Meu primeiro amor, minha primeira paixão

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Já fazia um tempo que o Kim havia partido, após anunciar sobre minhas suspeitas de gravidez ele ficou sem palavras. Vi seus olhos marejados e sua boca seca, gostaria de dizê-lo que este bebê também pode ser fruto do nosso amor proibido, mas para o bem desta criança que não tem culpa das minhas más escolhas, espero que Taehyung nunca pense na possibilidade de que este filho possa ser dele.

Para aliviar a tensão, resolvi tomar um banho nesta tarde fria e nublada.

— No que tanto pensas majestade? — Elize que ajudava-me a banhar-me, disse.

— Ah Elize... — suspirei. — às vezes paro para pensar em como minha vida mudou totalmente em tão pouco tempo.

— Ah claro, — ela sorri minimamente. — Deve sentir falta da Grécia e principalmente de seus falecidos pais.

Olhando a garota atentamente, senti uma leve curiosidade de saber sobre si. Aliás, faz semanas que nos conhecemos e a única coisa que sei é seu nome.

— Elize, de onde vens?

— Sou de Gante majestade. — assim que falou, vi seu semblante se tornar sombrio.

— Oh... — a garota deve estar assim por sua família talvez. — tens família?

— Sim, mas... — ela engoliu em seco. — por causa dos revolucionários, meus pais foram mortos. E eu não pude ir me despedir. — sua voz se tornou dolorosa e amarga.

— Por que não me falaste antes? — me ajeitei na banheira e a garota não fazia contato visual comigo.

— Majestade, agora sirvo a ti... não posso deixá-la.

— Vá!

— Como? — a garota olhou em meus olhos, os mesmos que já estavam marejados.

— Vá ver seus pais... volte quando puder, ficarei bem. — a garota se levanta rapidamente e começa a curva-se repetidamente.

— Obrigada Majestade, obrigada... — ela diz.

Ela logo se retira do cômodo, levanto-me da banheira e cubro-me com o roupão. Com a brutalidade que as portas foram abertas me assusto, e ao olhar para a entrada vejo Jungkook. Mas ele parecia diferente, seu olhar vazio e suas olheiras marcadas e seu semblante deplorável e sua postura torta assim como seu andar. Em sua destra havia uma garrafa de whisky quase vazia. Ele havia bebido bastante, mas por que?

— Sua p... — ele sussurra.

— Como? — me aproximo dele.

— SUA PUTA! — ele joga a garrafa que logo se despedaça ao se chocar com o chão. O líquido alaranjado e os cacos, agora estavam espalhados no chão.

— O que... houve? — minha voz falhou. E como um animal ele se aproxima de mim.

— Como pôde me trair desta forma?! De maneira tão suja e descarada! — ele agarra meus braços com força.

Solto um grunhido de dor pelo seu aperto.

— Solte-me.

— Eu não fui o suficiente pra você?! DIGA-ME! — ele arrasta-me até o quarto e me joga sem piedade sob a cama.

É a primeira vez que o vejo assim, meu corpo estremece pelo medo.

— Me conte o que está acontecendo... — me encolhendo na cama, digo para o mesmo. E ao avaliar seu rosto melhor, vejo lágrimas e seu nariz avermelhado.

— Achou mesmo que eu nunca iria descobrir que você e Taehyung são amantes?! — meu corpo gelou, meu sangue parou de circular.

E minhas mãos tremiam, minha boca secou de uma maneira inexplicável e sem saber o que dizer apenas abaixo o olhar.

Meu Doce Rei "Imagine Jungkook"Onde histórias criam vida. Descubra agora