Capítulo 18

109 17 8
                                    

Eduardo narrando: 

Naquela manhã acordei extremamente feliz, ainda deitado, olhei para minha mão, mais especificamente meu dedo anelar direito, onde lá se encontrava um anel, um anel de compromisso. Então não era um sonho! Aconteceu de verdade… Namorar já era algo pouco provável de acontecer na minha vida, agora coisa séria a ponto de colocar um anel no dedo de uma garota e chamá-la de minha era menos provável ainda, talvez eu estivesse ficando louco? Sim, eu estava louco! Um garoto louco e apaixonado.

Então é assim que é sentir esse tal amor que tantos falam, em muitos momentos é uma sensação maravilhosa e indescritível, mas há outros que fazem a gente suar frio ou perder a concentração, pois sua mente é ocupada por um alguém específico e especial.

Quando desci pra tomar café naquele dia, vi meus pais empolgados e agitados com alguma coisa, por curiosidade perguntei:

— O que houve pra deixá-los assim?

— Filho, temos uma ótima notícia pra te dar — Falou meu pai com um enorme sorriso e minha mãe foi para a cozinha.

— Então conta logo, deixa de suspense!

— Como estamos de férias decidimos fazer uma viagem.

— E pra onde vamos?

— Para New York City. O que acha?

Nova Iorque… conhecida como "a cidade que nunca dorme", um lugar maravilhoso e que eu sempre tive vontade de conhecer, era a oportunidade perfeita, mas agora eu namoro, não que isso me impede de alguma coisa, mas quero estar com ela, quero Lorena ao meu lado não só nos momentos ruins como também nos que são bons.

— Eu acho uma boa ideia, pai, mas não quero ficar muito tempo longe da Lorena.

— Entendemos... Por isso convidamos ela e a família para ir conosco.

— Agora sim gostei! E ela já sabe sobre isso?

— Acho que não, acabei de ligar pra mãe dela convidando e perguntei por sua filha, a mulher disse que ela ainda não havia saído do quarto — Diz minha mãe vindo da cozinha — o que está esperando para ir contar?

— Beleza, vou só terminar de comer e chamar ela pra dar uma volta, assim eu conto.

Algum tempo depois subo para meu quarto, pego a chave do carro branco e pouco usado pela família, uma blusa e desço as escadas vestindo-me, me despeço de meus pais com beijo e mando mensagem pra Loh avisando que estou indo lá pra fazer uma visita.

Lorena narrando: 

Acordei super feliz... Será que ontem a noite foi um sonho e nunca aconteceu? Estou ficando maluca!!! Isso nunca aconteceria, um cara como ele e uma garota como eu juntos? Só se os pais dele o obrigar mesmo. Essa história toda com Eduardo tá mexendo comigo de verdade. Pego meu celular e entro no whatsapp:

Lorena on 

Eduardo: Bom dia meu amor!❤
Dormiu bem?

Lorena off 

Ai meu Deus!!! Então só pode ser verdade mesmo!!! Eu estou namorando com ele de verdade!!! Já dava para ter percebido com o brilho do anel prateado do lado da minha cama quando o sol refletia no mesmo.

Volto para o whats para responder Eduardo, afinal seria rude de minha parte deixá-lo no vácuo.

Lorena on 

Eu: Bom dia!
Dormi sim e você?

Eduardo: Sonhei com você, isso me fez dormir bem e acordar feliz.

Eu: Olha só! você sabe ser fofo🙊❤

Eduardo: Tô aprendendo com você😉
Vou aí fazer uma visita, daqui a pouco chego.

Lorena off

Meu Deus, ele tá vindo pra cá!! Em um salto saí da cama e me apressei para ficar apresentável antes que ele chegasse. Minutos depois ouço o soar da campainha ao tocar, o que desperta em mim um sentimento bom, meu coração acelera ao pensar que estava prestes a ver o motivo do meu sorriso naquela manhã.

— Deixa que eu atendo — gritei descendo as escadas com pressa.

Abro a porta e era Edu, como eu já esperava:

— Bom dia, meu amor — diz ele, logo após me dar um beijo.

— Bom dia! Pode entrar.

— Na verdade eu vim te chamar pra dar uma volta no parque, o que acha?

— Pode ser, mas antes eu preciso comer alguma coisa — Digo ao ouvir meu estômago roncar.

— No caminho a gente compra alguma coisa — respondeu ele.

Concordei com a cabeça e o segui porta a fora. Fomos caminhando até o lugar, afinal era só a duas quadras de minha casa. Chegamos no parque e procuramos um lugar para sentar, avistamos um banco vazio e avançamos até o mesmo.

— Vou buscar sorvete pra gente, de que você quer? — Perguntou ele, apontando para o sorveteiro.

— De pistache, por favor — respondi isso e recebi um olhar confuso e surpreso em troca.

— É… eu acho que não vamos encontrar um sabor exótico assim num carrinho de sorvete, tem uma segunda opção?

— Tenho sim — falei rindo — chocolate com menta.

Eduardo caminhou até o moço que estava num raio de uns cinco metros de nós e eu fiquei sentada no banco o observando. Ele era tão lindo e o melhor de tudo, era meu, agora com toda certeza eu sabia que era a única em sua vida. De longe o vi acenar e sorrir para mim, deu uma mexidinha no cabelo e pegou os sorvetes, sorri pegando minha casquinha e começamos a conversar.

— E então… sobre o que quer conversar? Tem algum assunto em mente? — digo virando pra ele.

— É algo muito sério... Não sei se vai gostar do que vai ouvir — falou com ar de suspense e uma expressão séria.

— Fala de uma vez! Tá me deixando assustada já.

Olhei no profundo de seus olhos castanhos esperando ansiosa sua fala e pensando em possibilidades do que poderia ser. Passou-se alguns segundos de silêncio e espera, até que foi quebrado por uma gargalhada dele.

— Desculpa meu amor, não aguentei ver essa sua carinha de assustada esperando eu falar algo — disse ele em meio a soluços, quase não falava de tanto que ria.

— Seu bobo! — Falei irritada — quer dizer que não é nada tão sério e triste, nem algo ruim? 

— Claro que não, pelo contrário, é uma coisa muito boa e acho que você vai gostar.

— Então para de brincadeira e me diz logo antes que eu me arrependa de ter saído com você — Falo olhando-o seriamente.

— É que meus pais estão pensando em fazer uma viagem de férias e queremos você e sua família com a gente.

— Que ótimo! Eu iria adorar e meus pais com certeza vão concordar.

— Fico feliz em saber disso, seus pais já sabem e vamos nesse fim de semana 

— Certo, mas pra onde iremos?

— Para a famosa cidade que nunca dorme, espero que goste e leve roupas de frio.

— Tá brincando!? Vamos pra fora do país!!! Eu nunca saí dessa cidade. Tenho certeza que vou adorar! você vai estar comigo, só isso já deixa tudo perfeito.

Ele dá um sorrisinho bobo e envergonhado logo depois vai ao encontro dos meus lábios. Depois do passeio, ele me deixou até em casa, se despediu e fiquei observando da porta até ele entrar no carro e desaparecer na curva da esquina.

De Repente Amor Onde histórias criam vida. Descubra agora