Aulas de prazer

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Ele andava de um lado para outro enquanto eu apenas ouvia e anotava ao mesmo tempo todas as suas palavras. Tantas coisas para aprender e certamente não sei se conseguirei aprender tudo isto, mas tentarei pelo meu próprio bem e de minha família.

— Estás a anotar o que digo? — ele diz sério ao ver que estou perdida.

— Você tá falando muita coisa, e lembre-se que minha escrita não é boa e preciso melhorar isso.

Ele estala os dedos.

— Bom ponto, não lhe basta apenas a dar aulas de como se portar, vestir e conhecimentos sobre a corte. Se corremos o risco de você estragar tudo apenas quando abrir a boca — Sei que não sou das mais espertas, mas ele fala como se eu fosse uma mula. — Acho que já sei a quem posso pedir ajuda para lhe ensinar a ler e escrever, e claro a como se comportar como uma verdadeira dama!

— Pensei que o senhor Park fosse me ensinar tudo.

— Ele sabe muito sobre mulheres, mas é sempre bom ter uma na equipe. — ele sorri sacana.

Reviro os olhos e vejo ele se aproximar mais de mim.

— Seja sincera comigo... ainda és virgem?

Arregalei os olhos e engasguei com minha própria saliva, que tipo de pergunta foi essa? Quem ele pensa que eu sou? Sei que estou apenas me causando com ele por dinheiro e isso não passa uma boa imagem minha mas não sou essas libertinas com quem ele costuma se encontrar.

— Vossa alteza... peço que me respeite e que não me faça esse tipo de pergunta.

O seu olhar tão fixo e penetrante sobre mim, me fez encolher de vergonha e constrangimento.

— Vai ser a minha esposa, quero saber se vou ser seu primeiro? — mais uma vez arregalei os olhos, senti que a qualquer momento eles fossem saltar para fora. — O que foi? Achou mesmo que não iria tocá-la depois do nosso casamento?

Me levanto da cadeira em que estava sentada em um pulo e sem hesitação digo firme;

— Sei que posso parecer ingênua, mas não pretendia e não pretendo ter qualquer tipo de relação com vosso. Nós dois sabemos que este casamento será apenas um meio de atingir nossos objetivos, então quando estivermos à sós podemos acabar com a farsa.

Ele se manteve em silêncio mas logo sorriu para mim, este sorriso me deu raiva e não sei o porquê.

— Como quiser Odette... — ele se afasta de mim. — mas quero que saiba que já que não queres e não pretendes satisfazer seu futuro marido, não pense que deixarei outro homem em sua vida. Pode não se tornar minha, mas também não será de ninguém, não passarei por mais uma humilhação.

— Humilhação?

— Claro, não poderei tocar minha esposa e isso já é um absurdo. E se eu for trocado por outro a minha reputação irá desabar.

Repulsa, nojo, raiva e ódio. É tudo o que sinto por ti vossa alteza.

— Não me importarei com outras mulheres...

— Certo. Já que não teremos nada, quero deixar claro que vamos ter a menos alguns beijos. Pelo menos no dia de nosso casamento. — ele sorri.

— Deixaremos esse assunto pra depois sim? Enquanto você arranja alguém para me ensinar a ler e escrever, vou pensar em algumas condições.

— O que a faz pensar que está no direito de exigir condições?

— Que se olharmos do ponto de vista racional disto tudo, isso é apenas um negócio. Será um casamento arranjado que nós mesmos arrumamos, por isso quero deixar regras para o senhor. — ele afirma.

— Tens até amanhã para exigir suas regras, depois não poderá ser adicionado nada mais.

Concordo e estendo a minha destra para o mesmo que apenas gargalha baixo. E ele e eu damos apertos de mãos como se fôssemos aliados em uma guerra sem exército.

Meu Doce Rei "Imagine Jungkook"Onde histórias criam vida. Descubra agora