostaria de poder alcançá-la e tocá-la, mas não tem jeito. De alguma forma, eu tiro meus olhos para longe dela, embora eu quisesse poder ficar ali para sempre.

Não posso negar o quanto ela é de tirar o fôlego.

Eu me afasto e considero tomar um banho frio para tirar os pensamentos da minha mente. Em vez disso, vou para a cozinha me servir de uma xícara de café forte.

—Pronto para ir? — Anahí pergunta, quase me assustando com meus pensamentos, minhas costas estão de frente para ela, e estou quase nervoso por me virar sem minha barba. Tem sido meu cobertor de segurança por tanto tempo, e me sinto nu sem ela.

—Sim, — eu consigo dizer, olhando pela janela.

—Você está bem? — Ela pergunta, estudando meu comportamento.

—Tudo indo bem. — Eu finalmente me viro.

Seus olhos se arregalam e sua boca se abre. —Oh meu Deus, — diz ela, incrédula.

—Eu estava pensando a mesma coisa. — Eu dou uma piscada para ela.

Ela abre a boca e depois fecha. Abre e fecha novamente e isso me faz rir.

—Eu acho que finalmente estou sendo apresentada a Alfonso Henry Herrera, — diz ela com admiração.

—Você o conheceu no café no mês passado, — digo a ela, esperando que ela entenda que eu ainda sou o mesmo homem. Mas agora pareço um Herrera. Eu pareço com o nome que me foi dado.

Ela inclina a cabeça e continua a olhar para mim até que ela sorri. —Eu gosto de qualquer uma das suas versões. Homem da montanha ou profissional de negócios, qualquer que seja.

—Obrigado. Isso significa muito. — Porra, eu ainda não consigo parar de pensar no sutiã branco que agora ela está usando.

Ela se aproxima de mim e, para minha surpresa, Anahí ergue a mão para minha bochecha e me toca. Antes que eu possa pensar, eu cubro a mão dela com a minha. Não há nada que eu queira mais no mundo agora do que me inclinar e beijá-la. Inferno, eu quero pegá-la, levá-la para o meu quarto e jogá-la na minha cama, mas não posso. lnferno.

O homem da montanhaOnde histórias criam vida. Descubra agora