O amor é como uma semente que se planta e cresce lentamente, até um dia em que se torna uma imensa árvore com saborosos frutos.
Passados três quartos de hora, Kate e Gael ainda estavam sentados no banco embaixo da árvore, apenas abraçados, apreciando o momento juntos, enfim. Gael fazia carinhos preguiçosos na barriga de Kate, conversando com o bebê, o que fazia Kate rir entre lágrimas, que ainda insistiam em cair.
Vanessa chegou no batente da porta que levava ao pequeno jardim e vendo os dois abraçados abriu um sorriso, indo na direção dos dois.
- Oh, eu sabia! Não que eu estivesse olhando pela janela, sabe que não faria uma coisa dessas. – disse rindo - Lembram que eu disse que era boa em perceber as coisas, sabia que eram destinados um ao outro. Venham cá, deixa eu dar um abraço em vocês. – Foi em direção a eles e os abraçou dando os parabéns. – Estamos há algumas horas do jantar, vou pedir para prepararem algo especial, precisamos comemorar! Vou pedir que chamem Ronan de volta, ele precisa estar conosco, afinal.
- Uma maravilhosa ideia, Vanessa. – disse Kate, já em pé, estendendo a mão para Gael.
Foram à sala de estar e esperaram o jantar sentados, conversando.
- Onde você mora?
- A apenas uma quadra daqui, próximo a Gran Opera.
- Oh! Isso é maravilhoso! Sempre que puder vou visitá-los, e serão sempre bem-vindos! Claro, venham sempre que quiserem.
- Obrigado.
- Sabe Gael, eu estava me preparando para ir atrás de informações suas, havia conversado com Kate, que tinha finalmente considerado estar aberta a falar com você. Mas nem precisei de tanto esforço, Ronan mesmo me contou na reunião que era um grande amigo seu e que iria contar ele mesmo.
- Fico feliz em saber, Ronan é um amigo muito especial para mim. – disse Gael com um sorriso aberto.
Ronan veio para o jantar, e não podia se conter em alegria, na verdade, todos estavam muito felizes, conversando animados e rindo com frequência.
- Kate, você não tem ideia do que é ter que aguentar esse rabugento por dois meses! Dois meses! Graças a Deus que vocês se reconciliaram.
Todos riram.
- Rabugento eu? Imagina, eu fico no máximo em estado contemplativo.
- Ah há. Boa sorte, Kate.
- Amigo, assim você não está me ajudando.
- Estou com créditos, te aturei por tempo suficiente.
O jantar se passou animado, Kate observando a todos e se deixando ser feliz, se permitindo acreditar que não era um fardo, que poderia encontrar a felicidade ao lado de Gael.
Já era tarde da noite, todos estavam no vestíbulo se despedindo, Gael estendeu o braço para Kate.
- Vamos para casa.
Kate não pode negar o nervosismo que sentiu ao ouvir aquilo, iria para sua nova casa. Havia se acostumado com a casa de Vanessa, casa dela também, mas agora precisava se acostumar com uma nova vida, agora era uma mulher casada, o que era dele, era seu. Foram caminhando, pois realmente era perto, apesar do frio que fazia, o ar gelado era bom para acalmar os nervos. Kate ficou pensando em como se sentiria se fosse Gael que a tivesse encontrado, e não tivesse tido esse tempo com sua madrasta, quão intimidada se sentiria, pois ainda se sentia nervosa diante da situação. A casa era tão grande quanto a da madrasta – sua também – mas parecia ter menos vida, as cores da decoração eram menos vivas e mais gastas, como se há tempo Gael não mudasse um móvel de lugar, não comprasse nada novo. Foi devidamente apresentada a todos os serviçais da casa, incluindo Donald e Mirella, que estavam particularmente felizes por ver Gael sair daquele período contemplativo, vendo-o contente como nunca haviam visto ele antes. Foram acompanhados escada acima, e soube que foi preparado um quarto adjacente ao de Gael, para Kate.
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Uma Ladra Bastarda [Completo]
RomanceEla é uma ladra solitária que precisa de alguém em quem confiar Ele é um abastado solitário que precisa de alguém por quem dedicar a vida