Chego no trabalho e vejo que Susana me aguarda em minha sala, seus olhos exalam raiva.
— Bom dia pra você também, Susana — falo ao ver que ela cruzou os braços sem me cumprimentar.
— Bom dia? O que você estava fazendo com a Ana Paula ontem? — Pergunta transparecendo ciúmes.
— Que isso, ciúmes? — Retruco sorrindo.
— Imagina! Eu com ciúmes?! Só achei que vocês não estavam tendo mais nada — ela tenta disfarçar.
— Susana, não acredito nisso. Eu vou ser obrigado a te dar satisfação da minha vida? E se eu tiver ou não, e daí? Não tenho nada com você, ou tenho? — A bombardeio com perguntas.
— Não temos nada? Então quer dizer que não estamos transando? — Ela indaga com raiva.
— Não é você que vive dizendo que isso é casual? Se é casual, posso comer quem eu quiser e continuar comendo você — digo me sentando e cruzando os braços.
— Transa casual não quer dizer que compartilharei meu par, afinal, existem inúmeras doenças — Susana tenta explicar algo que nem ela mesma acredita.
— Isso de fixar par para transas eu vejo como amante. Você quer ser minha amante, é isso? — Tento persuadi-la.
— Ser amante é ter relacionamento, e não é isso que quero — responde coçando a cabeça, de modo confuso.
— Se você não quer ser minha amante, namorada, esposa ou qualquer coisa que seja, não me encha o saco, Susana, eu como quem eu quiser. Vamos resolver isso de vez, eu como quem eu quiser e paro de comer você, assim não precisa se preocupar com tudo isso, não acha? — Pergunto tentando fazer com que ela tome uma atitude.
Ela me olha direto nos olhos e seus olhos brilham, baixa a cabeça e, como uma criança assustada, mordeu o lábio inferior.
— Tudo bem Gustavo, a gente para por aqui. Se você quer transar com outras além de mim, prefiro que fiquemos assim, sem contato que não seja profissional — ela fala de um jeito triste, que chega a me dar vontade de abraçá-la, mas me controlo e aceno com a cabeça concordando.
— Então ficamos assim, dona Susana.
Ela se levanta e sai de minha sala, pisando duro, enquanto eu começo a rir. Tendo a certeza de que ela está ficando enlouquecida.
"Eu vou casar com essa mulher e ela vai ser a mãe dos meus filhos. Ela só não percebeu ainda" — penso sorrindo.
Ligo para Ana Paula e a convido para almoçar. Assim que deu meio dia, fui ao seu encontro na garagem.
— Que olhar é esse, mocinho? — Ana Paula pergunta sorrindo ao me ver abrir a porta para que ela entre no carro.
— Depois te conto — falo baixinho em seu ouvido, enquanto ela se acomoda e Susana nos observa de dentro de seu carro.
Ana Paula sorri e me olha carinhosamente e depois que saímos da garagem, olho para ela, que me encara, sentada de lado e braços cruzados.
— O que foi? — Pergunto sorrindo.
— Você está diferente hoje, o que aconteceu? Viu passarinha verde, ou melhor, morena de olhos verdes? — Pergunta gargalhando.
— Você acredita que a Susana foi à minha sala, pedir que eu só transasse com ela, querendo tirar satisfação sobre você e eu.
— Como assim? Ela está com ciúmes, isso não vai muito longe, você já está fazendo ela ficar enlouquecida — Ana Paula fala sarcástica.
— Combinamos de não transar mais, mas eu tenho um plano que vai fazer ela ficar ainda pior — digo piscando para Ana.
— O que você está pretendendo fazer? — Ana pergunta franzindo a testa.
— Espere e confira. Não vou falar agora, mas me aguarde, depois que eu fizer, prometo te contar — respondo sorrindo.
Chegamos no restaurante, estava morrendo de fome e louco para comer muita carne no rodízio. Comi tanto que fiquei triste, como costumam dizer por aí.
Demoramos cerca de uma hora e meia no restaurante e, enquanto conversávamos, percebi que Ana Paula perguntava demais sobre Eduardo. "Coitada, mais uma apaixonada pelo cafajeste do meu melhor amigo" — penso enquanto ela me enche de perguntas.
Voltamos para a empresa e antes da porta do elevador se abrir, puxei Ana Paula pelo braço.
— Ana, se a Susana for falar com você, diga que estou tentando namorar você, mas não deu resposta ainda, e que não transamos porque eu disse que só transaria com você namorando e que você é mulher para casar e não para usar — digo baixinho.
— Você está querendo me ferrar, é? Ela vai acabar me demitindo — ela fala confusa.
— Pode deixar, se ela te demitir eu te arrumo emprego na empresa do Eduardo — respondo sorrindo, vendo seu sorriso se abrir com a possibilidade.
— Quero só ver, Gu — Ana diz batendo em meu braço de um jeito carinhoso.
Já em minha sala, recebo uma visita de Katy.
— Posso entrar? — Pergunta seriamente.
— Pode sim, sente-se — respondo apontando-lhe a cadeira à minha frente.
— Queria que visse a reportagem pronta, Gustavo, aqui está o pen drive — disse me entregando.
— Obrigado, Katy. Vou ver e prometo devolver a você antes do dia terminar — respondo pegando o pen drive de sua mão.
— Quero me desculpar por ontem. Fui muito ousada e não quero te cobrar nada. Sei que você está interessado em Susana e não quero me meter nisso, acho que é melhor ter sido só uma noite, o meu trabalho está em jogo — ela explica mais racional.
"Com certeza ela já conheceu Eduardo, graças a Deus. Menos uma" — penso enquanto ela me olha.
— Tudo bem, que bom que você conseguiu me entender, Katy. Mais tarde levo o pen drive para você — disse em tom de despedida.
— Ok, eu aguardo — fala levantando-se para sair da sala e, neste momento, Susana entra e nos fuzila com o olhar.
Katy saiu e Susana se aproxima.
— Gustavo, respeite o local de trabalho, primeiro a Ana Paula e agora a Katy, pelo amor de Deus, hein! — diz se sentando.
— Lá vamos nós novamente — falo levantando a sobrancelha em desagrado.
— Não vim para isso. Tem como nos encontramos hoje para discutir a impressão da revista amanhã? — Pergunta me olhando.
— Sim, quer ir ao meu apartamento? — Pergunto.
— Não precisa, comprei um loft aqui perto — responde anotando o endereço em um pedaço de papel.
— Às oito? — Pergunto.
— Pode ser. Gosta de comida chinesa? — Ela pergunta me pegando de surpresa.
— Gosto muito! — respondo, já pensando que meu plano poderia começar hoje mesmo.
— Então espero por você, até mais tarde — Susana diz abrindo a porta e saindo.
" Hoje começo meu plano, se ela não se apaixonar por mim eu mudo de nome" — Penso..
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O Jogo do Amor - Tudo pra Conquistar minha Chefe
RomansaVocê já viveu um jogo de sedução? Gustavo depois de ser rejeitado por Susana decidiu que sua única escolha seria essa, se tornar um cafajeste e mostrar a ela o que estava perdendo em desdenha-lo. Venha acompanhar esta história intrigante e excitante...