Era uma noite gelida e nublada, Rogers estava voltando do bar onde havia ido encontrar com seus amigos. O assunto da vez era o casamento de Bucky e Natasha, e logo depois se tornou a vida amorosa de Steve. Seus amigos adoravam falar da vida dos outros, e sua vida amorosa definitivamente se tornará o assunto favorito deles. Ele não mentiria em dizer que não se sentia sozinho, ele sentia e muito, porém, nunca teve cabeça ou tempo para relacionamentos. Havia toda aquela coisa de precisar estar sempre alerta ao outro, não se podia simplesmente sair sem avisar e ainda haviam os surtos de ciúmes, aqueles citados em especial, irritavam muito o loiro, era preciso sempre uma disposição grande para sentar e conversar, e convenhamos, Steve não era bom nisso, nunca foi. Quando ele pisou no quintal de sua casa, ele chamou por lúcifer duas vezes, porém o mesmo não atendeu. Steve estranhou, já que sempre era recebido pela presença do amigo. Decidido então, ele caminhou até a casinha do cachorro e bateu de fraco no telhadinho a fim de fazer o bichinho sair, porém nada. Estranhando, Steve abaixou um pouco a cabeça e olhou dentro da casinha, qual não foi a surpresa quando encontrou não só o seu cachorro, mas também outra “coisa”.
— Mas que…
[...]
Rogers andava de um lado para o outro na sala, não sabia o que fazer. Quer dizer, aquilo era uma situação extremamente incomum, nunca em toda sua vida, iria imaginar-se em tal situação, sequer havia trocado de roupa. Encarando o garotinho magrelo e sujo com uma cara sonolenta, sentado em seu sofá ele se perguntou de onde raios aquela criança havia saído. Respirando fundo, Steve se acalmou. Ele sentou-se no sofá, de frente para o garotinho e o encarou, um ar de dúvida e confusão pairava ao seu redor.
— Então…? — Rogers começou, porém não tinha ideia do que dizer. — Você fala? — o garotinho assentiu com a cabeça, meio lento. Steve observou os hematomas espalhados pelo corpo da criança e perguntou-se mentalmente, o que poderia ter ocorrido. — Qual o seu nome?
A resposta demorou um pouco mas veio.
— Peter. — Simples e direto, Steve estranhou, para uma criança ele não parecia estar com medo e nem acanhado. O que era estranho, diante a situação, parecia até...aliviado? Talvez.
— Onde estão seus pais? De onde veio? — Peter negou com a cabeça, rápido, desta vez. — Não? Não, o que? Não sabe de onde veio? — o garotinho assentiu. — Ok, e seus pais?
— Não tenho… — Peter respondeu tão baixo, que se não fosse pelo extremo silêncio na casa, Steve não escutaria.
Com um suspiro cansado e o celular em uma mão, Rogers deslizou o dedo na tela e entrou em seu WhatsApp, indo diretamente ao chat de Bucky e ligou para ele. Porém, ao ver isso Peter levantou-se numa velocidade assombrosa e puxou o eletrônico da mão de Steve, o baixinho deu alguns passos para trás.
— Não! — Rogers tinha uma expressão chocada em seu rosto. O barulho da voz de Bucky soou alto pelo cômodo.
“Alô, Steve? O que há? Aconteceu algo?”
— Ei, garoto. Me dê o celular, uh. — Steve pediu com certa paciência.
— Não. — Peter repetiu novamente com um semblante assustado, recuando para trás.
“Jerk? De quem é essa voz? Tem alguém aí?”
“O que foi, amor? É o Steve?” A voz de Natasha também soou no eletrônico e Steve passou-se os dedos pelas têmporas.
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Casinha de cachorro
RomantizmEm uma noite fria e escura. Rogers voltava na madrugada de um longo encontro com seus amigos. Quando ele finalmente havia chegado em casa, ele estranhou, Lúcifer, seu companheiro, não havia vindo o saudar com sua presença animada. Decidido a descobr...