Como havia sido dito, Peter realmente fora morar com Tony. Todavia, mais tarde, por conta de alguns desentendimentos entre Steve e ele. Rogers exigiu que fosse junto com Peter, e como uma competição, Tony também exigiu que pudesse ficar com Peter na casa de Rogers. Mesmo que os dois se odiassem tanto, suportariam qualquer coisa pelo garoto. Passou-se duas semanas desde então, e ainda assim, Steve ainda não havia se acostumado com a enorme mansão do Stark. Ele ainda se perdia nos milhares de corredores que a mansão possui. Tony fez questão de tirar sarro quando soube disto. A noite havia chegado, Peter já havia sido posto por Steve para dormir em seu quarto. Tony estava dormindo no sofá da sala de estar do segundo andar, de frente para uma janela gigante, que lhe dava total visão para o seu jardim. O gênio mentiria se dissesse que estava aproveitando a companhia de Rogers, porém, os momentos que estava tendo com Peter eram únicos. Eles jogaram beisebol, comeram na melhor sorveteria da cidade, sem contar os milhões de dólares que o gênio gastou para mimar o filho. Rogers, que estava decidido a acompanhar os dois em todos os cantos, surpreendia-se com o quanto de dinheiro que Tony conseguia gastar em uma semana.
Entretanto, naquele dia em específico, Stark não estava tão disposto assim. Rogers pareceu notar, ele perguntou no mínimo cinco vezes ao decorrer do dia, apesar de possuir zero afinidade com Tony, Steve não poderia ignorar-lo se ele estivesse mal. Tony por outro lado, achou extremamente irritante a preocupação de Steve, taxando-a de falsa. No momento, logo depois de colocar Peter para dormir, o ex-capitão voltou ao cômodo onde estavam junto com Peter antes, para checar se Stark ainda estava bem. Depois de conferir, e ver que ele ainda estava dormindo, Steve voltou para seu quarto.
Mais tarde, naquela madrugada, Tony acordou bruscamente com trovoadas reverberando pelo céu, iluminando toda a sala, as cortinas estavam abertas então era possível ver a água escorrendo pelo enorme vidro. Tony transpirava demasiadamente e suas mãos e seus lábios tremiam de uma forma fora do comum. - Era outro pesadelo, mas desta vez havia sido diferente. Em vez de ver ele em cima da maca de ferro suja e enferrujada, era Harley quem estava lá, morto. Seus amigos apareceram logo em seguida, e o olhares que eles possuíam em suas faces, fez seu peito se apertar. - Ao se apoiar na mesa de centro, ele sem querer a derrubou causando um estrondo alto, e acabou por cair no chão. O gênio tentava puxar todo o ar que podia em seu peito, enquanto repetia baixinho que não era culpa dele. O som dos trovões logo transformou-se em algo como explosões e novamente aquele cheiro de podridão voltava, fazendo as narinas do Stark arder.
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Quando o barulho estrondoso soou pela mansão, Rogers tratou de levantar às pressas até o quarto de Peter com medo de que algo tivesse ocorrido com o menor. Todavia ao chegar lá, e encontrar o garotinho dormindo tranquilamente, ele estranhou, se não era Peter então...
"Stark" ele pensou como uma lâmpada acendendo em sua mente. Quando ele entrou no mesmo cômodo em que houvera deixado Tony antes, encontrou o menor caído no chão com as mãos na cabeça e tremendo muito, ele tratou de correr até o gênio.
- Tony... Tony?- Rogers puxou o moreno para perto de si, e o apertou contra seu peito, mesmo que ele ainda se debatesse tanto, o loiro não o largou como faria numa situação qualquer. Ele se lembrou de quando ainda era um capitão na Avengers, e um de seus colegas estava tendo uma crise similar aquela. - Está tudo bem, está tudo bem. - Steve começou a sussurrar em seu ouvido e segurou as mãos de Tony que estavam duramente fechadas, aos poucos ele parava de se debater e voltava a respirar com facilidade. - Seja forte por Peter, Tony.
Tony respirou, puxou o ar mais de cinco vezes antes de realmente voltar a respirar normal, suas mãos ainda tremiam, o reator arc iluminava fracamente a escuridão em que os dois estavam. Depois de alguns minutos, naquela posição ele se levantou, ainda tonto e caindo um pouco para os lados e deitou-se no sofá novamente, encarando a chuva que escorria no vidro transparente da janela. Nenhuma palavra foi dita, porém, Steve mantinha um olhar preocupado sobre o gênio. A cada trovoada que ressoava no céu, Tony estremecia. Ele poderia não ser o mais indicado para estar ali naquele momento, mas era ele quem estava, então, teria de servir. Quando se levantou, aproximando-se de Tony, Rogers esperava que ele fizesse algo, porém nada veio. Os olhos dê Tony estavam desfocados, vazios e sem vida, não possuíam nada do homem arrogante e narcisista que ele conhece. Os olhos desfocados do Stark continuavam vidrados para a janela, e Steve olhava para o nada.
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No dia seguinte quando Steve acordou, dolorido. Tony já não estava mais ali. Logo depois de estalar suas costas, ele decidiu descer para o andar de baixo. Já era quase uma hora da tarde, e por um instante ele se preocupou com Peter, todavia lembrou que a casa é infestada de empregados, e havia Tony também. Quando chegou à sala, encontrou o garotinho jogando um jogo na TV, enquanto Tony ao seu lado torcia animadamente por ele. Parecia ser algo a ver com corridas.
- Como vai campeão virou jogador de fórmula um? - ele perguntou se aproximando. Tony pareceu não notar porém acabou tensionado o corpo, e Steve, bom, ele era um ótimo observador então sim, ele notou. Na verdade, um de seus passatempos preferidos naquela mansão gigante, passou a ser: observar o Stark e suas reações diversas. Ele achava incrível como alguém conseguia mudar de humor tão rápido.
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Casinha de cachorro
RomanceEm uma noite fria e escura. Rogers voltava na madrugada de um longo encontro com seus amigos. Quando ele finalmente havia chegado em casa, ele estranhou, Lúcifer, seu companheiro, não havia vindo o saudar com sua presença animada. Decidido a descobr...