capítulo 8

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Camila

Amanheceu e eu não dormi nada passei a noite inteira chorando a morte do meu pai e da Carla ela era uma boa pessoa nunca fomos muito próximas mais ela sempre foi muito gentil comigo, Sebastian organizou tudo de manhã seria o velório depois eles seriam levados para o cemitério, meu pai seria enterrado ao lado das duas mulheres que ele havia amado.
Me levantei tomei um banho rápido e me arrumei para descer.

Foi tudo muito triste, todos os amigos compareceram e nos deram os pêsames, quando já estava de tarde a gente se encaminhou para o cemitério e lá eu dei o último adeus ao meu pai. Depois que todos foram embora eu saí de lá e caminhei pelas ruas sem destino certo, não sabia o que fazer e o que seria de mim agora sem o meu pai.
Quando cheguei em casa já de noite encontrei Sebastian andando de um lado pro outro, quando ele me viu parou e depois veio ao meu encontro e garrou o meu braço com força.
- Onde você estava?
- Me solta, está me machucando.
- Responde, onde você estava?
- Isso não é da sua conta,me larga.
- É sim, agora somos só nós dois.
- Eu estava andando sem rumo e não percebi que já estava tão tarde, pronto, satisfeito agora eu vou pro meu quarto.
- Ótima ideia,eu vou com você.
- O que? Você não vai entrar no meu quarto de jeito nenhum, solta o meu braço.
- Você não entendeu amor, agora é só nós dois ninguém pode nos atrapalhar agora.
- Para com isso por favor, eu acabei de perder o meu pai e...
- E eu a minha mãe, você acha que eu também não estou sofrendo, mais isso me fez ver que a vida é curta e a gente tem que aproveitar enquanto há tempo,e eu quero você.
- Não Sebastian por favor,eu não quero.
- Tenho certeza que você vai gostar.

Ele saiu me puxando para o meu quarto,eu tentei me soltar mais ele só apertava mais o meu braço me machucando ainda mais, quando chegamos ao meu quarto ele me jogou na cama e trancou a porta tirando a chave.
- Sebastian não por favor.
Corri para o banheiro, mas ele foi mais rápido e me prendeu entre ele e a porta,ele prendeu minhas mãos acima da cabeça e minhas pernas com o corpo dele.
- Você é tão linda, tão cheirosa.
Ele rasga a minha blusa com tanta violência que me machuca.
- Você é perfeita pra mim.
- Mas eu não quero ficar com você entende isso.
- Você é que tem que entender que você é minha,toda minha.
Ele começa a beijar meu pescoço, meu rosto,tento me desviar mais ele consegue prender minha boca a dele, mordo a boca dele e ele me joga na cama com força,tento me levantar mais ele puxa a minha perna e me prende com o seu corpo novamente.
- Você não devia ter feito isso.
- Foi pouco,me larga, SOCORRO.
- Ninguém vai te escutar, relaxa que você vai gostar.
- Socorro, alguém me ajuda.
Ele começa a me beijar e passar as mãos pelo meu corpo,tento me soltar mais é em vão,tento pegar algo na cabeceira e minhas mãos esbarram no abajur,pego ele e bato na cabeça de Sebastian com toda força que consigo, ele sai de cima de mim meio cambaleando,cai e bate a cabeça na minha escrivaninha. Ele começa a sangrar muito e está desacordado.
- Meu Deus,eu matei ele.
- Sebastian acorda,por favor.
O que eu faço agora,eu matei ele, eu matei o Sebastian,eu matei aquele que um dia chamei de irmão. Pego a chave do quarto que estava com ele, destranco a porta e saio correndo, não sei pra onde estou indo, só quero ir pra longe de tudo isso, mais não consigo parar de pensar.
- Eu matei ele.
Atravesso a rua sem olhar e quase sou atropelada, o motorista para poucos centímetros de mim, ele sai do carro pra saber se estou bem, mais a única coisa que consigo falar é.
- Eu matei ele.
E tudo fica escuro.

Um policial em minha vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora