Capítulo 10

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Camila

Acordo em uma cama macia e aconchegante, olho ao redor e me assusto ao perceber que não sei onde estou, me levanto e saio do quarto com cautela,vou em direção a sala que é dividida da cozinha por um balcão,fico sem ar com o que vejo, será que eu morri e fui pro céu? Vejo um deus grego na cozinha preparando panquecas, é o homem mais lindo que eu já vi.
Faço um pigarro na garganta para chamar sua atenção.
- Oi, você acordou.
- É parece que sim, onde estou?
- Na minha casa, você desmaiou ontem nos meus braços e eu não podia te deixar no meio da rua assim.
Ele dá um sorriso encantador e eu tenho certeza que morri e fui pro céu.
- Você não pensou em me levar pro hospital?
- Sim,mas algo me diz que você não precisava de hospital e sim de um bom descanso.
- Sim, tem razão,eu agradeço pela sua ajuda e perdão pelo encômodo, eu acho melhor eu ir agora.
- Por que não fica e toma um pouco de café, acabei de fazer está fresquinho e talvez se você quiser é claro me conta o que aconteceu.
- Conta o que aconteceu?
Tudo da noite passada passa pela minha cabeça como um furacão, eu matei o Sebastian, não foi um pesadelo, lembro que estava com a blusa totalmente rasgada e me dou conta que estou com uma blusa enorme por cima dela, ele percebe minha dúvida e responde.
- É eu achei melhor vestir algo, já que sua blusa estava destruída, o que aconteceu?
Não consigo evitar e começo a chorar, ele vem em minha direção,pega no meu braço com gentileza e me direciona ao sofá.
- Me fala o que aconteceu, talvez eu possa te ajudar.
- Não, ninguém pode me ajudar.
- O que aconteceu?
Não sei por que, mais senti uma grande vontade de me desabafar com aquele estranho e foi o que eu fiz.
- Eu acho que matei o meu irmão, mais não foi de propósito eu juro
- Seu irmão?
- Ele não é meu irmão de sangue, ele é filho da minha madrasta, fomos criados juntos, ele, ele tentou me forçar a ficar com ele,eu só tentei me defender,e ele caiu e bateu a cabeça e acho que ele morreu, eu não queria que isso acontecesse eu juro pra você.
- Calma tá, você olhou a pulsação dele,  viu se ele continuava respirando?
- Não, não, eu fiquei desesperada e sai correndo, eu não sabia o que fazer.
- Calma, talvez ele ainda esteja vivo.
- Sério?mais ele estava sangrando muito
- É normal, ele se machucou na queda, mais não significa que ele tenha morrido
- Então eu tenho que volta, ver se ele está bem.
- Não,é perigoso voltar lá sozinha,e você tem que ir a delegacia dá queixa dele, ele tentou te estuprar, isso é crime.
- Eu entendo,mas não posso fazer isso, ele morreria lá dentro,se é que ele ainda está vivo mesmo.
- Você precisa denunciar,se não ele pode tentar novamente, ele tem que pagar pelo que fez.
- Eu sei, mais não consigo,se acontecer alguma coisa com ele dentro da cadeia eu nunca vou me perdoar
- E o que você pretende fazer, voltar pra casa e esperar que ele tente te estuprar novamente.
- Não, não pra lá eu não volto, eu não sei o que fazer, estou muito confusa.
- Tudo bem, fica aqui e passa o endereço que eu mesmo vou averiguar o que aconteceu,e depois você decide o que fazer,ok.
- Por que você faria isso? Você mau me conhece,por que me ajudaria?
- Quantas perguntas em, por que eu trabalho pra polícia, esse é o meu dever, ajudar e protejer as pessoas.
- Você é um policial?
- Sim,mas fique tranquila eu só quero te ajudar.
- Obrigada, é...
- Oliver.
- Prazer, Camila.
- O prazer é meu.

Um policial em minha vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora