"Ou então, o que? Vai me matar?"

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— Bom, eu contactei Natasha para explicar a situação para ela. — Pepper disse, chamando a atenção de todos.

— Tudo bem. — Tony balançou a cabeça.

— Natasha estará aqui em alguns minutos, ela será a nossa intermediária entre nós e eles. — Pepper avisou, pegando no celular e conferindo algumas mensagens.

Isso só pode ser uma puta brincadeira de mal gosto.” Tony pensou, no final, ele realmente era um tremendo de um azarado. Logo, a campainha soou e Pepper levantou-se para atender a porta, Tony escutou algumas vozes e depois de alguns minutos Natasha apareceu, e logo atrás dela Bucky vinha junto. Tony lançou um olhar reprovador a Pepper que deu de ombros como quem dizia “O que mais eu poderia fazer?” Romanoff caminhou até Tony e deixou um curto selar em sua testa antes de o abraçar apertado. Tony sussurrou rapidamente em seu ouvido “Desculpe, por não estar tão presente.” e Natasha respondeu um “não se preocupe.”

— Pensei que era apenas Natasha que viria, Pepper. — Tony falou em alto e bom som para chamar a atenção de Bucky.

— Oi, pra você também, Stark. — Bucky revirou os olhos e acenou debochadamente para o menor. Tony devolveu apenas um olhar neutro. Apesar de não gostar nem um pouquinho de Rogers, Stark se mantinha neutro sobre Bucky. Ele aprendeu a lidar com o cara por Natasha

— Então, como vocês disseram ter algo a ver com Peter, eu achei melhor trazer Bucky junto, logo. — Natasha tratou de dizer.

— Peter? O Peter do Steve? O pirralho? — Bucky perguntou, confuso. Tony semicerrou os olhos ao ouvir “peter do steve”.

— Ele não é propriedade de ninguém, Barnes. — Pepper disse antes que Tony o fizesse. — Mas sim, esse Peter. Bom, Peter e Harley são filhos do Tony…

— Ow! Tony é pai!?

— É, eu também descobri isso a pouco tempo. — Tony comentou, rolando os olhos.

— Sim, ele é pai, do Peter e do Harley e chamamos Natasha aqui para explicar a situação.

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— Então, quer dizer que eles são filhos de Emma Frost...— Bucky sussurrou. — Como crianças de famílias tão poderosas podem acabar nesse estado? — ele questionou indignado.

— Com muito dinheiro e interesses envolvidos. — Tony respondeu, sem vontade. Ouvir tantas menções tanto de Emma quanto de May causavam-lhe um mal estar.

— E então, vocês querem que eu seja a ponte entre vocês e o Steve. — Natasha disse retoricamente. — Faz sentido.

— Bom, baseado na minha experiência com crianças, eu creio que Peter já deve estar apegado ao Steve, mesmo com tanto pouco tempo. — Maria começou a dizer. — Antes de mais nada, precisamos pensar no bem estar psicológico dessa criança. O melhor a se fazer agora, é entrar em contato com Rogers e tratar essas questões civilizadamente, e será melhor evitar levar toda esta situação a justiça, assim Peter será poupado de toda aquela exposição tóxica que ele poderia receber se fosse trazido a público.

— Sim, sim. Realmente. — Bucky e Natasha concordaram. Bucky ficou um tanto quanto surpreso com Maria. Porque, Peter realmente estava apegado a Steve, e era impressionante que mesmo sem nem ver a criança, ela já tinha ideia disto.

— Então, eu sugiro uma guarda compartilhada. Assim, todos sairiam ganhando. — Bucky quase se engasgou com o suco e Natasha olhou para os lados. Todos sabiam o quão difícil era a relação de Steve e Tony. Desde o primeiro momento em que haviam se encontrado pela primeira vez, os dois brigavam e discutiam feito cão e gato.

—Tony…? — Pepper chamou a atenção de Tony que estava um tanto quanto distraído.

— Hm. — Ele nada disse. Maria suspirou vendo o quanto aquilo seria difícil.

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Todos estavam sentados na sala, enquanto Peter estava no quarto, brincando com Nebula e Stephan — outros dois grandes amigos de Steve. —, a criança estava animada com rostos novos em sua vida, nunca havia sido tão bem tratado em toda ela, afinal. Enquanto isso, na sala. Um clima de tensão — e talvez, só talvez, houvesse, algo além de raiva, bom, era o se passava pela cabeça da maioria ali — se espalhou rapidamente, assim que Steve e Tony cruzaram os olhos, os dois ainda não haviam trocado uma palavra sequer, todavia era como se fossem avançar um no outro a qualquer momento. Os amigos estavam preparados para qualquer tipo de reação específica, tanto de Tony quanto de Steve. O ex-agente encarava Tony com aqueles intensos olhos azuis, como quem tentava ver através do gênio. “Aquilo só poderia ser uma brincadeira de mal gosto, com tantas pessoas no mundo, porque Peter precisava ser filho do cara mais babaca e arrogante da face da terra?” ele pensava, extremamente enfezado. Seus braços estavam cruzados sobre o peito, impondo aquele seu ar de superioridade que só ele tinha, enquanto mantinha uma rígida expressão em seu rosto. Stark se sentia incomodado, tentava ao máximo não transparecer todo o seu nervosismo. Ele não conseguia formular um pensamento direito, sua mente dava mil e uma voltas e o olhar acusador de Rogers, em cima de si não ajudava muito.

Ele está nervoso, isso é um fato.

— Realmente, esperam que eu acredite nessa baboseira toda? — Rogers questionou retoricamente, alternando olhar entre Natasha e Tony.

— Não é problema nosso se você acredita ou não, Rogers. — Tony rangeu os dentes, contendo a vontade de mandar o loiro ir a merda.

— Nós resolvemos que será melhor uma guarda compartilhada, e querendo ou não, Sr.Rogers Peter é filho do Tony. — Maria tratou de dizer às pressas antes que uma troca de farpas se iniciasse.

— Como seria isso? — Steve perguntou, ao menos eles não iriam tirar Peter de perto de si.

— Peter vai morar com Tony, na casa dele, e bom, você tem o que poderíamos chamar de passe livre, quando quiser visitá-lo, levá-lo para passear ou até mesmo trazê-lo para dormir aqui, contigo, sinta-se a vontade. Lembrando, antes de mais nada que precisamos levar em conta os desejos de Peter. — Steve assentiu. De certa forma não era tão ruim assim, apenas teria de ver a cara feia do Stark de tempos em tempos.

— Tony...podemos chamar o Peter? — Maria perguntou, talvez ainda não estivesse pronto, já que desde que ele chegou não havia dito muitas palavras. O moreno assentiu com a cabeça. Rogers estranhou o estranho comportamento do gênio.

— Eu vou pegar os presentes. — Tony avisou antes de se levantar, e caminhar para a cozinha.

— Steve, vai ajudar ele. — Natasha pediu sem dar espaços para discussões, Rogers apenas suspirou e caminhou em passos pesados para a cozinha. Ao chegar, Stark estava encostado no balcão de costas para si. “Parece que diminuiu de tamanho.” Rogers pensou banalmente.

— É, você realmente parece ser o tipo de cara que não assume a responsabilidade paterna. Não estou surpreendido Tsk — Rogers encarou o moreno com um olhar de desdém. Stark piscou, segurando a imensa vontade de socar aqueles dentes perfeitamente alinhados.

— Não fale do que não sabe, Grant. — Stark falou em um tom de ameaça, se aproximando um pouco sem perceber.

— Ou então, o que? Vai me matar? — Steve desafiou com um cínico sorriso nos lábios.

— É, talvez eu tente.  

— Eu não tenho medo de você, Stark. Tente. — Rogers rebateu antes de virar as costas para o moreno, e sair andando em passos largos com alguns dos presentes nas mãos. Tony rangeu os dentes, tamanha era a raiva que estava sentindo. Pegou a caixa restante em cima do balcão e caminhou lentamente, para a sala, tudo parecia acontecer em câmera lenta aos seus olhos.

PAI!? — Uma voz fina e alta soou em seus ouvidos, e ele abaixou os olhos quando sentiu o pequeno impacto em suas pernas.

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