As semanas se passaram e Susana e eu estávamos muito bem juntos. Resolvemos fazer um baile de máscaras para comemorar o sucesso de vendas da revista do mês, pois, em menos de duas semanas, vendemos meio milhão de cópias e nossos telefones não paravam de tocar e os e-mails eram incontáveis. Perguntavam quem era ela, como tinha me conhecido e, principalmente, o que tinha feito para me ganhar. Juliana fez um sucesso enorme com os espartilhos e a entrevista que tinha concedido à Katy a fez sobressair ainda mais.
Susana estava toda misteriosa e pediu que eu fosse antes para o trabalho, então, finjo que não estou curioso e vou. Horas depois, ela entra em minha sala com dois pacotes enormes de roupas embrulhadas em plástico.
— Levanta, amor. Preciso que você experimente, mas pelo que conheço do seu corpo, e conheço muito, creio que va servir — ela dispara falando, colocando os pacotes no sofá.
— Tenho até medo do que você está aprontando, Susana. Que roupa é essa? — Pergunto sorrindo e olhando os pacotes por cima.
— Não pergunta e experimenta logo porque quero ver se tem algo para arrumar. O baile é hoje, esqueceu? — Responde, já lançando outra pergunta.
— Na verdade, tinha esquecido mesmo — respondo colocando a mão no rosto.
Ela foi tirando meu terno e gravata e trancou a porta.
— Tira a calça — ordena com um olhar safado.
— Oba! Vai ter festinha! — Falo animado, tirando a calça rapidamente.
— Você, hein? Agora preciso que experimente a roupa, amor, mas prometo que antes e depois do baile eu faço valer a pena — ela diz piscando.
— Tenho certeza disso — respondo.
Vesti a fantasia de príncipe encantado. Por que será que ela pensou nisso? A fantasia ficou perfeita e ela, me observando, ela sorri.
— Amor, você está um príncipe gato e serei a mulher mais invejada da noite. Você convidou o Eduardo?
— A Ana Paula o convidou. Eles estão namorando — respondo.
— Já enviei os convites de Vanessa, Melissa, Elisa, Juliana e seus pares.
— Só para eles? — Pergunto.
— Por quê? Esqueci de alguém? — Pergunta semicerrando os olhos, como se tentasse puxar algo na memória.
— Você não convidou o Frank e o marido?
— Ah! Eu convidei, sim, jamais esqueceria. A Ju levou os convites deles. Adorei aquele casal, e Frank é tão fofo, e você também gostou dele — ela fala sem parar.
A animação de Susana era contagiante. Nunca a tinha visto tão feliz, e olha que ela nem imaginava o que eu tinha preparado. Hoje ela pira. Assim que ela sai, sem me deixar ver seu vestido, pego o celular e ligo para o Edu.
— Fala, gay! — Eu digo assim que ele atende.
— Ahh, seu príncipe fajuto, está tudo tranquilo, não se preocupe. Na hora certa, Susana vai ter a surpresa que preparamos — responde Edu.
— Nossa, cara, eu estou tão nervoso que nem consigo me controlar. E se ela não gostar? — Pergunto ansioso.
— Para Gu, até eu se fosse mulher dava pra você depois disso — ele responde me fazendo gargalhar.
— Falou, então, irmão. Obrigado por me ajudar! Agora é só esperar a hora chegar — Agradeço e desligo.
Meia hora depois, Susana pede que eu va à sala dela e a atendo prontamente. Ao entrar, ela está sentada falando ao celular e faz sinal para que eu me sente, porém, mais do que depressa, se despede da pessoa com quem fala.
— Amor, eu já dei ordem para que o RH, avise a todos que podem sair para o almoço e não precisam mais voltar hoje. Aqui tem muita mulher e demoramos para nos arrumar, e eu quero tudo perfeito essa noite. Você pode, por favor, ir ao Citi Bank Hall para ver se está indo tudo bem? Eu mesma iria, mas me ligaram do salão pedindo para eu ir antes do meu horário.
— Claro, amor, vá tranquila. Eu passo lá e ajudo no que for possível. Qualquer coisa, eu te ligo — respondo agradecendo internamente, pois Eduardo já estava no salão do baile, dando os detalhes de tudo para os rapazes da aeronáutica.
Ela se levanta, me beija, pega todas as sacolas de roupas e sai, atendendo o celular que tocava novamente. Volto para minha sala, pego minha pasta com o notebook e as chaves do carro e saiu. Chegando ao Citi Bank Hall, Eduardo ajudava em tudo que pediam a ele, me aproximo e vejo que ele estava suando.
— O que um amigo não faz pelo outro? — Ele diz limpando a testa.
— Edu, valeu cara — respondo e bato minha mão na dele — Agora pode ir, eu cuido do resto. Já providenciou a fantasia? — Pergunto.
— Ah, cara, a Ana Paula disse que já providenciou tudo — responde com desânimo.
— A Susana fez a mesma coisa — falo sorrindo.
— Bom, vamos terminar isso aqui e depois passamos no Osvaldinho pra tomar uma gelada — diz Edu, querendo se refrescar e, como ainda era meio dia, não me opus.
Termino de passar os detalhes à responsável pela empresa que contratamos para organizar tudo e fomos tomar cerveja.
Já passava das seis quando Susana me liga.
— Amor, aonde você está? — Pergunta Susana, preocupada.
— Estou indo para casa, amor, vim tomar uma cerveja com o Edu — respondo.
— Então vem logo, amor, quero fazer algo antes de me trocar — ela insinua sexo e eu, mais do que depressa, desligo e acelero mais, no intuito de chegar logo.
Em menos de meia hora estava em casa, ou melhor, na casa de Susana. A surpreendo nua no quarto e sem pensar duas vezes a abraço pelas costas e a beijo.
— Acabei de tomar banho, o que acha de fazer o mesmo? Eu posso te ajudar — ela diz mordendo o lábio.
— Eu adoraria, mas como sei que não vou me conter, prefiro tomar banho sozinho para não estragar seu cabelo. Prenda os cabelos e me espere, vou fazê-la gozar de um modo diferente hoje — digo, bem safado, comendo-a com os olhos, e abocanho o mamilo duro e arrebitado do seio perfeito dela.
Entro no banho e faço a barba, deixando o cavanhaque. Vinte minutos depois, Susana está deitada na cama, pego duas gravatas, amarro suas mãos e peço que me espere. Vou até a cozinha, pego um copo com duas pedras de gelo e coloco um halls preto na boca.
De volta ao quarto, ela me olha curiosa e com a respiração mais intensa. Abro suas pernas e mordo a bala, que fica ainda mais ardida em minha boca, depois, pego o gelo e começo a chupá-la, levando-a a loucura e não a largo enquanto ela não goza na minha boca.
Susana urrava tanto de prazer que, depois que terminamos, o síndico do prédio ligou para nos perguntar se estava tudo bem. Ela sorri ofegante, ainda amarrada, e as bochechas ficam vermelhas de vergonha.
— Agora sim, tome um banho e vamos nos vestir, pois hoje a noite será inesquecível — eu digo.
Quando Susana aparece na sala, eu tomava uma dose de conhaque e fico surpreso.
Ela está com um vestido rosa, de princesa de contos de fadas, todo rodado e bordado, até luvas rosa ela colocou, seu cabelo estava preso em uma coroa e as partes de trás, todo ondulado. Eu me senti realmente no mundo dos príncipes e princesas fictícios. Ela se aproxima e faz uma reverência digna de rainha e sorri eu a puxo e olho em seus olhos que brilham.
— Meu Deus, que princesa mais linda — digo sorrindo.
— Precisava estar combinando com você, meu príncipe — ela fala fazendo charme.
— Pelo jeito seremos a cereja do bolo hoje — digo envolvendo sua cintura.
— Amanhã seremos notícia em todos os jornais e revistas, afinal, convidei toda a imprensa Paulistana.
— Bom, então vamos? Já estamos atrasados e somos os anfitriões — falo abrindo a porta.
— Vamos — concorda sorrindo.
Aperto o botão do elevador para o térreo e ela faz uma careta engraçada, sem entender o porquê.
— Você não vai pegar o carro na garagem? — Ela pergunta.
— Não vou dirigindo. Quero beber e você também, então, é melhor não dirigir — respondo com toda responsabilidade que alguém deve ter e ela sorri.
— Não acredito! — Ela exclama, com a mão na boca, surpresa ao ver a limusine rosa que nos aguardava à frente do prédio.
— Não somos a monarquia dos contos de fadas? Nada mais justo, não acha? — Pergunto enquanto o motorista abre a porta da limusine para entrarmos e ela sorri como uma criança que acaba de ganhar um presente de natal.
Quando chegamos ao Citi Bank Hall, vimos algo emocionante, há vários fotógrafos e luzes na entrada, e um tapete vermelho se estendia desde a calçada até a porta do salão. Assim que a limusine parou, os fotógrafos se posicionaram próximos a porta, o motorista abre e eu saiu, auxiliando Susana a sair também.
Nos posicionamos um ao lado do outro para as fotos,
vários jornalistas faziam perguntas e respondíamos a todos. Tomo a palavra e me dirijo aos fotógrafos e jornalistas.
— Temos ali na entrada algumas máscaras e crachás de imprensa para que todos vocês entrem e comemorem conosco enquanto trabalham. Sejam muito bem-vindos — os surpreendo.
Entramos e todo o salão estava muito bem decorado. Juliana estava fantasiada de Xena guerreira e Ricardo estava de Hércules. Melissa estava de Mulher Maravilha e Fernando de Super Homem, Elisa estava de freira e Bruno de padre, Vanessa estava de Tempestade e Vagner de Wolverine, Frank estava de Batman e seu marido de Robin, e Ana Paula estava de Cleópatra e Edu de Júlio César. Todos se impressionaram quando chegamos.
Juliana puxou Susana de lado, junto com as outras meninas, e foram conversar entre elas, deixando seus maridos comigo, então, fomos beber.
— E aí, Gustavo, preparado para a grande noite? — Pergunta Edu me entregando a caixa que deixei com ele.
— Sim, só estou esperando os pais dela chegarem, os meus já estão ali — digo apontando-os.
Meus pais estavam se divertindo, vestidos com roupas aristocráticas do século XV. Minha mãe estava linda com um vestido com espartilho e uma máscara muito bonita. A noite estava perfeita. O DJ começou a tocar músicas flash Back e Susana me puxa para dançar coladinho a ela. Assim que vi meus sogros entrarem, nos aproximamos deles, os abraçando.
— Preparado meu filho? — Meu sogro questiona e sorri.
— Sim, meu sogro. Vou dar a ordem — respondo, então, pego o microfone e começo o discurso. — Em primeiro lugar, sejam todos bem-vindos. Estamos aqui para comemorar o sucesso de nossa edição do mês, mas isso não é tudo. Peço que todos me acompanhem ao lado de fora do salão para a queima de fogos. Na saída, peguem uma taça de champanhe com o garçom para brindarem conosco — me dirijo a todos, os conduzindo para a grande surpresa.
Lá fora, onde a rua já tinha sido bloqueada momentaneamente, antes dos fogos, alguns helicópteros foram se aproximando e jogando pétalas de rosas vermelhas em cima de mim e de Susana, que não acreditava no que via. Ela abre os braços e olha para cima quando, no prédio da frente, um grande letreiro se acende com a seguinte frase: "Susana, case comigo. Eu te amo."
Todos começam a aplaudir e gritam "Sim". Eu a abraço e ela sorri sem parar. Me ajoelho e abro a caixinha com um lindo anel solitário de diamante.
— Aceita me fazer o homem mais feliz do mundo? — Pergunto enquanto Juliana entrega uma cestinha para Susana.
— Sim, eu aceito — ela responde com um enorme sim.
Eu coloco a aliança no dedo dela e ela me da a cesta que mais parecia um bercinho.
— Isto é para você — fala me entregando.
— O que é isso, amor? — Pergunto sem ter ideia.
— Este é um símbolo de onde dormem os bebês de príncipes e princesas. Estamos grávidos, amor. Você vai ser pai — ela diz chorando e a emoção toma conta de mim, olho ao redor, abraçado a ela, e pude ver que todos estão emocionados.
— Eu vou ser pai — levanto gritando, depois de beijar a barriga dela.
As pessoas presentes gritam, compartilhando de nossa alegria, e brindamos ao momento mais surpreendente. Voltamos para o salão, todos faziam questão de nos parabenizar e os fotógrafos não paravam de tirar fotos um minuto sequer, inclusive Henrique, nosso fotógrafo da revista. Então, Eduardo pegq o microfone, chamando nossa atenção.
— Boa noite a todos! Sou Eduardo, melhor amigo de Gustavo. Quero parabenizar aos noivos e convidá-los a dançar uma valsa, afinal, o momento pede — ele diz, levando todos a aplaudirem.
Susana e eu nos colocamos no centro do salão e começamos a dançar. Ela está tão feliz que sorri o tempo todo e meu coração está em saltos.
— Eu te amo tanto que tenho até medo — ela falo e posso ver uma sombra de preocupação em seus olhos.
— Não se preocupe, agora somos um só e a prova do nosso amor está em seu ventre, minha princesa. Agora serei seu rei e você a minha rainha e vou fazer tudo para conseguir te fazer feliz. Eu te amo demais. A partir de agora, acredite, passaremos por tudo juntos — digo fazendo-a aliviar.
— Não duvido de seu amor, é que eu nunca tive uma emoção tão grande. Sinto meu coração saltar dentro do peito.
— Calma amor, você não pode se emocionar tanto, lembre-se de nosso bebê. Você precisa estar bem e calma — tento acalmá-la.
— Agradeço a Deus por ter te colocado em minha vida. Valeu a pena cada traulitada que a vida me deu.
— Eu digo o mesmo, pois todo sofrimento me faz valorizar ainda mais a bênção que estou tendo hoje — a abraço e beijo.
Quando nos demos conta, nós estamos parados e todos dançam ao nosso redor, contemplando toda nossa emoção. Agora sim temos um vínculo para a vida toda.
— Amor, amanhã você me acorda bem tarde, quero aproveitar para sonhar com a continuidade dessa noite — ela pede sorrindo.
— Não vai ser preciso dormir até tarde, porque farei você reviver tudo isso, dia após dia.
Continuamos dançando o resto da noite e curtindo cada momento.
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O Jogo do Amor - Tudo pra Conquistar minha Chefe
RomanceVocê já viveu um jogo de sedução? Gustavo depois de ser rejeitado por Susana decidiu que sua única escolha seria essa, se tornar um cafajeste e mostrar a ela o que estava perdendo em desdenha-lo. Venha acompanhar esta história intrigante e excitante...