Feche os olhos

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BÉLGICA, BRUGES


Desde que o Duque prometeu que levaria Anna para a capital para assumi-la e seu bebê e logo em seguida a abandonou sem explicações. A garota se manteve desolada e obviamente não demorou para sua família descobrir sua gravidez, e foi despachada de sua casa e tal episódio a abalou totalmente.

Desde então ela passou a viver com Nora, madrinha de sua única amiga em toda Bruges. E claramente agora todo o vilarejo sabe de sua gravidez e o que não faltou foi fofocas e comentários de ódio para a garota. Boatos diziam que ela engravidou de um cargueiro, o qual ela não lembra mais o nome e que com certeza já seria casado.

Humilhada e desgastada, Anna, não tinha forças para nada. E Nora vendo a pobre garotinha em tal situação tomou uma decisão a qual considerou justa para o bebê que é o mais inocente em toda esta confusão.

— Levante e arrume suas coisas! — A jovem confusa logo sentiu seu coração disparar pensando no pior.

— Por que Nora? Vai me expulsar? — o choro já estava entalado em sua garganta.

— Não querida! Irei acompanhá-la até Bruxelas, não vou deixar que o pai deste bebê saía impune dessa responsabilidade. Ele foi homem para fazer, certo? Também se tornará homem para assumir a ti e este bebê.

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Falta apenas dois dias para o meu casamento, passou tão rápido que sinto-me cada vez mais nervosa. Meu coração está se dividindo aos poucos, por um lado tenho Jungkook que poderá me oferecer tudo o que sempre quis para mim e para minha família, e por outro tenho um homem que entrou de uma maneira tão fácil em meu coração que não deixo de pensar em sua pessoa.

— Estás tão pensativa? Creio que seja pelo nervosismo. — caminhava pelo jardim com Ji-hye, a manhã havia amanhecido belíssima.

Decidimos sair um pouco da rotina sufocante que havia se instalado de maneira tão repentina em minha vida simples.

— Ah, sim! Não é todo dia que nos casamos e que iremos virar rainha de um país. Espero fazer o bem por este povo.

— Fará, ainda é um deles e agora poderá lutar pelos direitos que todos merecem. — sorrio.

— Acho que a princesa nunca enxergou  além dos muros do palácio. Nada é tão fácil, e até mesmo para um revolta democrática ainda se é preciso um exército.

— Por isso acho que este país não poderia ter melhor rainha do que ti. Acredite que serás boa, e acontecerá. — seu abraço reconforta minha alma.

— Senhorita? — Angélica aparece. — o príncipe a aguarda no escritório.

— Certo, nos vemos mais tarde Ji-hye. — me despeço da garota e sigo a ruiva até tal cômodo.

Após vários corredores, a garota bate em uma ampla porta dupla e ouvi a voz do homem confirmar nossa entrada.

— Nos deixe à sós. — ele ordena para a ruiva.

Ela se retira fechando as portas e ele convida-me para sentar-me.

— Diga.

— Quero pedir desculpas pelo o que fiz com seus pais. Creio que fui exagerado.

— Tu crê nisto?

Meu Doce Rei "Imagine Jungkook"Onde histórias criam vida. Descubra agora